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Comissão Especial da Bioenergia - RCE 1/2006 - Relatório

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3. GIRASSOL: Produção de duas tonela<strong>da</strong>s por hectare, com 40% de óleo nas sementes.<br />

4. CANOLA: É a colza modifica<strong>da</strong> geneticamente no Canadá (Canadiun Oil – canola), para<br />

diminuir o teor de ácido erúcico. Produz duas tonela<strong>da</strong>s por hectare, com 25% de óleo.<br />

5. ALGODÃO: Produz três tonela<strong>da</strong>s de grãos por hectare, com 20% de óleo. É necessário<br />

definir mercado para a fibra, que é o produto principal.<br />

6. ARROZ: Pode produzir 10 tonela<strong>da</strong>s de grãos por hectare. O pericarpo (farelo) contém<br />

15% de óleo. Está entre os melhores óleos para alimentação humana. Contém gamaorizanol,<br />

antioxi<strong>da</strong>nte de radicais livres.<br />

7. DENDÊ: Palmeira que produz por doze anos sem replantio. Com irrigação por<br />

gotejamento, chega a produzir cinco tonela<strong>da</strong>s de óleo por hectare, que, é desodorizado na<br />

fase de industrialização. É previsto que seja o óleo mais consumido para alimentação<br />

dentro de poucos anos. Será imbatível em preço para o consumidor. É o palm oil<br />

internacional. No Brasil tem como limitante ser considerado cultura exótica pela lei nº<br />

8020. Foi trazido <strong>da</strong> África há 450 anos.<br />

8. PINHÃO MANSO: Nativo do Nordeste e Norte do Brasil. É perene – produz por<br />

cinqüenta anos duas tonela<strong>da</strong>s por hectare, com 30% de óleo. A Embrapa já identificou<br />

dezesseis varie<strong>da</strong>des de pinhão manso. Representa grande potencial na produção de óleo<br />

vegetal.<br />

Ain<strong>da</strong> outras espécies crescem em importância, como babaçu e amendoim, do qual o óleo<br />

chega a valer US$ 1.400 a tonela<strong>da</strong> no mercado internacional. Ca<strong>da</strong> cultura apresenta<br />

vantagens e defeitos. Os problemas estão sendo, e ca<strong>da</strong> vez mais, resolvidos pela P&D<br />

agrícola e industrial. É importante a organização <strong>da</strong> P&D para desenvolver oleaginosas para<br />

climas e solos diversos, bem como a eleição <strong>da</strong>s espécies ser defini<strong>da</strong> por zoneamento<br />

agrícola orientado pelo potencial agro-climatológico de ca<strong>da</strong> região.<br />

GORDURAS ANIMAIS<br />

To<strong>da</strong>s as gorduras animais também podem ser esterifica<strong>da</strong>s, produzindo biodiesel e o<br />

potencial brasileiro é muito grande nessas matérias primas. O Brasil alinha-se entre os<br />

maiores produtores mundiais de carnes. Como exemplo, um boi tem em média dezesseis<br />

quilos de sebo. Com o volume de abate bovino anual atingido no país, pode-se contar com<br />

setecentos mil tonela<strong>da</strong>s/ano de sebo para produzir combustível.<br />

FLORESTAS ENERGÉTICAS E INDUSTRIAIS<br />

Florestas energéticas são aquelas cultiva<strong>da</strong>s com a finali<strong>da</strong>de de obter lenha, carvão vegetal,<br />

briquetes e licor negro. Florestas industriais são cultiva<strong>da</strong>s com o objetivo de alimentar a<br />

indústria de celulose e a indústria moveleira. Em ambas são aproveitados os galhos, gravetos,<br />

cavacos e serragem como biomassa energética. Na produção de florestas o Brasil é imbatível.<br />

Em pólos florestais como a Escandinávia, a Península Ibérica e o Canadá, as florestas<br />

implanta<strong>da</strong>s crescem de dez a trinta metros cúbicos por hectare/ano, enquanto no Brasil,<br />

crescem de cinqüenta a setenta metros cúbicos/ha/ano. Alguns bosques de eucalipto plantados<br />

pela indústria de celulose no sul <strong>da</strong> Bahia chegam a atingir o crescimento de cem metros<br />

cúbicos/ha/ano. São matas obti<strong>da</strong>s pela implantação de mu<strong>da</strong>s clona<strong>da</strong>s por reprodução<br />

meristemática de árvores previamente escolhi<strong>da</strong>s por seleção fenotípica. O solo recebe<br />

adubação racional em macro e micro nutrientes. A engenharia florestal brasileira está muito<br />

avança<strong>da</strong> em biotecnologia, existindo projetos em desenvolvimento para obter árvores com<br />

menor teor de lignina, cuja madeira exigirá menor quanti<strong>da</strong>de de insumos químicos no<br />

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