Untitled - Biotecnologia
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Tabela 04. Fungos endofíticos com potencial para o controle biológico de doenças causadas por fungos e nematóides<br />
Endófito<br />
Colletotrichum<br />
magna<br />
Fusarium spp.<br />
Neotyphodium spp.<br />
Patógeno<br />
C. magna<br />
Radopholus similis (nematóide)<br />
Drechslera sorokiniana;<br />
Fusarium graminearum; F.<br />
culmorum; Rhizoctonia<br />
cerealis e Gaeumannomyces<br />
gramini<br />
Hospedeiro<br />
Citrullus lanatus e Cucumis<br />
sativus<br />
banana<br />
Lolium sp.; Triticum spp. e<br />
Festuca arundinacea<br />
Referência<br />
Redman et al., 1999<br />
Pocasangre et al., 2000<br />
Tunali et al., 2000<br />
introdução de genes heterólogos na<br />
planta hospedeira, visto que podem<br />
ser, mais facilmente que as plantas,<br />
alterados geneticamente e reintroduzidos<br />
no hospedeiro conferindo novas<br />
características de interesse agropecuário<br />
à planta. O primeiro exemplo deste<br />
tipo de aplicação ocorreu em milho<br />
inoculado com uma linhagem da bactéria<br />
endofítica Clavibacterxyli subsp.<br />
cynodontis, na qual foi introduzido o<br />
gene da endotoxina de Bacillus thuringiensis.<br />
Este gene expressa uma<br />
proteína cristal, que quando ingerida<br />
pela broca do milho (Ostrinia nubilalis),<br />
causa a morte do inseto. A inoculação<br />
da bactéria endofítica expressando<br />
esta proteína tornou as plantas de<br />
milho resistentes a esta broca, mostrando<br />
a eficiência desta estratégia no<br />
controle de pragas (Tomasino et al.,<br />
1995). Este gene foi introduzido também<br />
em Bradyrhizobium japonicum<br />
e após colonização desta bactéria em<br />
raízes de Cajanus cajan, a planta hospedeira<br />
se tornou resistente à Rivelia<br />
angulata (Nambiar et al., 1990).<br />
Estratégia semelhante foi utilizada<br />
para o controle da broca da cana.<br />
Entretanto, foi verificado que o controle<br />
desta broca foi mais eficiente quando<br />
dois genes heterólogos que codificam<br />
a proteína cristal de B. thuringiensis<br />
e quitinase de Serratia marcescens<br />
que degrada o exoesqueleto da<br />
lagarta, foram introduzidos em bactérias<br />
endofíticas e estas testadas na dieta<br />
da lagarta (Downing et al., 2000).<br />
A tecnologia do DNA recombinante<br />
também pode favorecer o entendimento<br />
da interação endófito-planta,<br />
pois permite a expressão de genes<br />
marcadores nos microrganismos endofíticos<br />
de interesse, facilitando a sua<br />
detecção no hospedeiro e permitindo<br />
o monitoramento destes organismos<br />
na planta e no meio ambiente (Murray<br />
et al., 1992; Yates et al., 1999). Este<br />
tipo de trabalho permite um estudo da<br />
dinâmica da colonização do microrganismo<br />
endofítico na planta, favorecendo<br />
a utilização destes para o controle<br />
de pragas ou doenças.<br />
No Departamento de Genética da<br />
Escola Superior de Agricultura “Luiz de<br />
Queiroz” (ESALQ/USP) em Piracicaba<br />
foram desenvolvidos vetores de expressão<br />
de genes heterólogos para as<br />
bactérias endofíticas de citros,P.agglomerans,<br />
E. cloacae e Methylobacterium<br />
spp. Neste trabalho o objetivo<br />
principal é expressar um gene de<br />
Endoglucanase (EglA) clonado a partir<br />
de Bacillus pumilus e que deve estar<br />
envolvido na via de degradação de<br />
goma xantana e goma fastidiana (Araújo<br />
et al., 2001a), as quais são produzidas<br />
pelas bactérias fitopatogênicas<br />
Xanthomonas campestris e Xylella<br />
fastidiosa, respectivamente e que<br />
podem estar relacionados a patogenicidade<br />
destas bactérias. Dessa forma,<br />
espera-se que a expressão destes genes<br />
em uma bactéria endofítica de<br />
citros, possa reduzir os sintomas destas<br />
Tabela 05. Fungos endofíticos com potencial para o controle de biológico de insetos- pragas<br />
Endófito<br />
Acremonium sp.<br />
A. alternatum<br />
A. coenophialum<br />
A. lolii<br />
A. strictum<br />
Balansia cyperi<br />
Beauveria bassiana<br />
Cladosporium shaerosperum<br />
Discula quercina<br />
Epichloe sylvatica<br />
Neotyphodium spp.<br />
N. lolii<br />
Rhabdocline parkeri<br />
Inseto praga<br />
Parapediasia teterrella<br />
Plutella xylostella<br />
Parapediasia teterrella<br />
Microctonus hyperodae<br />
Trialeurodes vaporariorum<br />
Spodoptera frugiperda<br />
Ostrinia nubilalis<br />
Adelges abietis<br />
Besbiscus mirabilis<br />
S. frugiperda<br />
Blissus leucopterus<br />
Listronotus bonariensis<br />
Contarinia sp.<br />
Referência<br />
Koga et al., 1997<br />
Raps & Vidal, 1998<br />
Koga et al., 1997<br />
Barker & Addison (1996)<br />
Vidal, 1996<br />
Clay et al., 1985<br />
Wagner & Lewis, 2000<br />
Lasota et al., 1983<br />
Wilson & Carroll, 1997<br />
Brem & Leuchtmann, 2001<br />
Richmond & Shetlar, 2000<br />
Goldson et al., 2000<br />
Sherwoodpike et al., 1986<br />
70 <strong>Biotecnologia</strong> Ciência & Desenvolvimento - nº 29