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8. Grandes síndromes geriátricas - Fiocruz

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• Exame genital – avaliar atrofia genital e muscular, coloração da<br />

pele, prolapso uterino ou vesical e tônus muscular.<br />

• Exame neurológico – avaliação do estado cognitivo, compressão<br />

medular, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou alguma<br />

doença tratável.<br />

Exames complementares<br />

Todos os pacientes devem ser submetidos a urianálise (EAS: elementos<br />

anormais e sedimento) e a urocultura, que nos informam sobre sangramento,<br />

infecção e diabetes descompensado, por exemplo. A medida do<br />

volume urinário residual (normal até 100ml), quando normal nos descarta<br />

incontinência por sobrefluxo ou hipocontratilidade do detrusor.<br />

Os exames de bioquímica com avaliação da função renal e glicose, assim<br />

como avaliação ginecológica, urológica e citologia urinária são para<br />

pacientes selecionados, com quadros mais complexos, que precisam de<br />

uma investigação mais completa.<br />

A urodinâmica compõe-se de colocação de um cateter intravesical com<br />

multicanais em que se avalia a pressão de enchimento vesical, pressão<br />

uretral e pressão intra-abdominal. Há avaliação com gráficos da atividade<br />

do músculo detrusor. Este exame não deve ser solicitado como<br />

rotina, deve ser usado somente nos casos complexos, como suspeita de<br />

obstrução ou hipocontratilidade do detrusor. É um teste caro, invasivo<br />

e redundante, já que na maioria das vezes o diagnóstico é feito pela<br />

história clínica.<br />

Tratamento<br />

Devemos considerar que o tratamento da incontinência não é padronizado<br />

e, sim, personalizado para cada caso e cada paciente, principalmente<br />

nas orientações. A causa deve ser encontrada, pois só assim teremos<br />

chance de sucesso terapêutico. Então, tratar as causas reversíveis de<br />

incontinência – como infecção por meio de uso de antibióticos, atrofia<br />

genital atenuada com estrogênio tópico e impactação fecal resolvida com<br />

uso de enemas e laxativos – pode aliviar os sintomas do paciente rapidamente.<br />

Identificar e tratar o delirium, outra causa reversível, tentar diminuir<br />

a restrição no leito, também faz parte desta abordagem. O aumento<br />

de diurese à noite, seja por aumento de consumo de líquidos ou por<br />

doença, como insuficiência cardíaca, deve ser investigado. As condições<br />

psíquicas devem ser elucidadas para que não interfiram na micção. Por<br />

<strong>Grandes</strong> <strong>síndromes</strong> <strong>geriátricas</strong><br />

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