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Iracema, mon amour - Cabine Cultural

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12º Dia – Machu Picchu<br />

Aguas Calientes/Machu Picchu, 08/01/05.<br />

Enfim, chegamos ao dia que certamente é o clímax da viagem toda. Durante<br />

o trajeto eu já estava ansioso para chegar em Machu Picchu. Agora,<br />

transcrevendo minhas anotações, também estava apreensivo para chegar aqui.<br />

Depois deste dia, quem quiser, pode até abandonar a leitura e dar por encerrado o<br />

relato. O resto é a ida para Lima e a viagem de volta. Adianto que muitas coisas<br />

aconteceram em Lima e, principalmente, em La Paz. No final ainda pretendo fazer<br />

uma conclusão, sei lá, dar um nó em todas as pontas soltas destes fios do destino.<br />

Corro o risco de criar uma cama-de-gato e cair na minha própria armadilha.<br />

Veremos. Escrevi muitas páginas do meu caderno, mas a transcrição é na<br />

verdade uma “transcriação”, como diriam os irmãos Campos. Estou modificando<br />

muito minhas garatujas e o resultado disto, apesar dos originais já estarem<br />

escritos, eu sinceramente não sei como vai sair. Veremos. Aviso de antemão que<br />

este dia vai ser longo e cansativo. Preparem-se.<br />

Pulamos da cama. Todos estavam com Machu Picchu na cabeça e não foi<br />

nada difícil acordar às 7h30. Vesti minha melhor roupa para o dia especial, tinha<br />

previamente separado minha camiseta do Corinthians para passar o dia em<br />

Machu Picchu. Fizemos umas compras e tomamos café no mercado municipal de<br />

Aguas Calientes. Compramos água, pães e bananas, e seria nossa refeição<br />

durante o dia todo. Na praça encontramos o Leandro e a Mônica nos esperando,<br />

eles iriam a pé conosco. Seus pais iriam de ônibus. Leandro fazia cursinho em<br />

Curitiba e planejava prestar vestibular para Desenho Industrial, Mônica estudava<br />

Administração. Envoltos numa neblina e caminhando sob a garoa, partimos. O<br />

caminho é agradabilíssimo. Seguimos andando 1,8 Km às margens do agitado e<br />

turbulento rio Urubamba. É um rio ideal para esportes radicais como rafting, bóiacross<br />

e outras modalidades. O empecilho maior é a altitude que faz quase explodir<br />

pulmões não acostumados e a temperatura das águas, extremamente gelada.<br />

Depois de cruzar uma ponte sobre o Urubamba, começam as escadas incas. É<br />

uma subida de uns 40 minutos. Os degraus são altos e distantes uns dos outros,<br />

exigindo mais esforço para subir. O caminho entre a mata é viçoso e bem fechado,<br />

contribuindo para aumentar a umidade do ar. Logo após os primeiros metros, nós<br />

já estávamos encharcados de suor. Paramos algumas vezes para descansar e<br />

retomar o fôlego. Cruzamos na subida com uma dupla de americanas e uma<br />

turma de brasileiros. Percebemos que tempo foi se abrindo e o sol já estava forte,<br />

fazendo-nos suar ainda mais. Eu, Anselmo e Breno abrimos certa dianteira e<br />

chegamos na entrada do parque nacional onde está a antiga e misteriosa cidade<br />

inca. Tive um choque ao chegar à entrada do parque.<br />

Lá em cima, há boutiques sofisticadas, lanchonetes, restaurantes refinados e<br />

até um luxuoso hotel cinco estrelas. Um padrão altíssimo e tudo, evidentemente,<br />

com preços astronômicos, para lá de abusivos. Para vocês terem uma idéia, em<br />

Aguas Calientes, pagamos 2,50 soles (S$) numa garrafa de 1,5 litro. Na<br />

lanchonete do parque, a mesma garrafa custava S$8,00. E uma cerveja de 300 ml<br />

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