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10.6. Guia de Boas Práticas para a concepção de Ciclovias - Futuro ...

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a inclusão <strong>de</strong> troços partilhados com pe<strong>de</strong>stres, nomeadamente <strong>para</strong> evitar ruas perigosas com elevado tráfego motorizado ou estabelecer ligações<br />

essenciais. Nessas situações, as necessida<strong>de</strong>s dos peões <strong>de</strong>vem ser tomadas em consi<strong>de</strong>ração integralmente na selecção do percurso e seu <strong>de</strong>senho.<br />

A opção por Pistas cicláveis permite que a re<strong>de</strong> rodoviária esteja mais centrada no automóvel, facilitando o seu fluxo e, consequentemente,<br />

aumentando a velocida<strong>de</strong> e a utilização, tornando mais perigoso o atravessamento daqueles troços pontuais e a baixa aceitabilida<strong>de</strong> e partilha da via<br />

por parte dos automobilistas. Desta forma, a conclusão aparentemente óbvia e intuitiva <strong>de</strong> que as pistas cicláveis são mais seguras po<strong>de</strong> ser falsa e,<br />

com isso, a i<strong>de</strong>ia errónea <strong>de</strong> que as pistas cicláveis são preferíveis <strong>para</strong> encorajar os não-ciclistas.<br />

Por outro lado, criar uma re<strong>de</strong> nova acarreta questões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m política e legal, dado o impacto físico criado – questões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação, inserção<br />

correcta na paisagem e criação <strong>de</strong> ligações úteis – que levam ao aumento do seu valor económico e, com isso, ao adiamento sucessivo da sua<br />

construção. Adiciona-se o facto da sua permanente manutenção <strong>para</strong> garantir o conforto e segurança, sendo que os arruamentos comuns já são alvo<br />

<strong>de</strong>ssa manutenção com maior frequência e acuida<strong>de</strong>.<br />

Em conclusão, as Pistas cicláveis são úteis em <strong>de</strong>terminadas circunstâncias, on<strong>de</strong> há disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> solo, ao longo <strong>de</strong> vias suburbanas com tráfego <strong>de</strong><br />

elevada velocida<strong>de</strong>, em ligações extra ou <strong>para</strong> públicos muito específicos. No ambiente urbano po<strong>de</strong> tornar-se mais fácil <strong>para</strong> os ciclistas e económico <strong>para</strong> as<br />

entida<strong>de</strong>s promotoras a introdução <strong>de</strong> Faixas <strong>de</strong> bicicletas através da alteração do perfil transversal dos arruamentos existentes ou adicionando uma largura extra nos<br />

arruamentos a construir. Sempre que se instituírem dúvidas sobre que medida adoptar, convém lembrar que po<strong>de</strong> ser mais seguro e mais útil <strong>para</strong> os ciclistas um<br />

sistema viário adaptado – “cycle friendly” – com a alteração dos comportamentos dos condutores, do que a construção <strong>de</strong> Pistas, uma vez que inerente às vantagens<br />

trazidas aos ciclistas vêm outras vantagens ao nível ambiental, no controlo da poluição sonora, visual e atmosférica com a limitação das velocida<strong>de</strong>s e volumes <strong>de</strong><br />

tráfego.<br />

<strong>Guia</strong> <strong>de</strong> <strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>para</strong> a <strong>concepção</strong> <strong>de</strong> <strong>Ciclovias</strong> 29

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