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Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde

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– 18 –<br />

Pública, à qual ficou afeta a campanha contra a lepra. Em 1941 sofreu a<br />

saú<strong>de</strong> pública fe<strong>de</strong>ral outra reforma, sendo então criado o Serviço<br />

Nacional <strong>de</strong> Lepra, do Departamento Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Foi a partir <strong>de</strong> 1935 que o problema <strong>da</strong> lepra no país teve por parte<br />

do Govêrno Fe<strong>de</strong>ral uma ação mais metódica e ampla, como <strong>de</strong> há muito<br />

estava a exigir a gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> en<strong>de</strong>mia leprótica entre nós.<br />

Uma comissão <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> pelo Ministro <strong>da</strong> Educação e Saú<strong>de</strong> e <strong>da</strong><br />

qual tivemos a honra <strong>de</strong> fazer parte, elaborou um plano nacional,<br />

aprovado pelo govêrno, tendo sido adota<strong>da</strong> a seguinte orientação:<br />

a) construção pela União <strong>de</strong> um número suficiente <strong>de</strong> leprosários,<br />

preferentemente do tipo colônia agrícola;<br />

b) ampliação e melhoramentos nos leprocômios já existentes, nos<br />

quais tais medi<strong>da</strong>s sejam consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s necessárias;<br />

c) hospitalização nos estabelecimentos construídos, ampliados ou<br />

melhorados, dos doentes <strong>de</strong> formas contagiantes, dos mendigos,<br />

indigentes, mesmo apresentando formas fecha<strong>da</strong>s, sendo calculado<br />

aproxima<strong>da</strong>mente em 65% o número <strong>de</strong> doentes a internar por motivo <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m profilática ou assistencial;<br />

d) obrigação por parte dos governos estaduais <strong>de</strong> instalar um<br />

suficiente número <strong>de</strong> dispensários, cessão <strong>de</strong> terreno necessário para a<br />

construção e instalação <strong>de</strong> leprosários, manutenção <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong>spesas dos doentes isolados, adoção <strong>de</strong> legislação fe<strong>de</strong>ral sôbre<br />

profilaxia <strong>da</strong> lepra e subordinação técnica ao serviço fe<strong>de</strong>ral.<br />

Na ocasião foram consi<strong>de</strong>rados necessários 23.017 leitos, sendo<br />

que existindo 8.675, seriam precisos mais 14.342.<br />

Em 1934 haviam no país 24 leprosários, inclusive pequenos asilos,<br />

sendo que alguns dêstes <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>saparecer com a construção <strong>de</strong> mais<br />

18 estabelecimentos.<br />

O plano não cogitou do problema dos preventórios para filhos<br />

sadios <strong>de</strong> doentes <strong>de</strong> lepra, ficando a questão a ser atendi<strong>da</strong> pelas<br />

instituições particulares com o auxílio do govêrno fe<strong>de</strong>ral.<br />

O assunto foi pràticamente encarado a partir <strong>de</strong> 1927 com a<br />

inauguração em São Paulo do Asilo Santa Terezinha, seguindo-se o <strong>de</strong><br />

São Tarcísio em Minas Gerais em 1934. Anteriormente foram instala<strong>da</strong>s<br />

creches no Pará, Paraná e Amazonas, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s às crianças nasci<strong>da</strong>s nos<br />

leprocômios.

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