11.07.2015 Views

Capa Crianças 2003.cdr - Observatório Brasileiro de Informações ...

Capa Crianças 2003.cdr - Observatório Brasileiro de Informações ...

Capa Crianças 2003.cdr - Observatório Brasileiro de Informações ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O que já fizemos e o que po<strong>de</strong>remos fazer em relação ao uso <strong>de</strong> drogas em situação <strong>de</strong> rua no Brasil...............................73...............................Tabela 21: Tentativas <strong>de</strong> parar ou diminuir o uso <strong>de</strong> alguma droga, relatadas entre as2.807 crianças e adolescentes entrevistados nas 27 capitais.(N = 2.807)N %Tentou parar Sim 1244 44,3Não 1003 35,7Como tentou Tentei sozinho 696 24,8pararAlguém da instituição261 9,3(Quem ajudou?) (educador, assistente social)Alguém da família 196 7,0Amigo ou grupo <strong>de</strong> amigos 113 4,0Alguém da igreja 74 2,6Alguém do hospital ou posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>(médico, enfermeiro)19 0,7Outros 144 5,1pação ativa junto à população jovem na rua, buscando aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>sdas crianças e dos adolescentes e respeitando seu contexto social. Projetoscom essas características favorecem a acessibilida<strong>de</strong> dos jovens aos serviços <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a uma série <strong>de</strong> outras <strong>de</strong>mandas. Iniciativas como essas<strong>de</strong>vem ser estimuladas e fortalecidas em nosso país.A valorização da saú<strong>de</strong> é uma motivação que merece ser observada e exploradapelos serviços <strong>de</strong> tratamento a essa população. No levantamento, o interesseem cuidar da saú<strong>de</strong> foi um dos principais motivos alegados para evitar oumodificar a forma <strong>de</strong> uso. Esse fator foi o mais ressaltado entre os entrevistadosnão-usuários e também entre ex-usuários (Tabela 18). Em São Paulo, a mudança<strong>de</strong> padrão <strong>de</strong> uso do crack para mesclado foi mencionada como uma iniciativado grupo para a preservação da saú<strong>de</strong>. O interesse em cuidar da saú<strong>de</strong>pessoal, muitas vezes, parece surgir em ambivalência, caracterizada pelo número<strong>de</strong> tentativas <strong>de</strong> suicídio e outros comportamentos <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong>.Tendo em vista os diversos comportamentos <strong>de</strong> risco e as dificulda<strong>de</strong>s paraa reversão do consumo <strong>de</strong> drogas, torna-se essencial o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>estratégias <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> danos. No Brasil, o Ministério da Saú<strong>de</strong> tem avançadomuito nas políticas <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> danos associados ao uso <strong>de</strong> drogas, masainda há muito a se avançar no trabalho específico com populações em situação<strong>de</strong> rua.Em síntese, os resultados do presente levantamento mostram a importânciada área da saú<strong>de</strong> e, paralelamente, <strong>de</strong>nunciam o difícil acesso aos seusdiversos serviços. Essa discussão merece absoluta priorida<strong>de</strong>, para que jovensem situação <strong>de</strong> rua tenham rápido acesso à saú<strong>de</strong> e ao tratamento da <strong>de</strong>pendênciae/ou às emergências. Sugerem também que, na medida do possível, osprofissionais <strong>de</strong>sta área tenham uma participação mais ativa junto às populaçõesem situação <strong>de</strong> rua, com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias adaptadas às<strong>de</strong>mandas e que, por meio do respeito e da articulação com outros serviços,favoreçam não apenas a saú<strong>de</strong> física, mas também o resgate da auto-estima eda cidadania...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Relatos dos profissionaissobre os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>“... a falta <strong>de</strong> estrutura,principalmente porque antes<strong>de</strong> o jovem ir para um abrigo,ele teria primeiro quepassar por um processo <strong>de</strong><strong>de</strong>sintoxicação e um tratamentopsicológico...”(Goiânia)“Não existem lugares <strong>de</strong>internação... lugares comesse tipo <strong>de</strong> tratamento paraadolescentes, lugares compessoas especializadas quesaibam lidar com esse tipo <strong>de</strong>situação... aquele usuárioque passa o dia inteiro usandonão vai ao ambulatório...não tem lugar imediato paraon<strong>de</strong> tu encaminhar...”(Porto Alegre)“... falta um local que trateespecificamente da <strong>de</strong>pendênciainfanto-juvenil...”(Boa Vista)“... mandar essa menina paraum hospital para po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sintoxicar...para a gentecomeçar a fazer o trabalhocom ela e a família, mas agente não consegue vaga...”(Brasília)“...a gente ainda sofre <strong>de</strong>uma outra coisa junto comos meninos que é o preconceito...uma pessoa na unida<strong>de</strong><strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que precisa <strong>de</strong>atendimento não precisa serjulgada por ser <strong>de</strong> periferia,infratora ou qualquer coisaque seja. Ela precisa seratendida! Eu acredito queessa é uma dificulda<strong>de</strong> que agente enfrenta... encontrarum profissional sensibilizadono serviço, que não façajulgamento <strong>de</strong>sse menino...”(Natal)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!