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Toda e qualquer idade<br />
02.08.09 (da série Reflexões sobre a reencarnação)<br />
Na linguagem vulgar, um adulto é um ser humano que é considerado pelos<br />
restantes como tendo atingido uma idade que lhe permite contrair casamento e,<br />
em geral, realizar outras ações que são restritas a esses indivíduos. A definição<br />
legal de entrada na idade adulta varia entre os 16 e os 21 anos, dependendo da<br />
região. Algumas culturas africanas consideram adultos todos os maiores de 13<br />
anos, mas a maior parte das outras civilizações enquadram essa idade na<br />
adolescência. Aqui está resumida a questão principal pela qual as pessoas<br />
insistem em classificar umas as outras pela idade; É uma questão sobretudo de<br />
padronização social, as pessoas gostariam muito de poder classificar umas as<br />
outras pelo tempo em que estão pelo mundo: "esta já pode casar", "aquela já pode<br />
trabalhar", "aquela outra já pode se aposentar". Nada mais lógico, de fato esse<br />
tipo de classificação ajuda muito na organização da sociedade em geral... Mas,<br />
será que ela é realmente determinante sobre o que uma pessoa estaria ou não<br />
apta a realizar, ou sobre o que uma pessoa deveria ou não ter a liberdade de<br />
fazer?<br />
Sabemos, decerto, que um ser humano tem sua personalidade mais ou menos<br />
formada na época em que é considerado adulto. Isso, porém, talvez não seja<br />
verdade em algumas culturas africanas - talvez com 13 anos uma personalidade<br />
não esteja ainda muito bem formada. Será? Quem pode dizer?<br />
Este é um dos mistérios que a ciência ainda não alcança. Porque uns levam<br />
décadas para atingir seu potencial cognitivo, não muito acima ou abaixo da média<br />
geral, enquanto outros praticamente "nascem sabendo", tem idéias inatas,<br />
"relembram" as coisas - ao invés de às aprender, apenas as reaprendem. Lembro<br />
que não pretendo convencer ninguém, mas para quem já acredita na<br />
reencarnação, tais exemplos são evidentes, de fato tão evidentes quanto um<br />
elefante andando no corredor de um shopping: impossível não ver. O que são<br />
então crianças, adolescentes, adultos, idosos? São espíritos milenares habitando<br />
corpos com maior ou menor tempo de decomposição. A cada dia que passa, os<br />
corpos morrem, e os espíritos se desenvolvem em suas potencialidades, desde<br />
que estejam administrando bem suas próprias existências.<br />
Como dizia Gibran: "vossos filhos não são vossos filhos, são os filhos e as filhas<br />
da ânsia da vida por si mesma". É evidente, corpos geram corpos, mas espíritos<br />
foram gerados há muito mais tempo. Toda e qualquer potencialidade, desde a<br />
capacidade de respirar de modo inconsciente até a capacidade de,<br />
conscientemente, controlar a própria respiração a níveis refinadíssimos, foram<br />
construídas, desenvolvidas, desveladas pelo próprio espírito a navegar pelo<br />
turbilhão de eras cósmicas. Se um Mozart tem "facilidade" para a música, isso<br />
decerto não foi um "dom divino" nem uma "configuração fortuita de partículas no<br />
cérebro" - que Deus não distribui "dons" a bebês que por ventura lhe pareçam<br />
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