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Homenagens - Academia Brasileira de Letras

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Augusto Paulino Netto*<br />

dicina, um pálido relato <strong>de</strong> quem é o candidato que a Seção <strong>de</strong> Medicina<br />

Especializada sentir-se-ia gran<strong>de</strong>mente honrada em contar em seu seio; e<br />

que será, nesta <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>, um elemento <strong>de</strong> valor inestimável para seu engran<strong>de</strong>cimento.<br />

Acolhei-o pressurosamente, porquanto acolhereis um sábio<br />

na perfeita acepção do vocábulo e um homem <strong>de</strong> bem, na sua mais nítida<br />

e exata significação.”<br />

Ele foi diretor-geral da Diretoria Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Assistência Médico-Social,<br />

professor <strong>de</strong> Filosofia das Ciências na Universida<strong>de</strong> do Distrito<br />

Fe<strong>de</strong>ral, on<strong>de</strong> chegou a reitor. Sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> direção e <strong>de</strong> trabalho levaram-no<br />

à presidência <strong>de</strong> várias das inúmeras organizações, socieda<strong>de</strong>s e aca<strong>de</strong>mias<br />

a que pertenceu. Foi membro da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina e Cirurgia<br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> chegou a presi<strong>de</strong>nte. Membro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1917 da <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong><br />

<strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Ciências, on<strong>de</strong> chegou a presi<strong>de</strong>nte, membro da Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Biologia do Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> ocupou a presidência, membro da Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>Brasileira</strong> para o Progresso da Ciência, <strong>de</strong> que foi presi<strong>de</strong>nte e, finalmente,<br />

membro <strong>de</strong>sta <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1935, cuja presidência ocupou<br />

em 1949.<br />

Dos <strong>de</strong>zenove médicos que chegaram a membros <strong>de</strong>sta Casa, seis <strong>de</strong>les chegaram<br />

à sua presidência. Antes <strong>de</strong> Miguel Osório: Afrânio Peixoto (por duas<br />

vezes), Aloísio <strong>de</strong> Castro, Fernando <strong>de</strong> Magalhães (por duas vezes) e Antônio<br />

Austregésilo. Depois <strong>de</strong> Miguel Osório: Aloísio <strong>de</strong> Castro (novamente) e Peregrino<br />

Júnior.<br />

Gostaria <strong>de</strong> lembrar um trecho do discurso <strong>de</strong> Luís Viana Filho publicado<br />

no Jornal do Commercio <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1953, quando ocupou a Ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Miguel<br />

Osório nesta Casa: “Nos ensaios, sim, é que as qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escritor se<br />

afirmariam <strong>de</strong> modo inconfundível, graças às raras virtu<strong>de</strong>s literárias que lhe<br />

ornavam o espírito. Virtu<strong>de</strong>s tão acentuadas que me fazem lembrar aquele<br />

conceito <strong>de</strong> Coleridge sobre Sir Humphrey Davy, <strong>de</strong> quem dizia que: “Se não<br />

tivesse sido o primeiro químico, teria sido o primeiro poeta do seu tempo”. De<br />

fato, ao <strong>de</strong>ixar seus instrumentos para elaborar um ensaio Miguel Osório parecia<br />

sentir-se em casa. Abordando temas com o objetivo <strong>de</strong> torná-los acessíveis<br />

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