11.07.2015 Views

Capa Crianças 2003.cdr - Observatório Brasileiro de Informações ...

Capa Crianças 2003.cdr - Observatório Brasileiro de Informações ...

Capa Crianças 2003.cdr - Observatório Brasileiro de Informações ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O que já fizemos e o que po<strong>de</strong>remos fazer em relação ao uso <strong>de</strong> drogas em situação <strong>de</strong> rua no Brasil...............................75...............................Situação extrema foi observada em episódio lamentável em uma das capitais.Em consulta à Secretaria Municipal responsável pelas ações sociais, foioficialmente informado que aquela capital não tinha “esse problema” (criançase adolescentes em situação <strong>de</strong> rua) graças aos “esforços governamentais dagestão”. No entanto, durante a pesquisa foram entrevistadas, nas ruas <strong>de</strong>ssacapital, várias crianças e adolescentes tipicamente em situação <strong>de</strong> rua, muitosdos quais relataram sofrer ameaça <strong>de</strong> “rapa”, uma perua que os abandonavano “lixão” da cida<strong>de</strong> (local <strong>de</strong> difícil acesso). Durante o processo <strong>de</strong> entrevistanessa capital, os nossos entrevistadores também sofreram ameaças <strong>de</strong> policiais.Estas constatações mostram as diferentes realida<strong>de</strong>s brasileiras, que oscilamentre a arbitrarieda<strong>de</strong> e as iniciativas contextualizadas, que envolvem profissionaiscomprometidos com a situação. Além disso, fica patente a fragilida<strong>de</strong>da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção a crianças e adolescentes em situação <strong>de</strong> rua em nosso país.Esse cenário indica a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> abrir <strong>de</strong>bate, visando ao fortalecimentoda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção, garantindo minimamente a sua estabilida<strong>de</strong>.A qualida<strong>de</strong> dos serviços e a articulação entre eles também são fundamentais.Os segmentos que trabalham diretamente com a situação <strong>de</strong> rua enfatizamque não se trata apenas <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> assistência social, mas daintegração das áreas <strong>de</strong> educação, saú<strong>de</strong>, habitação, direitos humanos, segurança,entre outras, uma vez que nenhuma instituição sozinha é capaz <strong>de</strong> darconta <strong>de</strong> uma situação tão complexa (Lescher et al., 1999; MNMMR, 2004)...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Relatos dos profissionaissobre a fragilida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong>“... nós necessitamos <strong>de</strong> algomais abrangente, principalmenteque contemple todasas esferas <strong>de</strong> governo: fe<strong>de</strong>ral,estadual, municipal... hánecessida<strong>de</strong> realmente <strong>de</strong>ssasoma <strong>de</strong> toda essa re<strong>de</strong>...”(Cuiabá)“... o nosso gran<strong>de</strong> drama éna troca <strong>de</strong> governo, natroca da administração...nisso a experiência brasileiraé péssima... mas, quandovocê tem instrumental <strong>de</strong>avaliação, você po<strong>de</strong> dizer:‘não, não, calma aí’... se nóstivéssemos instrumentais <strong>de</strong>avaliação... não seria assimsair dando canetada...”(São Paulo)“ ... eu acho que os profissionais,<strong>de</strong> uma maneira geral,não estão preparados paralidar com a questão da droga.E isso vai bater on<strong>de</strong>? Vaibater nos postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,vai bater nos hospitais e vaibater nas escolas...”(Rio <strong>de</strong> Janeiro)“... uma maior comunicaçãoentre as instituições que jáexistem, realmente criarre<strong>de</strong>s, mas uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong>informações... tem que haverum entrosamento entreessas instituições...” (Vitória)“Eu acho que tem educadoresaí que não têm nenhumpreparo... a verba abaixando...o pessoal vai trabalhar<strong>de</strong>smotivado... falta tambémé um olha <strong>de</strong> ‘cuidar <strong>de</strong>quem cuida’...” (São Paulo)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!