13.04.2013 Views

©Biblioteca Nacional de Colombia

©Biblioteca Nacional de Colombia

©Biblioteca Nacional de Colombia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

155<br />

»Danteo, se é verda<strong>de</strong> que haja amor<br />

no mundo eu o tive comtigo, e tam<br />

gran<strong>de</strong> como tu sabes: jamais nenhum<br />

pastor, <strong>de</strong> quantos apascentam seus gados<br />

por os campos <strong>de</strong> Mon<strong>de</strong>go e<br />

vêem as suas claras aguas, alcançou <strong>de</strong><br />

mi nem uma so palavra, com que tivesses<br />

occasiâo <strong>de</strong> queixar-te <strong>de</strong> Duarda, nem<br />

do amor que te ella sempre mostrou:<br />

a ninguem tuas lagrimas e ar<strong>de</strong>ntes<br />

suspiros mais magoaram que à mi: o<br />

dia que te meus olhos nâo viam, jamais<br />

se levantavam a cousa que lhes<br />

désse gõsto. As vacas que tu guardavas<br />

eram mais que minhas: muitas mais<br />

vezes, receosa que as guardas <strong>de</strong>ste<br />

<strong>de</strong>leitoso campo lhes nâo impedissem o<br />

pasto, me punha eu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquel' outeiro<br />

por ver se pareciam don<strong>de</strong> minhas<br />

ovelhas eram por mi apascentadas, nem<br />

<strong>©Biblioteca</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Colombia</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!