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Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde

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– 150 –<br />

ra<strong>da</strong>s ou qualquer solução <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> do tegumento cutâneo<br />

lepromatoso, exceto as <strong>de</strong> caráter trófico. Outras vias <strong>de</strong> eliminação,<br />

como urina, leite, lágrima, esperma etc., não parecem ter papel tão<br />

importante no mecanismo <strong>da</strong> transmissão.<br />

A penetração no organismo sadio se faz por qualquer escoriação <strong>da</strong><br />

pele e, provàvelmente, pela mucosa nasal. As <strong>de</strong>mais possíveis portas <strong>de</strong><br />

entra<strong>da</strong> não foram suficientemente comprova<strong>da</strong>s.<br />

Nenhum indício existe sôbre o papel dos “portadores <strong>de</strong> germes”<br />

na transmissão <strong>da</strong> lepra, visto não ter sido ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>finitivamente admiti<strong>da</strong><br />

a sua existência.<br />

Fatôres secundários<br />

a) Biológicos<br />

I<strong>da</strong><strong>de</strong> – O fator i<strong>da</strong><strong>de</strong>, condicionando, isola<strong>da</strong>mente, maior ou<br />

menor receptivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do organismo à infecção leprótica, tem sido motivo<br />

<strong>de</strong> muitas investigações epi<strong>de</strong>miológicas que chegaram a conclusões nem<br />

sempre concor<strong>da</strong>ntes.<br />

A literatura leprológica <strong>de</strong>screve casos <strong>de</strong> lepra surgidos na mais<br />

tenra i<strong>da</strong><strong>de</strong> e nas mais avança<strong>da</strong>s épocas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> humana.<br />

O <strong>de</strong>sconhecimento preciso do tempo <strong>de</strong> incubação e a falta <strong>de</strong> um<br />

elemento indicador do ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro início <strong>da</strong> moléstia, dificultam e<br />

prejudicam tô<strong>da</strong>s as pesquisas no sentido <strong>de</strong> se averiguar a sua incidência<br />

nos diferentes grupos etários.<br />

Dos epi<strong>de</strong>miologistas que se têm ocupado do assunto, alguns<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a hipótese <strong>da</strong> maior receptivi<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil; não menor número<br />

salienta a prevalência <strong>da</strong>s infecções ocorri<strong>da</strong>s em. fases tardias <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

Realmente verificam-se ambas as ocorrências: prepon<strong>de</strong>rância ora<br />

<strong>da</strong>s infecções precoces, ora <strong>da</strong>s infecções tardias. Ambas, porém, refletem<br />

reais situações epi<strong>de</strong>miológicas, próprias <strong>da</strong>s áreas em que os <strong>da</strong>dos são<br />

colhidos.<br />

As discordâncias são <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s a condições diferentes nas diversas<br />

regiões epi<strong>de</strong>miza<strong>da</strong>s. Prepon<strong>de</strong>rância <strong>de</strong> lepra infantil e juvenil significa<br />

en<strong>de</strong>mia ativa. A prevalência <strong>da</strong> lepra nos adultos e velhos po<strong>de</strong> ter dupla<br />

significação: en<strong>de</strong>mia inativa em via <strong>de</strong> extinção por não mais atacar as<br />

novas

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