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Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde

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– 142 –<br />

Êsse curativo é retirado ao décimo segundo dia, bem como os<br />

pontos <strong>da</strong> sutura. Pegando o enxêrto, só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> três meses surgem os<br />

pêlos <strong>de</strong>finitivos e o resultado final <strong>da</strong> intervenção só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cinco<br />

meses po<strong>de</strong> ser avaliado.<br />

Parece-nos preferível o processo <strong>de</strong> enxêrto pediculado, no qual o<br />

retalho é formado <strong>de</strong> couro cabeludo <strong>da</strong> região temporal tendo inclui<strong>da</strong> a<br />

artéria temporal superficial para garantir a nutrição. Êsse retalho é<br />

passado através um tunelesaewaaa aberto na região têmporo-parietofrontal<br />

e conduzido ao leito receptor prèviamente preparado bem na<br />

região do supercílio.<br />

Como o supercílio enxertado é constituído por cabelos, o paciente<br />

é obrigado a apará-los quando estiverem <strong>de</strong>masiado crescidos.<br />

Cirurgia do mal perfurante<br />

Havendo lesões ósseas não basta a imobilização em bota <strong>de</strong> gesso.<br />

Torna-se então necessária a remoção dos ossos alterados por processos <strong>de</strong><br />

osteomielite e periosteite purulentas ou necrose. Em tais casos a úlcera<br />

perfurante na<strong>da</strong> mais é do que uma fístula óssea, através <strong>da</strong> qual são<br />

eliminados os produtos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sintegração do tecido ósseo. Quando tais<br />

lesões forem irreversíveis, o recurso será amputações ou resseções,<br />

conforme o caso, a fim <strong>de</strong> que a úlcera perfurante possa cicatrizar. O<br />

contrôle radiológico é indispensável para as indicações <strong>de</strong>ssas<br />

intervenções.<br />

Nas úlceras perfurantes dos pe<strong>da</strong>rtículos, as falanges são<br />

resseca<strong>da</strong>s em maior ou menor extensão ou até <strong>de</strong>sarticula<strong>da</strong>s. As partes<br />

moles, sempre que possível, serão conserva<strong>da</strong>s, o que concorre para um<br />

resultado estético do agrado do paciente, ao ver conservados os<br />

pe<strong>da</strong>rtículos com respectivas unhas, se bem que flácidos e um tanto<br />

encurtados.<br />

Resseções dos metatarsianos, quando indica<strong>da</strong>s, são sempre feitas<br />

por via dorsal, sendo as incisões e vias <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong> acôrdo com as<br />

técnicas clássicas <strong>de</strong>scritas nos livros <strong>de</strong> técnica operatória. As resseções<br />

subperiósticas quando possíveis, permitem a regeneração <strong>da</strong> peça óssea.<br />

Quando as lesões são extensas comprometendo todo o metatarso<br />

ou quase, tornar-se-á necessário o recurso às amputações do pé. Essas<br />

amputações serão mais extensas nos casos <strong>de</strong> o tarso também se mostrar<br />

necrosado. As operações <strong>de</strong> LISFRANC e <strong>de</strong> SYME po<strong>de</strong>rão ter, aqui, suas<br />

indicações. Na

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