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Iracema, mon amour - Cabine Cultural

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tralhas. Aproveitamos também para trocar meu colchão. No hotel tinha um quarto<br />

vazio com a porta aberta e não hesitamos, fomos lá e pegamos um colchão bom.<br />

O pico das águas quentes não ficava longe, uns 10 minutinhos de caminhada. O<br />

local era até mais arrumado que nossas expectativas e já estava lotado de<br />

turistas. Tinham quatro piscinas. Uma vazia, de água fria. Duas de águas quentes.<br />

E uma quarta de água muito quente. Tinham também cascatas artificiais e duchas<br />

espalhadas. Nadar de noite, sob as estrelas é sempre uma experiência agradável.<br />

Ficou ainda mais interessante com o clima frio e a água quente da piscina.<br />

Definitivamente estávamos precisando de um relaxamento muscular. As águas<br />

quentes foram uma grande idéia, todo mundo que se acabava de tanto andar em<br />

Machu Picchu, depois ia para dentro das piscinas termais. Depois do cansaço<br />

intenso e brutal, aquelas águas eram um batismo, sentindo novamente minhas<br />

pernas, me senti nascendo de novo. Reencontramos as cocotas paulistanas que<br />

havíamos conhecido no ano novo. Mais uma vez, elas nos trataram com soberba<br />

e nos olhavam por sobre os ombros. Não demos muita bola. O Pedro chegou e<br />

fomos conversar com os brasileiros que tinham feito a fatídica caminhada ao<br />

templo da lua conosco. A piscina mais quente não me agradou, sentia-me num<br />

caldeirão de sopa. Era demasiado quente e no chão depositaram uma areia fina,<br />

deixando a água escura. A água era muito oleosa e parecia azeitada, aquilo tudo<br />

lembrava um sopão de gente mesmo. Um verdadeiro banquete antropofágico.<br />

Como todos nós estávamos cansados, partimos cedo. Sem antes passar num bar<br />

e tomar algumas cervejas, é claro. Tomamos com calma e relembrando os<br />

melhores momentos do dia que estava chegando ao fim. Sentamos em um bar na<br />

praça central e ficamos observando o movimento que começava a se formar. Um<br />

trem estava para chegar e o pessoal dos hotéis e pousadas iniciavam suas<br />

manobras para pegarem os turistas. Apesar de ser tarde, havia ainda havia<br />

presença de crianças brincado, rindo e falando alto, bem do jeito deles. A lua<br />

sorria, as estrelas brilhavam e a cerveja fluía fácil. Fomos dormir satisfeitos e<br />

enfastiados. Tínhamos que acordar cedo. Apaguei.<br />

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