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Capa Crianças 2003.cdr - Observatório Brasileiro de Informações ...

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...............................48...............................Capítulo 2Bebidas alcoólicas..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................O consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas foi um comportamento muito comum entreos entrevistados (Tabela 13). A freqüência também foi consi<strong>de</strong>rável, mas menosintensa do que a observada para o tabaco, solventes e/ou maconha. Essaconstatação se repetiu a maioria das capitais pesquisadas. Embora a cervejatenha sido a bebida mais citada, para muitas capitais o vinho foi quase tãopresente e, inclusive, em Rio Branco chegou a ser superior. A pinga também foimuito mencionada, tendo sido a principal bebida em uma capital (Boa Vista).O início do consumo, para 43,6% dos entrevistados, ocorreu antes da suasituação <strong>de</strong> rua. No entanto, vale ressaltar que a inserção cultural das bebidasalcoólicas é mais acentuada que a do tabaco, contando com ampla aceitação evalorização social. No levantamento realizado entre estudantes brasileiros em1997, 50% das crianças <strong>de</strong> 10 a 12 anos já haviam consumido algum tipo <strong>de</strong>bebida alcoólica, sendo o ambiente familiar um dos principais contextos douso inicial.A freqüência <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas entre jovens em situação <strong>de</strong> ruanão diferenciou muito do observado entre estudantes (1997). Enquanto 15%dos estudantes relataram uso freqüente (seis ou mais vezes no mês que antece<strong>de</strong>ua pesquisa), 22% dos jovens em situação <strong>de</strong> rua relataram uso semanale/ou diário (quatro ou mais dias no mês que antece<strong>de</strong>u a pesquisa). Trata-se <strong>de</strong>um dado interessante, uma vez que para as <strong>de</strong>mais drogas os índices <strong>de</strong> uso emsituação <strong>de</strong> rua foram muito superiores aos da população jovem geral.Em relação à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bebidas alcoólicas, avaliada pela primeiravez neste levantamento, uma parcela consi<strong>de</strong>rável dos entrevistados relatoucomprar pessoalmente no comércio, especialmente em padaria, bar e/ou vendaBebidas alcoólicasO álcool é uma substância psicotrópica presente em bebidas comocerveja, vinhos e pinga. Após a ingestão <strong>de</strong> bebidas alcoólicas, inicialmenteaparecem os efeitos estimulantes como euforia (inquietação,agitação), <strong>de</strong>sinibição e maior facilida<strong>de</strong> para falar. Com o passardo tempo começa a fase <strong>de</strong>pressora, com a falta <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>naçãomotora, fala pastosa e sonolência. Se o consumo for exagerado, oefeito <strong>de</strong>pressor po<strong>de</strong> acentuar-se e provocar coma. A intensida<strong>de</strong> eos efeitos do álcool po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> pessoa para pessoa, em função<strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> fatores, como sexo, ida<strong>de</strong>, metabolismo e freqüência<strong>de</strong> consumo.O consumo excessivo e freqüente <strong>de</strong> álcool propicia o <strong>de</strong>senvolvimentoda <strong>de</strong>pendência. Alguns sinais da <strong>de</strong>pendência são: <strong>de</strong>senvolvimentoda tolerância, ou seja, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maiores quantida<strong>de</strong>spara obter os efeitos <strong>de</strong> uso inicial; aumento da importânciado álcool na vida da pessoa; percepção do “gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo” <strong>de</strong> bebere da falta <strong>de</strong> controle; síndrome <strong>de</strong> abstinência (aparecimento<strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>sagradáveis, como, por exemplo, tremores, após terficado algumas horas sem beber) e aumento <strong>de</strong> consumo do álcoolpara aliviar os sintomas da síndrome.O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece proibição davenda <strong>de</strong> bebidas alcoólicas às crianças e aos adolescentes menores<strong>de</strong> 18 anos. No entanto, o consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas éuma prática freqüente entre adolescentes <strong>de</strong> diferentes segmentossociais.

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