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josé oiticica: itinerários de um militante anarquista - Universidade ...

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pressupostos procurei analisar as trajetórias, individual e coletiva do personagem,<br />

buscando conhecer melhor a época e o meio social em que ele viveu. Sabendo dos riscos<br />

que essa abordagem nos traz, já discutidos acima, narrarei alguns aspectos da trajetória<br />

<strong>militante</strong> <strong>de</strong> José Oiticica, tentando perceber os conflitos e tensões existentes nas<br />

escolhas que ele realizou durante os anos estudados.<br />

No Primeiro Capítulo, analisarei a trajetória <strong>de</strong> Oiticica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu nascimento,<br />

passando pelo ano <strong>de</strong> 1912, até o ano <strong>de</strong> 1916. Optei por terminar este capítulo no ano em<br />

que antece<strong>de</strong> a Revolução Russa, pois busco, posteriormente, analisar as influências que<br />

o movimento <strong>anarquista</strong> e também o operário sofreram com esse evento e,<br />

consequentemente, os discursos <strong>de</strong> Oiticica sobre ele. Nos capítulos posteriores procuro<br />

perceber, a partir <strong>de</strong> artigos escritos por Oiticica e outros <strong>de</strong> seus companheiros, a<br />

mudança do discurso <strong>anarquista</strong>, que antes buscava preparar o operário para a revolução<br />

e agora acredita ter chegado sua hora <strong>de</strong> manifestar-se ativamente contra o sistema <strong>de</strong><br />

governo. Ainda no Primeiro Capítulo, a partir <strong>de</strong> fontes encontradas na historiografia e, em<br />

menor escala, nos jornais da época, procuro i<strong>de</strong>ntificar os caminhos seguidos por Oiticica<br />

e as escolhas que po<strong>de</strong>ria ter tomado, abordando assim as permanentes tensões<br />

existentes entre ―os constrangimentos sociais e as liberda<strong>de</strong>s individuais‖ 38 , sempre<br />

tentando levar em consi<strong>de</strong>ração que as escolhas <strong>de</strong> vida do personagem não <strong>de</strong>monstram<br />

ou perseguem <strong>um</strong>a coerência, procurando fugir assim ao risco da ―ilusão biográfica‖.<br />

No Segundo Capítulo, a partir da apresentação e análise <strong>de</strong> alguns artigos<br />

encontrados em jornais da época, analiso a trajetória <strong>de</strong> Oiticica inserido no movimento<br />

<strong>anarquista</strong>, no período <strong>de</strong> 1912 a 1917, a fim <strong>de</strong> construir a ―trajetória <strong>anarquista</strong>‖ <strong>de</strong> José<br />

Oiticica ―por ele mesmo‖. Busco também perceber qual era o anarquismo <strong>de</strong>fendido pelo<br />

personagem em seus escritos e também <strong>de</strong>monstrar a influência que a Revolução Russa<br />

exerceu sobre o movimento operário e <strong>anarquista</strong>, e consequentemente no discurso <strong>de</strong><br />

Oiticica. Acredito que, com esta discussão, po<strong>de</strong>remos notar também alguns dos vários<br />

conflitos existentes <strong>de</strong>ntro do movimento sindical da Primeira República.<br />

No Terceiro e último Capítulo, a partir <strong>de</strong> alguns artigos publicados em jornais da<br />

38 SCHMIDT, Benito Bisso. O patriarca e o Tribuno: Caminhos, encruzilhadas e ponte <strong>de</strong> dois<br />

lí<strong>de</strong>res socialistas- Francisco Xavier da Costa (187?-1934) e Carlos Cavaco (1878-1961), Tese<br />

<strong>de</strong> Doutorado em História. UNICAMP, 2002, p.26.<br />

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