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Iracema, mon amour - Cabine Cultural

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pagado nossa parte. Queria que nós descêssemos do busão e tudo mais. Falei<br />

grosso com ele, aquilo tudo era problema dele e do Juan 171 Carlos, nossa parte<br />

havia sido feita, ele que cobrasse o nó cego filho-da-puta. Ficamos no ônibus. De<br />

tão cansado que estava, adormeci e acordei somente na rodoviária de Puno.<br />

A fome me corroia as entranhas. Chegamos às 20h00 em Puno e nosso<br />

bumba para Cuzco sairia às 20h30. Sobrava exatamente meia hora para comer.<br />

Como já era esperado, não havia muitas opções saudáveis. Engolimos um misto<br />

quente péssimo, empurrando com refrigerante igualmente horrível. Compramos<br />

também uns pães e umas salteñas. No mostrador da vendinha, devia ter umas 30<br />

salteñas e eu fui escolher justamente as de vento, me disse o Anselmo. Rimos<br />

muito. As malditas salteñas tinham cheiro de queijo e recheio de ar. Acabamos<br />

sentados todos no fundo do ônibus, nós dois e os três novos companheiros. Antes<br />

de dormir, ainda assisti a um filme tão ruim que nem me lembro o nome. Dormi.<br />

Ou pelo menos, tentei.<br />

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