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Livro Historia_ORL em Portugal.pdf - Repositório do Hospital Prof ...

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154 HiStÓriA DA SOCiEDADE pOrtuguESA DE Orl<br />

“Subsídios para a História da Otorrinolaringologia <strong>em</strong> portugal”,<br />

contribuiu para parte <strong>do</strong> que hoje sab<strong>em</strong>os sobre<br />

a nossa Especialidade <strong>em</strong> portugal.<br />

A década de 50, no Século XX, pode ser considerada a década<br />

da Otologia. É no início desta década, com Wullstein<br />

e Zollner, que pela primeira vez se começa a ser conserva<strong>do</strong>r<br />

nas cirurgias das otites médias crónicas. É Wullstein,<br />

que utiliza pela primeira vez o termo timpanoplastia, e<br />

que se propõe substituir as clássicas cirurgias radicais por<br />

cirurgias funcionais.<br />

Após a revolução no tratamento da Otosclerose, como<br />

foram as técnicas de Sourdille, que foi o primeiro a realizar<br />

uma fenestração. Esta técnica vai ter como grande divulga<strong>do</strong>r<br />

e mestre, Julius l<strong>em</strong>pert.<br />

pertence a Samuel rosen, no mount Sinai, <strong>Hospital</strong> <strong>em</strong><br />

nova iorque, <strong>em</strong> 1952, num feliz acaso de pegar na técnica<br />

de mobilização <strong>do</strong> estribo que tinha si<strong>do</strong> descrita por<br />

Kessel, miot e Boucheron nos finais <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>, e<br />

dar nova esperança a muitos <strong>do</strong>entes com otosclerose, infelizmente<br />

os resulta<strong>do</strong>s eram de curta duração.<br />

Finalmente no final da década, <strong>em</strong> 1958, John J. Shea vai<br />

ser o primeiro a praticar uma estapedectomia, utilizan<strong>do</strong><br />

veia para cobrir a janela oval e um piston de nylon para<br />

substituir o estribo, o que abriu as portas para a técnica<br />

actual.<br />

A história <strong>do</strong>s implantes cocleares vai ter também o seu<br />

início na década de 50, quan<strong>do</strong> <strong>em</strong> 1957, C. Eyries, num<br />

<strong>do</strong>ente com colesteatoma bilateral, que tinha si<strong>do</strong> opera<strong>do</strong><br />

e tinha ti<strong>do</strong> como resulta<strong>do</strong>s cofose bilateral e paralesia<br />

bilateral, resolve tentar um méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> por<br />

Djourno de excitar os nervos à distância. resolve utilizar<br />

o méto<strong>do</strong> de estimulação no nervo coclear, e o <strong>do</strong>ente<br />

pôde ouvir alguns sons.<br />

Só <strong>em</strong> 1962, House voltou a implantar <strong>do</strong>is pacientes,<br />

com um implante monopolar e desde aí a luta que ainda<br />

hoje se mantém, <strong>em</strong>bora com notáveis avanços, é no caminho<br />

da melhoria da discriminação auditiva.<br />

Em 1952, o dinamarquês lassen e o seu Anestesista ibsen<br />

mostraram, durante uma terrível epid<strong>em</strong>ia de poliomielite<br />

<strong>em</strong> Copenhaga, que a mortalidade, realizan<strong>do</strong> uma traqueotomia<br />

com a introdução de uma cânula com Cuff,<br />

baixava de 80% para 40% permitin<strong>do</strong> uma insuflação manual<br />

ou automática. Desde essa altura as indicações para<br />

traqueotomia aumentaram bastante. É nesta década de<br />

inovação e desenvolvimento, passada a década da<br />

guerra, que vai nascer a Sociedade portuguesa de Otorrinolaringologia<br />

e de Bronco-Esofagologia.<br />

A CriAÇÃO DA SOCiEDADE<br />

pOrtuguESA DE OtOrrinOlAringOlOgiA<br />

E DE<br />

BrOnCO-ESOFAgOlOgiA<br />

FigurA 162<br />

O PROJECTO DE ESTATUTOS DE 1952<br />

QUE FOI APROVADO POR UNANIMIDADE<br />

impulsiona<strong>do</strong> pelo Dr. António manuel da Costa Quinta,<br />

constituiu-se um grupo de Otorrinolaringologistas de que<br />

fizeram parte, além daquele médico, mais os seguintes:<br />

Dr. Abel Alves Valadares, Dr. Alberto luís de men<strong>do</strong>nça,<br />

Dr. António Dias Barata Salgueiro, Dr. Carlos larroudé<br />

gomes, Dr. Francisco Calheiros lopes, Dr. Francisco da<br />

Silva Alves, Dr. Joaquim prior, Dr. José António Ferreira roquette<br />

de Campos Henriques e Dr. luís Queriol macieira.<br />

Deste grupo partiu a iniciativa de convocar para o dia 27<br />

de Janeiro de 1952 uma reunião de Especialistas de to<strong>do</strong><br />

o país, a fim de assentar<strong>em</strong> as bases para a criação duma<br />

agr<strong>em</strong>iação científica que, <strong>em</strong> princípio, a<strong>do</strong>ptaria a designação<br />

de Sociedade portuguesa de Otorrinolaringologia<br />

e de Bronco-Esofagologia.<br />

no dia apraza<strong>do</strong> compareceram na sede da Ord<strong>em</strong> <strong>do</strong>s<br />

médicos, <strong>em</strong> lisboa, os seguintes Otorrinolaringologistas:<br />

Dr. Abel Alves Valadares, Dr. Afonso de Barros miranda<br />

Simão, Dr. Albano de Encarnação Coelho, Dr. Alberto luís<br />

de men<strong>do</strong>nça, Dr. António manuel da Costa Quinta, Dr.

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