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Untitled - Biotecnologia

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de produzir eletricidade suficiente para<br />

o suprimento de parte da demanda do<br />

CTH – POLI.<br />

Desse modo, cria-se um sistema demonstrativo<br />

capaz de gerar energia elétrica<br />

a partir do biogás produzido em um<br />

biodigestor tipo UASB (também conhecido<br />

como RAFA – Reator Anaeróbio de<br />

Fluxo Ascendente), utilizando os esgotos<br />

produzidos no CRUSP da USP, aumentando<br />

assim a participação das fontes<br />

alternativas na matriz energética da<br />

Universidade de São Paulo.<br />

Cita-se ainda que, além dos desenvolvimentos<br />

realizados pela SABESP e<br />

pela USP, outras universidades brasileiras<br />

também vêm realizando estudos na<br />

mesma área.<br />

5. Conclusões<br />

A utilização do processo de biodigestão<br />

anaeróbia, quer seja para esgotos<br />

domésticos, rejeitos agro-industriais,<br />

como para rejeitos rurais (esterco de<br />

bovinos e suínos), tem-se destacado<br />

pelas suas vantagens ambientais relacionadas<br />

à redução dos agentes patogênicos,<br />

além daquelas voltadas à produção<br />

de biogás e biofertilizante.<br />

A recuperação e uso energético do<br />

biogás gerado pelo tratamento anaeróbio<br />

de esgotos domésticos na SABESP, e<br />

aqueles provenientes do Campus da USP<br />

é uma prática que oferece vários ganhos,<br />

como o incentivo ao incremento no<br />

tratamento de efluentes no restante do<br />

país pelo emprego demonstrativo de<br />

uma tecnologia compacta e de baixa<br />

intensidade energética voltada ao aproveitamento<br />

do biogás em uma instalação<br />

típica de tratamento de esgotos domésticos,<br />

pela demonstração prática da sua<br />

viabilidade técnica.<br />

O conjunto desses equipamentos e<br />

sistemas caracterizam-se pela facilidade<br />

com que podem ser reproduzidos para<br />

o tratamento de esgotos em conjuntos<br />

habitacionais, bairros e condomínios<br />

urbanos. O saldo energético fornecido<br />

pelo processo pode ser revertido em<br />

favor do balanço financeiro do empreendimento<br />

ou em favor de suas melhorias<br />

físicas, como, por exemplo, alimentação<br />

de sistema de iluminação pública<br />

no entorno da estação de tratamento de<br />

esgotos ou suprimento de gás de cozinha<br />

para algumas famílias mais próximas<br />

ao empreendimento.<br />

Além disso, dentre os aspectos ambientais<br />

positivistas também se destacam<br />

aqueles relacionados à proteção dos<br />

corpos d’água e das águas subterrâneas,<br />

a melhoria das condições do solo, o uso<br />

sustentável dos recursos naturais renováveis<br />

e o uso racional e eficiente de<br />

energia.<br />

Reproduzido em larga escala esse<br />

projeto pode ser caracterizado como um<br />

favorável ao Mecanismo de Desenvolvimento<br />

Limpo (Clean Development Mechanism<br />

do Artigo 12 do Protocolo de<br />

Kyoto), gerando postos de trabalho, desenvolvimento<br />

tecnológico, descentralização<br />

energética, melhoria das condições<br />

sanitárias, redução das emissões de<br />

gases efeito estufa e do consumo de<br />

combustíveis fósseis, neste caso substituídos<br />

pelo metano contido no biogás.<br />

6. Referências<br />

