Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde
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vosos aumentados <strong>de</strong> volume associados às manifestações cutâneas.<br />
Tuberculói<strong>de</strong> maior (Placas, lesões anulares, etc.) (TT): – As<br />
lesões cutâneas são em geral lisas porém mais acentua<strong>da</strong>mente eleva<strong>da</strong>s e<br />
infiltra<strong>da</strong>s que na varie<strong>da</strong><strong>de</strong> menor e a área afeta<strong>da</strong> é geralmente mais<br />
extensa. As lesões mais recentes po<strong>de</strong>m apresentar ou não regressão<br />
central. Como o processo cutâneo é mais profundo, frequentemente se<br />
encontra acentua<strong>da</strong> invasão dos nervos associados.<br />
Grupo in<strong>de</strong>terminado (I): – Inclui casos benignos, relativamente<br />
instáveis, raramente positivos ao exame bacteriológico e que apresentam<br />
lesões cutâneas planas hipocrômicas ou eritematosas. A lepromino-reação<br />
é negativa ou positiva. Nos casos que permanecerem durante longo tempo<br />
neste grupo, po<strong>de</strong>m aparecer neurites mais ou menos extensas. Êste grupo<br />
in<strong>de</strong>terminado compreen<strong>de</strong> essencialmente os casos “maculares simples”.<br />
Êles po<strong>de</strong>m evoluir para o tipo lepromatoso ou tuberculói<strong>de</strong>, ou po<strong>de</strong>m<br />
permanecer in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>mente sem experimentar transformação alguma.<br />
Grupo dimorf o (D): – Inclui casos malignos, muito instáveis,<br />
quase sempre com numerosos bacilos ao exame bacterioscópico e<br />
lepromino-reação geralmente negativa. Po<strong>de</strong>m provir <strong>de</strong> um caso<br />
tuberculói<strong>de</strong>, em consequência <strong>de</strong> reações repeti<strong>da</strong>s e às vêzes evolui para<br />
o tipo lepromatoso. Na mucosa nasal os exames baciloscópicos po<strong>de</strong>m ser<br />
negativos embora as lesões <strong>da</strong> pele sejam positivas.<br />
As lesões cutâneas em placas, faixas, nódulos, etc. se distribuem<br />
<strong>de</strong> forma muito semelhante às <strong>da</strong> lepra lepromatosa, exceto sua gritante<br />
assimetria. Os lóbulos auriculares ten<strong>de</strong>m a tomar o aspecto infiltrado<br />
próprio <strong>da</strong> lepra lepromatosa. As lesões têm habitualmente uma<br />
consistência mole e um aspecto suculento <strong>de</strong>scendo gradualmente do<br />
centro para a periferia e não têm o corte abrupto marginal, bem <strong>de</strong>finido,<br />
que se vê no tipo tuberculói<strong>de</strong>; por esta razão tais lesões estão expostas a<br />
serem errôneamente consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s como leproma.<br />
A superfície <strong>da</strong>s lesões é geralmente lisa, <strong>de</strong> aspecto brilhante e<br />
tom violáceo, algumas vêzes (em peles brancas) apresentam uma<br />
coloração par<strong>da</strong>centa ou sépia.<br />
Episódios reacionais: – Tô<strong>da</strong>s as formas <strong>de</strong> lepra po<strong>de</strong>m ter<br />
episódios <strong>de</strong> reativação ou reação. Deve-se <strong>da</strong>r especialmente atenção a<br />
três dos principais episódios agudos <strong>da</strong> lepra, a saber:<br />
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