Dissertação Carlos Lucena de Aguiar - Centro de Pesquisas Aggeu ...
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“A forma <strong>de</strong> ligar essas coisas tem várias opções. Então, para fazer a junção <strong>de</strong>sse sinal<br />
(LAMP) com o antígeno e fazer com que ele funcione, precisa-se <strong>de</strong> uma certa experiência”<br />
(informação verbal). 125<br />
A construção da vacina seria <strong>de</strong>terminada exatamente pela i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>ssas regiões <strong>de</strong><br />
início e término da seqüência protéica do antígeno e da região <strong>de</strong> fusão com LAMP, sendo,<br />
portanto, esta i<strong>de</strong>ntificação o objetivo da pesquisa naquele momento. A base para esse<br />
trabalho seria os estudos prévios realizados pelo grupo <strong>de</strong> Thomas August, <strong>de</strong> vacina <strong>de</strong> DNA<br />
com LAMP para outros flavivírus. Por exemplo, já havia trabalhos sobre o uso <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>terminadas proteínas dos vírus da encefalite japonesa e <strong>de</strong>ngue como estratégia vacinal<br />
capaz <strong>de</strong> induzir anticorpos neutralizantes – apesar <strong>de</strong> essas formulações terem falhado em<br />
manter esses anticorpos por períodos mais longos (em fase <strong>de</strong> elaboração). 126<br />
“Eles já tinham trabalhos on<strong>de</strong> sabiam mais ou menos on<strong>de</strong> procurar a região maior (início e<br />
fim da seqüência). O que nós fizemos foi tentar localizar na febre amarela qual seria a região<br />
correspon<strong>de</strong>nte à região <strong>de</strong> todos os vírus que já foram estudados. Inclusive o lugar <strong>de</strong> colocar<br />
LAMP também já estava exaustivamente <strong>de</strong>finido pelo grupo, então nós só fizemos adaptar<br />
outro sistema (dos outros flavivirus) para o nosso sistema (do vírus da febre amarela)”<br />
(informação verbal). 127<br />
No entanto, apesar dos vírus da <strong>de</strong>ngue e do oeste do Nilo serem parecidos com o da febre<br />
amarela, não eram iguais. As experiências anteriores não bastariam para o sucesso da<br />
construção.<br />
“Como nenhuma molécula é exatamente igual à outra a não ser a si mesma, quando a gente<br />
vai traduzir as experiências que tinha <strong>de</strong> outros muito parecidos, como <strong>de</strong>ngue, para a febre<br />
amarela, a tradução não é idêntica. Não vou po<strong>de</strong>r copiar 100% idêntico o que tinha sido feito<br />
antes, porque não é idêntico, não é a mesma coisa” (informação verbal). 128<br />
125 Entrevista com o pesquisador médico.<br />
126 Draft <strong>de</strong> artigo científico <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Ernesto Marques e Rafael Dhalia, com o título “Development and<br />
validation of three naked DNA-based vaccine candidates against yellow fever vírus infection”.<br />
127 Entrevista com o biólogo molecular.<br />
128 Entrevista com o pesquisador médico.<br />
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