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Untitled - Biotecnologia

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manchas espúrias (background)ede<br />

variações do processo de hibridação.<br />

Desta forma, após a normalização, torna-se<br />

possível a comparação de spots<br />

de uma mesma lâmina ou de experimentos<br />

diferentes. Em uma etapa posterior,<br />

programas de clustering procuram<br />

identificar e agrupar os spots super-expressos,<br />

reprimidos ou que não<br />

tem expressão alterada nos tecidos ou<br />

células analisadas. Apesar dos métodos<br />

de análise empregados, a falta de reprodutibilidade<br />

dos resultados ainda é<br />

uma queixa bastante comum. O uso de<br />

maior número de réplicas de cada spot<br />

e/ou a busca de métodos de inferência<br />

estatística mais adequados parecem<br />

ser úteis para a validação destes resultados.<br />

Mais recentemente, com novas técnicas<br />

para isolamento de mRNA de<br />

procariotos, projetos de ESTs e de<br />

microarray também têm sido desenvolvidos<br />

para estes organismos. Vários<br />

grupos de pesquisa em todo o Brasil<br />

estão iniciando projetos nesta área.<br />

Apenas como exemplo, entre os vários<br />

projetos brasileiros nesta área temos<br />

o projeto Cooperation for Analysis of<br />

Gene Expression (CAGE) (http://<br />

bioinfo.iq.usp.br/ehttp://www.vision.<br />

ime.usp.br/~cage/) e o Projeto Genoma<br />

Raízes da Embrapa Soja (http://<br />

www.cnpab.embrapa.br/pesquisas/<br />

gp.html).<br />

Projetos Proteoma<br />

Um problema que surge com a<br />

abordagem descrita acima, de avaliação<br />

da expressão gênica a partir da<br />

análise dos mRNAs transcritos, é que<br />

nemsempreaquantidadedeummRNA<br />

reflete a quantidade da proteína correspondente<br />

expressa na célula e, assim,<br />

não podemos relacionar diretamente<br />

essa proteína a uma função nas<br />

células. Por isto, uma outra abordagem,<br />

embora muito mais trabalhosa, tem<br />

sido usada para avaliar a expressão<br />

gênica: a análise das proteínas expressas.<br />

Esta “contrapartida protéica” do<br />

genoma é conhecida como proteoma.<br />

Por permitir relacionar diretamente a<br />

uma proteína determinada função, esta<br />

abordagem constitui um instrumento<br />

particularmente poderoso para elucidar<br />

os mecanismos celulares relaciona-<br />

BOX7 – Exemplos de Projetos Transcriptoma:<br />

Procuram avaliar quais são os genes expressos, e quanto deles é expresso,<br />

a partir do seqüenciamento parcial dos mRNAs transcritos.<br />

Dados obtidos pela técnica de SAGE podem ser consultados na página http:/<br />

/www.ncbi.nlm.nih.gov/SAGE/. Já no banco dbEST estão depositadas ESTs<br />

de diversos Projetos Transcriptoma desenvolvidos em todo o mundo (http:/<br />

/www.ncbi.nlm.nih.gov/dbEST/).<br />

Mais informações sobre DNA Chips e Microarrays<br />

Nestas técnicas, a verificação da expressão de genes específicos é feita em<br />

experimentos de hibridação em lâminas de vidro contendo milhares de<br />

fragmentos de DNA.<br />

Na página http://cmgm.stanford.edu/pbrown/, do pioneiro da técnica de<br />

microarray, Dr. Patrick Brown, há mais explicações, um forum de discussão<br />

e bancos de dados de microarrays. Na página http://ihome.cuhk.edu.hk/<br />

~b400559/array.html há informações sobre os equipamentes necessários,<br />

uma tabela de comparação dos programas de análise mais usados, noções de<br />

estatística aplicadas a microarrays, sugestões de bibliografia, etc.<br />

Programa gratuíto para análise de microarrays<br />

ScanAlyse: escrito por Michael Eisen, o programa pode ser obtido gratuitamente<br />

na página http://rana.lbl.gov/EisenSoftware.htm. Assinando um termo<br />

de compromisso, o autor permite, inclusive, o acesso ao código-fonte.<br />

dos ao desenvolvimento de doenças,<br />

ao mecanismo de funcionamento de<br />

compostos químicos (por exemplo,<br />

fármacos) e identificar novos alvos<br />

terapeuticos.<br />

As bases experimentais da proteômica<br />

não são novas e pertencem ao<br />

arsenal “clássico” da bioquímica, mas<br />

houve, nos últimos anos, um salto<br />

qualitativo e quantitativo sem precedentes.<br />

Esse salto foi resultado de grandes<br />

investimentos privados na busca<br />

de abordagens mais agressivas e rápidas<br />

no isolamento, identificação e caracterização<br />

de proteínas, no mesmo<br />

estilo “industrial” que caracterizou a<br />

era genômica. O isolamento de proteínas<br />

em grande número, inicialmente<br />

repousava nas técnicas eletroforéticas,<br />

como a eletroforese mono e bi-dimensional<br />

em géis de poliacrilamida. Embora<br />

tais técnicas certamente sempre<br />

venham a ter um papel importante em<br />

qualquer laboratório de proteômica,<br />

nota-se hoje uma tendência cada vez<br />

maior no uso da cromatografia líquida<br />

de alta eficiência, com o uso de colunas<br />

capilares, no desempenho desta tarefa.<br />

A identificação e caracterização das<br />

proteínas depende de um conjunto de<br />

tecnologias (com certeza as que mais<br />

sofreram incremento no desempenho)<br />

envolvendo a espectrometria de massa,<br />

a ressonância magnética nuclear,<br />

além de recursos computacionais para<br />

a armazenagem, análise e compartilhamento<br />

dos diversos tipos de dados<br />

gerados por estas tecnologias (imagens<br />

de géis bidimensionais, sequências protéicas,<br />

estruturas protéicas, espectros<br />

de massa, etc.).<br />

Nos últimos anos a espectrometria<br />

de massa, em conjunto com a cromatografia<br />

líquida de alta performance, vem<br />

se tornando a abordagem preferida<br />

para identificar e caracterizar proteínas,<br />

devido essencialmente a três motivos.<br />

O primeiro é o desenvolvimento de<br />

novos métodos para ionização de proteínas<br />

e peptídeos, especialmente o<br />

MALDI eoESI(Matrix-Assisted Laser<br />

Dessorption-Ionization e ElectroSpray<br />

Ionization). O segundo é o desenvolvimento<br />

de recursos da bioinformática,<br />

permitindo a análise de dados obtidos<br />

por espectrometria de massas em bancos<br />

genômicos e de sequências protéicas.<br />

E o terceiro é que a espectrometria<br />

de massas fornece informação detalhada<br />

de modificações pós-traducionais,<br />

em particular as fosforilações e glicosilações.<br />

<strong>Biotecnologia</strong> Ciência & Desenvolvimento - nº 29 21

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