Dossiê Jorge Amado - Academia Brasileira de Letras
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<strong>Jorge</strong> <strong>Amado</strong> e a invenção do Brasil<br />
do Brasil, <strong>de</strong> que ele foi tão assinalado participante, talvez ainda esteja em<br />
andamento, mas serão retoques, não alvenaria, já sabemos quem somos. Acho<br />
<strong>de</strong>finitivas e irretocáveis as palavras do gran<strong>de</strong> escritor moçambicano Mia<br />
Couto: “<strong>Jorge</strong> <strong>Amado</strong> não escreveu livros, ele escreveu um país.”<br />
<strong>Jorge</strong> <strong>Amado</strong> expandiu nossos horizontes, criou e formou leitores, aproximou-nos<br />
<strong>de</strong> nós mesmos, honrou e elevou sua herança, nunca se omitiu,<br />
amou com ternura e encantamento todos os seus personagens, falou <strong>de</strong> perto<br />
a centenas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> corações, levou-nos com ele a toda parte, foi guardião<br />
<strong>de</strong>svelado <strong>de</strong> nossa língua, exaltou sempre a liberda<strong>de</strong>, legou-nos um<br />
património inestimável e é, pois, um gran<strong>de</strong> homem, gran<strong>de</strong> brasileiro, gran<strong>de</strong><br />
romancista <strong>de</strong> nosso povo.<br />
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