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Contos contados de Finnegan e H.C.E. - Alberte Pagán

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novo nome é calco <strong>de</strong> Der Herr schuf die Welt (A: O Senhor criou o mundo),<br />

incluindo Herrschaft (domínio) e Schuft (sem-vergonha). É dizer, preten<strong>de</strong><br />

excitar ao anciao (dormido, morto) patriarca, caído como Humpty Dumpty.<br />

Por muito que caiam sempre hai um manhá (com almorço <strong>de</strong> gemas: a cara<br />

soleada do ovo), umha resurreiçom. O prato mancha-se <strong>de</strong> té (“platte”): a<br />

mancha que oculta a assinatura da carta (11.28) é <strong>de</strong> té ou resultado do orgasmo?<br />

B é a galinha que engala ao galo (E).<br />

(12.18-13.03) Mentres ela arrepanha o que po<strong>de</strong> botamos umha olhada aos dous túmulos<br />

(cabeça e pés <strong>de</strong> E; alusom à Revista dos dous mundos [Revue <strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>ux mon<strong>de</strong>s] na que Joyce pudo ler umha crítica favorável <strong>de</strong> VF), e nom hai<br />

rastro <strong>de</strong>l. Estám, si, Santa Brígida <strong>de</strong> Suécia e Sam Patrício, in<strong>de</strong>ntificado<br />

por “mis” e “taf” (03.9-10; taufen [A]: baptizar). Wharton’s Folly: fortaleza<br />

inacabada no parque Fénix. Planco (Es): chao, terreno. O parque é o lugar do<br />

crime. Tripartito: A C D (“mickos” e “mininos”, Mick e Nick; Aulaf, Ivar e<br />

Sitric [fundadores <strong>de</strong> Dublim, Limerick e Waterford, segundo a lenda; análogos<br />

<strong>de</strong> Rómulo e Remo]). Nicholas Proud: secretário do porto <strong>de</strong> Dublim.<br />

Berg (A): montanha. Sobre as cinco baixas colinas <strong>de</strong> Dublim <strong>de</strong>stacam a <strong>de</strong><br />

Howth (à direita, a cabeça <strong>de</strong> E, Olaf, A) e a menor ao oeste do parque (à esquerda,<br />

os pés do gigante, Ivar, C). No meio, o Pilar <strong>de</strong> Nelson no centro <strong>de</strong><br />

Dublim (Sitric, D, o pene do filho que rivaliza co pai). ECH (12.29). Um<br />

quarteto rimado paródia um epigrama <strong>de</strong> Swift sobre o polvorim do parque<br />

Fénix. Enfrentamento entre Irlanda e Inglaterra. O “silêncio” aparece por vez<br />

primeira (cf 14.06, 94.02, 334.31 e 501.06): à parte <strong>de</strong> culminar a cena, e preparar<br />

a seguinte, representa a B, a sem voz. O seu silêncio é tam subversivo<br />

como a sua fala <strong>de</strong>sbocada. Feoch! (Ir): Mira<strong>de</strong>!<br />

(13.04-19) A cena começa coa apresentaçom do lugar. A pergunta é: es realmente<br />

irlandês? Segue petiçom <strong>de</strong> silêncio: HCE por partida dobre (13.05 e .06). A<br />

cena lembra um gravado da casa dos Porter (o sonhador converte-o em Dublim<br />

no seu sonho). Miry Mitchel: K. A cida<strong>de</strong> é E. Morto, é a sua tumba, o<br />

seu dólmen (surgido doutro gravado). O’Farrelly: poeta irlandês do S XVII. O<br />

novo substitue ao velho. Dbln=32 (tomando cada letra polo seu nº <strong>de</strong> or<strong>de</strong>);<br />

V.K.O.O=64, o número mágico duplicado (Dbln=Dublin, dobrando). O funeral<br />

mais parece umha feira ou festa. Até hai música, eternamente (ciclo viconiano).<br />

(13.20-28) Aparecem os quatro historiadores, Mamalujo (Mateus, Marcos, Lucas e<br />

Joám; que som Raimundo Lúlio [Ramom Llull]), que escrevem o seu livro<br />

azul, os Anais dos quatro mestres (escrito em Donegal, chamado Boreum por<br />

Ptolomeu). Os Anais é o Ulises (179.27) e, por extensom, a presente novela<br />

(14.29-30). “baile”: Bailé átha Cliath (Dublim). “c/c”: catro cousas. Dyfflinarskidi:<br />

território da Dublim escandinava. HCE (13.22-23). Entre parénteses,<br />

em hebreu, quatro meses representativos das quatro estaçons (12 meses,<br />

O). “Ah<strong>de</strong>us”: indica a presença <strong>de</strong> X. A pena e o pau postal som Shem o escritor<br />

e Shaun o carteiro. 13.22-23: HCE.<br />

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