Homenagens - Academia Brasileira de Letras
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20 o Aniversário <strong>de</strong> falecimento <strong>de</strong> Alceu Amoroso Lima<br />
Escreveu, então, gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua vasta obra, com mais <strong>de</strong> cem livros, entre<br />
os quais: Humanismo integral, Mitos do nosso tempo, No limiar da Ida<strong>de</strong> Nova, O jornalismo<br />
como gênero literário, O problema sexual, A Igreja e o novo mundo, Preparação à Sociologia,<br />
Voz <strong>de</strong> Minas, Em busca da liberda<strong>de</strong>, A experiência reacionária, O problema do trabalho,<br />
Debates pedagógicos, Três ensaios sobre Machado <strong>de</strong> Assis, Ida<strong>de</strong>, sexo e tempo, Memórias improvisadas<br />
e <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> outros.<br />
Como crítico literário, recebeu forte influência do esteticismo <strong>de</strong> Bene<strong>de</strong>cto<br />
Croce. Para a crítica, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u, então, uma concepção integrada, <strong>de</strong> nível superior,<br />
com equilíbrio e bom senso, liberta das corriolas e dos grupelhos intelectuais.<br />
Para ele a crítica passou a ser, ao lado da religião, um autêntico apostolado,<br />
que exerceu durante mais <strong>de</strong> meio século, no Jornal do Commercio, noJornal do<br />
Brasil, emO Jornal enoDiário <strong>de</strong> Notícias, com colaborações diárias e semanais,<br />
sob o pseudônimo <strong>de</strong> Tristão <strong>de</strong> Athay<strong>de</strong>, que, <strong>de</strong> acordo com alguns informantes,<br />
foi o nome copiado <strong>de</strong> um Capitão das Armadas Portuguesas, que<br />
realmente existira na Índia, no século XVI, ao mol<strong>de</strong> dos pseudônimos <strong>de</strong><br />
Anatole France e Mark Twain.<br />
O Dr. Alceu foi, na década <strong>de</strong> 20, o <strong>de</strong>scobridor da rica saga do romance<br />
nor<strong>de</strong>stino, <strong>de</strong> José Américo <strong>de</strong> Almeida, Rachel <strong>de</strong> Queiroz, José Lins do<br />
Rego, Amando Fontes e Graciliano Ramos.<br />
Segundo Afrânio Coutinho, Alceu encarava a crítica como coisa séria, “que<br />
compromete todo o seu ser e não apenas as vertentes epidérmicas e aleatórias,<br />
mas sim uma paixão e uma organização mentais, com opções por um corpo <strong>de</strong><br />
doutrina e um lastro <strong>de</strong> pesquisa.”<br />
Alceu elegeu-se para a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, sendo recebido pelo<br />
Acadêmico Fernando Magalhães, no dia 29 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1935, e empossando-se<br />
na Ca<strong>de</strong>ira n o 40, que tem o Viscon<strong>de</strong> do Rio Branco como patrono,<br />
Eduardo Prado como fundador, Afonso Arinos e Miguel Couto como seus<br />
antecessores e foi sucedido pelo atual ocupante, o Acadêmico Evaristo <strong>de</strong> Moraes<br />
Filho. Na ABL, permaneceu 48 anos, sendo seu Decano durante muito<br />
tempo.<br />
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