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Dissertação - Programa de Pós-graduação em Educação / UEM

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3 ENTRE O BIOTÔNICO FONTOURA E O JECA TATUZINHO: AS LIÇÕES DE<br />

UM ALMANAQUE QUE FICARAM NA MEMÓRIA<br />

Nesta parte do trabalho apresento aspectos relacionados ao porque do<br />

meu interesse <strong>em</strong> usar o Almanaque Biotônico Fontoura como fonte pesquisa.<br />

Enfoco os conceitos <strong>de</strong> sertão e sertanejo, e o contexto sócio/educacional que o<br />

Almanaque estava inserido. Estabeleço relações e faço reflexões que averiguarão<br />

se minhas hipóteses são condizentes ou não.<br />

2.1 A DESCOBERTA DA GOSTOSURA: QUANDO TUDO ACONTECEU...<br />

O interesse pelo Almanaque e os textos da personag<strong>em</strong> Jeca Tatu é algo<br />

que trago da adolescência, quando tive meu primeiro contato, na década <strong>de</strong> 1980,<br />

com o Almanaque Biotônico Fontoura, o que aconteceu após o termino <strong>de</strong> suas<br />

edições datadas <strong>de</strong> 1982. Naquele momento, eu estudava <strong>em</strong> uma escola rural<br />

no interior do estado do Paraná, e o almanaque circulava na escola e era adotado<br />

pelos professores. Isso proporcionou a mim e provavelmente <strong>em</strong> uma série <strong>de</strong><br />

outras crianças <strong>em</strong> ida<strong>de</strong>s parecidas, por conseqüência, um contato consi<strong>de</strong>rável<br />

com esta literatura a ponto <strong>de</strong> não nos esquecermos da história daquele tal<br />

personag<strong>em</strong> Jeca Tatuzinho.<br />

As imagens visuais do Jeca Tatu, veiculadas pelo Almanaque, me parece<br />

produzir na m<strong>em</strong>ória coletiva <strong>de</strong> muitas gerações uma representação do<br />

sertanejo, do hom<strong>em</strong> do campo brasileiro como aquele que vivia na fronteira das<br />

idéias progressistas. Durante muito t<strong>em</strong>po essa idéia me incomodou, a ponto <strong>de</strong><br />

ter se transformado <strong>em</strong> t<strong>em</strong>a <strong>de</strong> discussão <strong>de</strong> minha monografia <strong>de</strong><br />

especialização <strong>em</strong> Pesquisa Educacional que fiz no ano <strong>de</strong> 2008. Uma das<br />

minhas preocupações era probl<strong>em</strong>atizar essa personag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Monteiro Lobato,<br />

que durante quase um século foi arraigando na mentalida<strong>de</strong>, ao menos das

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