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Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde

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– 134 –<br />

tar-se e entrar num estado análogo à rigi<strong>de</strong>z ca<strong>da</strong>vérica (excesso <strong>de</strong> ácido<br />

lático) e os movimentos passivos e as excitações elétricas, em tais casos,<br />

outra coisa não fazem sinão apressar a sua <strong>de</strong>generação.<br />

A finali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos exercícios é tonificar, pelo trabalho, os músculos<br />

ameaçados <strong>de</strong> atrofia (por lesão do nervo correspon<strong>de</strong>nte), prevenir as<br />

<strong>de</strong>formações e outros distúrbios tróficos, estimulando a circulação.<br />

Eletroterapia<br />

As aplicações feitas em doentes <strong>de</strong> lepra, com a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

superficial altera<strong>da</strong>, exigem muita cautela por parte do operador. Os<br />

elétrodos aplicados sôbre áreas <strong>de</strong> anestesia produzem, muitas vêzes,<br />

queimaduras profun<strong>da</strong>s e <strong>de</strong> certa gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem que o paciente perceba,<br />

não po<strong>de</strong>ndo pois chamar a atenção para os elétrodos mal ajustados, nem<br />

correntes <strong>de</strong>masiado fortes. Contra êsses inconvenientes <strong>de</strong>veremos nos<br />

cercar dos <strong>de</strong>vidos cui<strong>da</strong>dos.<br />

a) Correntes elétricas<br />

As correntes elétricas, galvânica ou farádica, assumem papel <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância no tratamento <strong>da</strong> lepra; quando não previnem, ao<br />

menos retar<strong>da</strong>m as amiotrofias e, por isso, <strong>de</strong>vem ser aplica<strong>da</strong>s nos<br />

músculos <strong>da</strong>s extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s o mais precoce quanto possível, tô<strong>da</strong> vez que<br />

houver sintomas premonitórios <strong>de</strong> sua instalação.<br />

Nos fenômenos inflamatórios e nas nevrites dolorosas, ambas essas<br />

correntes também encontram aplicação. Sabemos que, <strong>de</strong> acôrdo com as<br />

leis do eletronus, o cátodo (polo negativo) aumenta a excitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e o<br />

ânodo (polo positivo), ao contrário, a diminue. E’ pois racional tratar as<br />

paralisias por meio <strong>da</strong> aplicação do cátodo; êste polo possue, além disso,<br />

outra ação interessante consistindo em dificultar (sem impedir<br />

completamente) os processos <strong>de</strong> esclerose, graças aos fenômenos <strong>de</strong><br />

cataforese e ionização provocados na sua aplicação. Para o tratamento <strong>da</strong><br />

dor é o ânodo – polo positivo – que <strong>de</strong>ve ser aplicado.<br />

Devemos ter sempre em vista esta regra importante: enquanto o<br />

polo positivo goza <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s se<strong>da</strong>tivas, o negativo é excitante.<br />

Outra noção importante é a que diz respeito

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