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Livro Historia_ORL em Portugal.pdf - Repositório do Hospital Prof ...

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FIGURA 61<br />

DEMOnSTRacÇÃO ciRURGica EM LiSBOa nO PRinciPiO DO SÉc.XX- É DE nOTaR ,a anESTESia cOM MaScaRa.EnTRE a aSSiSTÊncia<br />

EncOnTRa-SE O jOVEM ESTUDanTE DE MEDicina aRTUR RicaRDO jORGE (2º a PaRTiR Da DiREiTa .na 2º FiLa) FiLhO DE RicaRDO jORGE<br />

Em 30 de Março de 1842, o Dr. CRAWFORD WILLLIAMSON<br />

LONG extraiu a um <strong>do</strong>ente que se chamava James Venoble,<br />

um tumor <strong>do</strong> pescoço sob anestesia geral com éter.<br />

Repetiu esta anestesia mais duas vezes, <strong>em</strong> Julho de 1843<br />

e Janeiro de 1845.<br />

Em Julho de 1844, um dentista, WILLIAM MORTON realiza<br />

uma extracção dentária s<strong>em</strong> <strong>do</strong>r a um paciente sob o<br />

efeito <strong>do</strong> éter. Em 1847, realizam-se <strong>em</strong> França e na Al<strong>em</strong>anha,<br />

as primeiras anestesias gerais com éter.<br />

O primeiro artigo que entre nós se ocupou <strong>do</strong> assunto foi<br />

publica<strong>do</strong> no jornal da Sociedade Pharmacêutica Lusitana,<br />

(tomo IV, Lisboa, 1847) assina<strong>do</strong> por ANTÓNIO<br />

MARIA BARBOSA que experimentou o éter e reuniu neste<br />

artigo as suas impressões; Barbosa era estudante de Medicina,<br />

e mais tarde foi um professor distinto da Escola<br />

Médico-Cirúrgica de Lisboa.<br />

Em <strong>Portugal</strong>, foi o <strong>Prof</strong>. da Escola Médico-Cirúrgica <strong>do</strong><br />

Porto, Dr. LUIZ PEREIRA DA FONSECA, <strong>em</strong> Nov<strong>em</strong>bro de<br />

1847, o primeiro a utilizar o éter <strong>em</strong> Anestesia Cirúrgica,<br />

utilizan<strong>do</strong> um aparelho eteriza<strong>do</strong>r, que aplicou <strong>em</strong> três<br />

casos, uma castração e duas fimoses. Descreveu estes<br />

casos no Jornal da Sociedade Pharmaceutica Lusitana.<br />

Em 12 de Janeiro de 1848, o Dr. BERNARDINO ANTÓNIO<br />

GOMES (Filho) fez <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> a primeira aplicação <strong>do</strong><br />

Clorofórmio <strong>em</strong> Cirurgia. A operação foi realizada pelo Dr.<br />

JOÃO PEDRO BARRAL, e o clorofórmio prepara<strong>do</strong> pelo<br />

Lente de Farmácia, JOSÉ TEDESCHI. Esta primeira aplicação<br />

v<strong>em</strong> descrita no JORNAL DE PHARMÁCIA E SCIENCIAS<br />

A OTORRINOLARINGOLOGIA EM PORTUGAL 77<br />

ACCESSÓRIAS, 1ª série Tomo I de 1948:<br />

“Entre nós o chloroformio começa a ser aplica<strong>do</strong>, felizmente a<br />

primeira experiencia, <strong>em</strong> que se <strong>em</strong>pregou o chloroformio por<br />

nos obti<strong>do</strong>, foi coroada <strong>do</strong> mais feliz resulta<strong>do</strong>: com efeito pretenden<strong>do</strong><br />

o Sr. J. P. BARRAL fazer a extracção d’um chisto a um<br />

<strong>do</strong>ente que tinha <strong>em</strong> sua enfermaria, ali fomos com o fim de<br />

ver os effeitos d’este novo producto e na verdade ficamos b<strong>em</strong><br />

convenci<strong>do</strong>s da sua utilidade quan<strong>do</strong> vimos que ten<strong>do</strong> o Sr. Dr.<br />

Bernardino António Gomes feito a applicação á boca e nariz<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>ente d’um lenço de cambraia<strong>do</strong>bra<strong>do</strong> <strong>em</strong> oito partes no<br />

qual lançara uma oitava <strong>do</strong> chloroformio ao fim de <strong>do</strong>us minutos<br />

este se achava <strong>em</strong> tal esta<strong>do</strong> de insensibilidade, que<br />

pode o Sr. Barral fazer a extracção completamente s<strong>em</strong> que o<br />

opera<strong>do</strong> desse o menor sinal de <strong>do</strong>r! Terminada a operação o<br />

Sr. Dr. Gomes retirou o lenço e <strong>do</strong>us minutos depois o <strong>do</strong>ente se<br />

mostrava admira<strong>do</strong> de já não ter o chisto”.<br />

Nesta mesma revista v<strong>em</strong> publica<strong>do</strong> um quadro des<strong>do</strong>brável<br />

da autoria de Joaquim Theotónio da Silva onde são<br />

descritos os primeiros 14 casos <strong>do</strong> <strong>em</strong>prego <strong>do</strong> éter e os<br />

primeiros 10 casos <strong>do</strong> <strong>em</strong>prego <strong>do</strong> clorofórmio <strong>em</strong> Lisboa<br />

entre Abril de 1847 e Março de 1848.<br />

No Porto, a primeira aplicação de clorofórmio foi efectuada<br />

por ANTÓNIO BERNARDINO DE ALMEIDA, <strong>em</strong> 31 de<br />

Janeiro de 1848, numa rapariga de 20 anos para excisão<br />

de um naevus.<br />

O <strong>Prof</strong>. CÂMARA SINVAL, a 31 de Maio de 1848, aplica pela<br />

primeira vez <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> o clorofórmio num parto instrumental;<br />

o <strong>Prof</strong>essor Magalhães Coutinho foi o primeiro<br />

a usar o clorofórmio num parto eutócico, <strong>em</strong> 1848.

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