Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde
Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde
Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
PROGNÓSTICO<br />
No que se refere à evolução clínica, o prognóstico <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
certa maneira, <strong>da</strong> forma clínica <strong>da</strong> enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Assim, po<strong>de</strong> ser êle<br />
encarado, quanto às formas clínicas, <strong>da</strong> seguinte maneira:<br />
a) Forma lepromatosa: é <strong>de</strong> prognóstico sempre sombrio, pela<br />
extrema difusão <strong>da</strong>s lesões, pelas <strong>de</strong>formações, pelas complicações e<br />
enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>s intercorrentes e, finalmente, pela resistência pronuncia<strong>da</strong> à<br />
terapêutica.<br />
b) Forma tuberculói<strong>de</strong>: é <strong>de</strong> prognóstico relativamente bom. As<br />
lesões po<strong>de</strong>m regredir espontâneamente, principalmente na infância, e<br />
respon<strong>de</strong>r mais favoràvelmente ao tratamento. Além disso, a evolução <strong>da</strong>s<br />
lesões é <strong>de</strong> caráter mais local, sem aquela difusibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> forma<br />
lepromatosa.<br />
c) Forma in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>: é <strong>de</strong> prognóstico incerto. As lesões<br />
in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s, como vimos, tanto po<strong>de</strong>m involuir e curar, como evoluir<br />
para a forma lepromatosa ou para a tuberculói<strong>de</strong>.<br />
Quanto à vi<strong>da</strong> do leproso, já sabemos que a enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>, salvo<br />
alguma doença letal intercorrente, po<strong>de</strong> arrastar-se por muitos anos, com<br />
seus períodos <strong>de</strong> remissão e recru<strong>de</strong>scência tão peculiares a ela.<br />
O leproso morre, quase sempre, pelas complicações. A<br />
tuberculose, as nefropatias, as cardiopatias, as pneumopatias e outras, são<br />
responsáveis pela morte <strong>da</strong> maioria dos hansenianos.