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Capa Crianças 2003.cdr - Observatório Brasileiro de Informações ...

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...............................76...............................Capítulo 3A responsabilida<strong>de</strong> social dos meios <strong>de</strong> comunicaçãoRelatos dos profissionaissobre outros temas“... maior dificulda<strong>de</strong> é porquea droga é extremamentesedutora e a gente tem quecompetir com ela...”(Salvador)“... droga acabou assumindoo papel <strong>de</strong> bo<strong>de</strong> expiatório<strong>de</strong> tudo que acontece nasocieda<strong>de</strong>. De bo<strong>de</strong> expiatórioda violência, <strong>de</strong> bo<strong>de</strong>expiatório do tráfico, <strong>de</strong>bo<strong>de</strong> expiatório <strong>de</strong> tudo é adroga. É bo<strong>de</strong> expiatório domenino que mata a avó.A droga assumiu o papelassim... o menino <strong>de</strong> ruatambém...” (Rio <strong>de</strong> Janeiro)..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................O uso <strong>de</strong> drogas entre crianças e adolescentes em situação <strong>de</strong> rua envolve acomplexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> três vertentes carregadas <strong>de</strong> preconceitos sociais: a droga, aadolescência e a situação <strong>de</strong> rua. Tratar esse tema com a amplitu<strong>de</strong> que elemerece não é uma tarefa fácil, mas <strong>de</strong> extrema importância.Tem sido observada uma tendência <strong>de</strong> alguns profissionais e veículos jornalísticosem divulgar o tema <strong>de</strong> forma sensacionalista e <strong>de</strong>scontextualizada.Muitas vezes, as informações são generalizadas e carregadas <strong>de</strong> preconceitos.Essa postura, além <strong>de</strong> distorcer a realida<strong>de</strong> e não contribuir em nada, reforçaos estigmas sociais e favorece ainda mais a exclusão social das crianças e dosadolescentes em situação <strong>de</strong> rua (Adorno & Silva, 1999).Alguns estudos brasileiros têm aberto espaços <strong>de</strong> discussão sobre a responsabilida<strong>de</strong>social do jornalismo na área <strong>de</strong> drogas, em especial quando se trata<strong>de</strong> crianças e adolescentes (ANDI, 2003; Noto et al., 2003). Com os esforços daAgência Nacional dos Direitos da Infância, têm sido <strong>de</strong>senvolvidas pesquisas einiciados <strong>de</strong>bates sobre as formas <strong>de</strong> como a imprensa vem trabalhando questõesrelativas a infância, nas diferentes temáticas como violência, drogas, educação,entre outras.O cuidado com a divulgação das informações é, portanto, um importanteaspecto a ser consi<strong>de</strong>rado. Uma mídia socialmente responsável po<strong>de</strong> ser umprecioso instrumento aliado aos programas preventivos, principalmente quandocontribui para minimizar preconceitos e promover a reflexão social. Em sentidooposto, as distorções e os reducionismos da imprensa po<strong>de</strong>m opor-se aosesforços das pesquisas que, a princípio, buscam a ampliação e o amadurecimentodo <strong>de</strong>bate.

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