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Iracema, mon amour - Cabine Cultural

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surpresas, alguns PPQ já contaram com míseras três pessoas, enquanto outros,<br />

mais abastados, já viram mais de 50 pessoas desfilarem no interior de alguma<br />

casa que o abrigue. Em Cuzco, não tinha como passar em branco, o PPQ iria<br />

acontecer e em versão internacional.<br />

Não sei qual Cuzco é mais bonita. De dia, com o sol; ou de noite, com a lua.<br />

A Plaza das Armas iluminada é belíssima, as ruas estreitas e cheias de pessoas<br />

também. É uma cidade muito turística e muito boêmia que oferece muitas opções<br />

para a noite. É impressionante o assédio do pessoal que trabalha nos bares e<br />

casas noturnas. A concorrência é acirrada e cada turista é disputado aos berros,<br />

literalmente. Muitas vezes, o pessoal até nos puxava pelo braço e pelas roupas.<br />

Um grupo de cinco pessoas, como no nosso caso, era um prato cheio que gerava<br />

discussões entre os promotores. As baladas de Cuzco fazem uma promoção<br />

atrativa, não cobram nada para entrar e ainda dão uma bebida grátis. Fizemos<br />

uma via-crúcis experimentando os drinques na faixa. Passamos pelo Tacuba Club,<br />

Extreme, Mythology e Mama Amerika antes de terminar a noite no mais famoso, o<br />

Mama Afrika. Eram baladas todas muito parecidas e não me lembro direito como é<br />

que foi em cada uma delas. Lembro-me que as primeiras baladas estavam caídas,<br />

muito vazias. E as duas últimas estavam lotadas, bombando. A bebida grátis<br />

começou com uma caipirinha que mais parecia li<strong>mon</strong>ada fria e depois passou para<br />

uma Cuba Libre. Teve outra coisa entre as duas, mas não me recordo, Bacardi,<br />

Martini, sei lá. As duas últimas estavam cheias de turistas, muitos argentinos e<br />

chilenos. Muitos americanos e europeus. A minoria era composta de peruanos.<br />

Dançamos muito e nos divertimos pela madrugada adentro. Tocou até axé da<br />

Bahia. Confesso que dancei coreografia e tudo mais, que vergonha. O que o<br />

álcool não faz com uma pessoa, não é mesmo? Continuei o tratamento químico do<br />

meu dedo com algumas cervejas a mais. Fui dormir com duas dores desmedidas.<br />

Uma na alma, de saudades da minha Marina, e outra no maldito dedo. Nunca<br />

pensei que uma pessoa me faria tanta falta. Também nunca pensei que a ponta<br />

de um dedo pudesse doer tanto.<br />

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