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Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde

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– 104 –<br />

As sulfonas são emprega<strong>da</strong>s na lepra <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sensacional<br />

<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> FAGET, JOHANSEN, ERICKSON e outros, no United States<br />

Marine Hospital, <strong>de</strong> Louisiana, em 1941.<br />

A partir <strong>de</strong> então, tornou-se uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> o tratamento <strong>da</strong> lepra.<br />

No vasto capítulo <strong>da</strong> sulfonoterapia vamos encarar,<br />

separa<strong>da</strong>mente, as drogas usa<strong>da</strong>s (sulfona-mãe e seus <strong>de</strong>rivados); modo e<br />

vias <strong>de</strong> administração; aci<strong>de</strong>ntes; resultados que se obtêm na prática.<br />

Drogas usa<strong>da</strong>s<br />

a) Sulfona-mãe<br />

4-4’ Diamino-difenil-sulfona<br />

Abrevia<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> D.D.S..<br />

Sintetiza<strong>da</strong> por FROMM e WITTMANN em 1908, quando se<br />

<strong>de</strong>dicavam a pesquisas sôbre substâncias tintórias <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>da</strong> anilina.<br />

Em 1937, é experimenta<strong>da</strong> por BUTTLE em camondongos (estrepto,<br />

estáfilo e pneumococcias) e em cobáias (tuberculose) revelando-se uma<br />

substância muito ativa, porém muito tóxica e julgaram-na, por isso,<br />

imprópria para aplicação na clínica. Entretanto, pouco <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> haver<br />

FAGET inaugurado a sulfonoterapia na lepra, com um dos seus <strong>de</strong>rivados<br />

(Promin), as observações dos clínicos e pesquisadores que lhe seguiram<br />

os passos – COCHRANE, RAMANUJAM, PAUL, RUSSEL, etc. –<br />

<strong>de</strong>monstraram que, em doses a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s po<strong>de</strong> a D.D.S. ser emprega<strong>da</strong><br />

sem perigos maiores que os apresentados pelos seus <strong>de</strong>rivados mais<br />

complexos.<br />

A D.D.S., também <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> sulfona – mãi, representa por si só<br />

a parte ativa <strong>da</strong> molécula <strong>de</strong> qualquer <strong>da</strong>s sulfonas atualmente emprega<strong>da</strong>s<br />

contra a lepra. Deve ser a sulfona <strong>de</strong> escolha, em terapêutica, porquanto<br />

seus <strong>de</strong>rivados não trazem vantagem alguma, além <strong>de</strong> serem <strong>de</strong> síntese<br />

mais laboriosa e dispendiosa.<br />

A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> bacteriostática <strong>da</strong>s sulfonas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> posição “para”<br />

dos grupos amino ( – NH2) em relação ao enxofre (S), regra<br />

farmacodinâmica comum às sulfanilami<strong>da</strong>s em geral.<br />

Aplica<strong>da</strong> por via oral, é absorvi<strong>da</strong> em alta proporção, pois que<br />

90% ou mais, é verificado na urina e o restante nas fezes. Ain<strong>da</strong> são<br />

encontrados traços no sangue e na urina, 15 dias

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