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josé oiticica: itinerários de um militante anarquista - Universidade ...

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<strong>anarquista</strong> usando biografias <strong>de</strong> personagens da antiguida<strong>de</strong> ou analisando a estrutura<br />

dramática <strong>de</strong> comédias enquanto gênero, tentando sempre transformar as análises feitas<br />

em momentos <strong>de</strong> propaganda da ação libertária, assunto que trataremos no próximo<br />

tópico, juntamente com sua <strong>de</strong>claração e participação no movimento <strong>anarquista</strong>.<br />

1.2- José Oiticica: Um novo inimigo do Estado<br />

José Romero foi <strong>um</strong> operário <strong>anarquista</strong> espanhol que se mudou para o Brasil<br />

juntamente com seus pais no final do sec. XIX. A partir <strong>de</strong> seu contato com comícios e com<br />

a imprensa libertária, tornou-se <strong>anarquista</strong> ainda na adolescência. Teve participação na<br />

fundação do Grupo Dramático <strong>de</strong> Teatro Livre, em 1903, e também no jornal Novos R<strong>um</strong>os,<br />

fundado em 1905, durante <strong>um</strong>a reunião em homenagem aos mártires <strong>de</strong> Chicago na<br />

Fe<strong>de</strong>ração das Associações <strong>de</strong> Classe, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. No ano seguinte, tornou-se o<br />

responsável pelo principal jornal <strong>anarquista</strong> brasileiro <strong>de</strong> então, A Terra Livre, quando este<br />

mudou sua redação <strong>de</strong> São Paulo para o Rio 65 . No ano <strong>de</strong> 1912 foi administrador do<br />

semanário anticlerical paulista, A Lanterna 66 . Escreveu, em 1957, por ocasião da morte <strong>de</strong><br />

José Oiticica, em 30 <strong>de</strong> junho do mesmo ano, para o mensário <strong>anarquista</strong> Ação Direta, do<br />

qual Oiticica havia sido diretor-fundador, <strong>um</strong> artigo em que recordava alg<strong>um</strong>as passagens<br />

do ―gran<strong>de</strong> companheiro‖ no meio <strong>anarquista</strong> nacional. Nas palavras <strong>de</strong> José Romero,<br />

Em 1912 tivemos a satisfação <strong>de</strong> ler o primeiro artigo <strong>de</strong> Oiticica <strong>de</strong> afirmação<br />

anárquica. [...]. Nele ressaltava a obra do mártir <strong>de</strong> Montjuich e previa o triunfo<br />

do racionalismo libertário. Esse trabalho foi publicado no número especial <strong>de</strong> A<br />

Lanterna, <strong>de</strong> S. Paulo, do dia 13-10-1912, em recordação do 3° aniversário do<br />

fuzilamento <strong>de</strong> Francisco Ferrer. 67<br />

Foi nesse artigo, intitulado Francisco Ferrer e a H<strong>um</strong>anida<strong>de</strong> nova, que José<br />

Oiticica <strong>de</strong>clarou, pela primeira vez, ser <strong>anarquista</strong>.<br />

65 LOPES, Milton, Memória <strong>anarquista</strong> do Centro Galego do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Disponível em:<br />

http://marquesdacosta.wordpress.com/textos/memoria-<strong>anarquista</strong>-do-centro-galego-do-rio-<strong>de</strong>-janeir<br />

o-milton-lopes/acesso em: 24 jul. <strong>de</strong> 2010.<br />

66 RODRIGUES, Edgar. Os Libertários. Rio <strong>de</strong> Janeiro, VRJ, 1993, p.35.<br />

67 ROMERO, José, “José Oiticica: recordando alg<strong>um</strong>a coisa <strong>de</strong> sua trajetória no movimento<br />

libertário”, Ação Direta. Ano 11, n°120, ago-set. 1957.<br />

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