Atitude e comportamento empreendedor - Faccamp
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2.2 Cultura Organizacional e Cultura Intra<strong>empreendedor</strong>a<br />
Até meados da década de 1980, assistiu-se a uma multiplicação dos estudos<br />
sobre a temática cultura organizacional. Não só nos meios acadêmicos, mas<br />
também em publicações voltadas para o mundo dos negócios, a proporção dos<br />
trabalhos, dos relatos de casos, das análises comparativas entre culturas diversas<br />
cresceu em grande escala nos últimos 5 anos e isso se comprova através de<br />
estudos realizados por Fleury (1996).<br />
A literatura confirma que vários autores definem cultura de acordo com seus<br />
pressupostos e estudos realizados. Motta e Caldas (2007) pontuam sobre a<br />
necessidade de rever propostas metodológicas e as teorias que as sustentam<br />
quando se coloca em pauta o tema cultura organizacional.<br />
Hamel e Prahalad (1995) defendem que a cultura deve estar disseminada por<br />
toda a organização. Já Freitas (2007) pontua que para entender a organização como<br />
uma cultura é necessário reconhecer o papel ativo dos indivíduos na construção da<br />
realidade organizacional e no desenvolvimento de interpretações compartilhadas<br />
para as suas experiências.<br />
Pires e Macêdo (2006) enfatizam que a cultura é um dos pontos-chave na<br />
compreensão das ações humanas, funcionando como um padrão coletivo que<br />
identifica os grupos, suas maneiras de perceber, pensar, sentir e agir. Assim, mais<br />
do que um conjunto de regras, de hábitos e de artefatos, cultura significa construção<br />
de significados partilhados pelo conjunto de pessoas pertencentes a um mesmo<br />
grupo social.<br />
Schein (2009) enfatiza que é preciso adotar um modelo de cultura que faça<br />
justiça ao conceito e que possa ter utilidade em outros campos. Para ele:<br />
Cultura é um fenômeno dinâmico que nos cerca em todas as horas, sendo<br />
constantemente desempenhada e criada por nossas interações com outros e<br />
moldada por <strong>comportamento</strong> de liderança, e um conjunto de estruturas,<br />
rotinas, regras e normas que orientam e restringem o <strong>comportamento</strong>.<br />
Quando alguém introduz a cultura no plano da organização e de seus grupos<br />
internos, pode-se ver claramente como a cultura é criada, inserida, envolvida<br />
e, finalmente, manipulada e, ao mesmo tempo, como restringe, estabiliza e<br />
fornece estrutura e significado aos membros do grupo. Esses processos<br />
dinâmicos da criação e do gerenciamento da cultura são a essência da<br />
liderança e fazem-nos perceber que liderança e cultura constituem dois lados<br />
da mesma moeda. (p.1)<br />
Schein (2009) analisa a cultura em diferentes níveis, sendo eles: artefatos, os<br />
quais incluem os produtos visíveis do grupo, como arquitetura de seu ambiente<br />
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