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Manual de Leprologia - BVS Ministério da Saúde

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– 54 –<br />

existe a <strong>de</strong>generação lipídica. Quanto ao “M. leprae” está quase sempre<br />

presente sob a forma <strong>de</strong> bastonetes esparsos e sob a forma <strong>de</strong> globia e em<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> apreciável.<br />

Granuloma radiado <strong>de</strong> MIESCHER: – Nos casos <strong>de</strong> eritema nodoso<br />

leprótico, po<strong>de</strong> ocorrer, tambem, a presença <strong>de</strong> granuloma radiado <strong>de</strong><br />

MIESCHER, conforme observações feitas entre nós por H. PORTUGAL. Êsse<br />

granuloma, <strong>de</strong>scrito por MIESCHER nos casos <strong>de</strong> eritema nodoso genuino,<br />

caracteriza-se por acúmulo <strong>de</strong> histiócitos que se dispõem em paliça<strong>da</strong>, <strong>de</strong><br />

maneira radia<strong>da</strong>, em tôrno <strong>de</strong> fen<strong>da</strong>s. Não é constante a sua presença,<br />

porém, quando presente, está sempre associado a acúmulos <strong>de</strong> células <strong>de</strong><br />

VIRCHOW e focos <strong>de</strong> inflamação exsu<strong>da</strong>tiva.<br />

Processos <strong>de</strong>generativos<br />

Em casos raros <strong>de</strong> granuloma tuberculói<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos encontrar<br />

alteração fibrinói<strong>de</strong> que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a simples embebição até a necrose.<br />

Casos há em que o , aspécto histológico simula o quadro do granuloma<br />

anular.<br />

Na lepra lepromatosa encontra-se com eleva<strong>da</strong> frequência a<br />

<strong>de</strong>generação amilói<strong>de</strong> em certos órgãos internos como fígado, baço e rins,<br />

porém nunca a encontramos na pele e nos nervos.<br />

Estruturas transicionais e residuais<br />

Em certos casos po<strong>de</strong>mos encontrar focos linfócito-histiocitários<br />

bem mais volumosos que os clássicos infiltrados indiferenciados. São<br />

justamente os casos que estão em evolução <strong>de</strong> sua fase incaracterística<br />

para a fase granulomatosa. Sem querermos ser categóricos, po<strong>de</strong>mos em<br />

certos casos sugerir a transformação num sentido tuberculói<strong>de</strong> ou<br />

lepromatoso. Quando não encontramos “M. leprae” e os focos <strong>de</strong><br />

infiltração ten<strong>de</strong>m mais à arquitetura nodular e os histiócitos pelo seu<br />

arranjo lembram as células epiteliói<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vemos pensar em transformação<br />

no sentido tuberculói<strong>de</strong>. Em outros casos, nos quais encontramos alguns<br />

exemplares <strong>de</strong> “M. leprae” e os focos inflamatórios têm limites pouco<br />

precisos ten<strong>de</strong>ndo a difusão po<strong>de</strong>mos sugerir a transformação no sentido<br />

lepromatoso.<br />

Em certos casos lepromatosos, sob tratamento, po<strong>de</strong>mos encontrar<br />

o que chamamos Estrutura lepromatosa em regressão, <strong>de</strong>scrita por R. D.<br />

AZULAY, e cujas características histológicas são as seguintes: focos<br />

relativamente pequenos <strong>de</strong> infiltração, constituí<strong>da</strong> por gran<strong>de</strong>s células <strong>de</strong><br />

VIRCHOW, m.

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