ACURI, P.B., Efeito da temperatura ambiental<br />

na produção e na qualidade<br />

do biogás em biodigestor modelo indiano<br />

da zona da mata de Minas<br />

Gerais. 1986. 92 f., Dissertação (Mestrado),<br />

UFV, Viçosa.<br />

AVELLAR, L.H.N., A Valorização dos<br />

Sub-produtos Agroindustriais visando<br />

Co-geração e a Redução da Poluição<br />

Ambiental. 2001. 111f. Tese (Doutorado).<br />

FEG/UNESP, Guaratinguetá.<br />

BEN, “Balanço Energético Nacional”,<br />

Ministério de Minas e Energia,154 p.,<br />

Brasília, 2000.<br />

CENBIO, Nota Técnica VII - Geração de<br />

Energia a Partir do Biogás Gerado<br />

por Resíduos Urbanos e Rurais. São<br />

Paulo, 2001.<br />

COELHO, S.T., KRAVOSAC, A.C.B., MAR-<br />

TINS, O.S., GUARDABASSI, P., COS-<br />

TA, D.F., AVELLAR, L.H.N., Produção<br />

de Energia Elétrica a partir do Biogás<br />

resultante do tratamento de esgoto:<br />

projeto piloto na E.T.E. de Barueri na<br />

grande São Paulo, In: IX CBE –<br />

Congresso Brasileiro de Energia, Vol.<br />

Tabela 2 - Compostos Sulfurosos<br />

4, pp.1861-1866, Rio de Janeiro, maio<br />

de 2002.<br />

EPA, Case Studies in Residual Use and<br />

Energy Conservation at Wastewater<br />

Treatment Plants. Washington, 2001.<br />

ENERG – BIOG, Projeto de Instalação e<br />

Testes de uma Unidade de Demonstração<br />

de Geração de Energia Elétrica<br />

a partir de Biogás de Tratamento de<br />

Esgoto” CONVÊNIO 23.01.0653.00<br />

BUN - FINEP, 2003.<br />

OLIVA, L. C. H. V., Tratamento de esgotos<br />

sanitários com reator anaeróbio<br />

de manta de lodo (UASB). Protótipo:<br />

desempenho e respostas dinâmicas<br />

às sobrecargas hidráulicas. Tese<br />

(Doutorado). USP, São Carlos.<br />

PIERSON, F.W, “Energy from Municipal<br />

Waste: Assessment of Energy Conservation<br />

and Recovery in Municipal<br />

Wastewater Treatment”, Argonne<br />

National Laboratory, Argonne, 1992.<br />

QUARMBY, J., FORSTER, C. F., An<br />

examination of the structure of UASB<br />

granules. Water Science Tech., 29,<br />

pp.2449-2454, 1995.<br />

SABESP, Síntese de Informações Operacionais<br />

dos Sistemas de Tratamento<br />

de Esgotos da RMSP – Outubro /00 –<br />

Setembro/01. Unidade de Negócio<br />

de Tratamento de Esgotos, 2001.<br />

VAN HAANDEL, A. C., Influence of the<br />

digested cod concentration on the<br />

alkalinity requirement in anaerobic<br />

digesters. Water Science Tech., 30,<br />

pp.23-24, 1994.<br />

VAN HAANDEL, A. C., LETTINGER, G.<br />

Tratamento Anaeróbio de Esgotos:<br />

Um Manual para Regiões de Clima<br />

Quente”, Epgraf, Campina Grande,<br />

240 p., 1994.<br />

VON SPERLING, M., Princípios Básicos<br />

do Tratamento de Esgotos, DESA-<br />

UFMG, Belo Horizonte, 210p., 1996.<br />

WAGNER, M., Utilization of Natural Gas,<br />

Biogas and Special Gases in Gas<br />

Engines – Requirements and Experiences.<br />

Jenbacher AG, Austria, 2001.<br />

COMPOSTOS SULFUROSOS (mg/cm 3 )<br />

Sulfito de Hidrogênio 8,59<br />

Sulfito de Carbonila 0,24<br />

Metil Mercaptano 0,63<br />

Etil Mercaptano 0,20<br />

N – Propil Mercaptano 0,86<br />

I – Propil Mercaptano 0,55<br />

T – Butil Mercaptano 1,23<br />

(COMGAS, 2001)<br />

122 <strong>Biotecnologia</strong> Ciência & Desenvolvimento - nº 29

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