8. Grandes síndromes geriátricas - Fiocruz
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Doenças específicas<br />
Há uma forte relação entre distúrbio de equilíbrio e marcha e quedas.<br />
Por isso, doenças neurológicas – como hematoma subdural, demência,<br />
doença de Parkinson, acidente vascular encefálico (AVE), delirium, neuropatia<br />
periférica, epilepsia, traumatismo craniencefálico (TCE), tumores<br />
do sistema nervoso central (SNC) e labirintopatia – podem afetar o equilíbrio<br />
e a marcha e serem fatores de predisposição a quedas. Algumas<br />
doenças clínicas também podem ocasionar quedas, dentre elas: doença<br />
coronariana (DAC), insuficiência cardíaca (IC), síncope de origem cardiogênica,<br />
hipertensão arterial (HAS), arritmia, insuficiência vértebrobasilar,<br />
hipotensão ortostática, desidratação, insuficiência renal (por<br />
deficiência de vitamina D), síndrome vaso-vagal, sangramento oculto,<br />
hipo e hiperglicemia, hipo e hipertireodismo, distúrbios hidro-eletrolíticos,<br />
infecções, depressão, anemia, hipotermia, alcoolismo, incontinência<br />
urinária, doença pulmonar e embolia pulmonar. Não podemos esquecer<br />
que maus-tratos, principalmente em pacientes demenciados, podem<br />
estar arrolados neste processo. Qualquer doença aguda pode diminuir<br />
transitoriamente a perfusão cerebral e aumentar a possibilidade de perda<br />
de consciência e quedas. Você pode perceber que devemos investigar as<br />
doenças clínicas na abordagem do paciente que apresente quedas.<br />
Medicamentos<br />
As medicações possuem importante papel na origem das quedas, não só<br />
por seus efeitos intrínsecos, mas por alteração da farmacocinética e farmacodinâmica<br />
causada pela idade. Esta se dá por alteração da gordura<br />
corporal (aumento de 35%), diminuição do metabolismo renal e hepático.<br />
Vários estudos associam uso de medicamentos a quedas (LANDI,<br />
2005; CHAIMOWICZ; FERREIRA; MIGUEL; 2000; COUTINHO, 2002).<br />
As classes incluem drogas:<br />
•<br />
•<br />
•<br />
psicoativas,<br />
cardiovasculares e vasodilatadores,<br />
uso de mais de quatro medicações (polifarmácia).<br />
Os benzodiazepínicos e neurolépticos são mais constantemente implicados<br />
no risco de quedas e os antidepressivos também.<br />
O uso de álcool aumenta o risco de quedas, mas não há associação com<br />
as lesões.<br />
<strong>Grandes</strong> <strong>síndromes</strong> <strong>geriátricas</strong><br />
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