6.2 – MOLDAGEM106A mol<strong>da</strong>gem em mol<strong>de</strong>s fechados mostrou-se como um processo eco-eficiente,po<strong>de</strong>ndo ser entendi<strong>da</strong>, segundo KIPERSTOK (1999), como a melhor tecnologiadisponível, visto que houve um melhor controle tanto <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> material usadoquanto do controle <strong>da</strong> espessura <strong>da</strong>s peças. Este processo, no entanto, po<strong>de</strong> sermelhorado visto que a viscosi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos traços mais espessos po<strong>de</strong> levar a falhas ebolhas. Quanto ao resultado estético, foi verificado que ca<strong>da</strong> traço teve uma cor e texturadiferente entre si, mas com resultado agradável. Portanto, as boas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s plásticas eestéticas permitem concluir que este compósito po<strong>de</strong>rá ter um bom aproveitamento nafabricação <strong>de</strong> diversos produtos e bens <strong>de</strong> consumo.6.2 – PROPRIEDADES FISICAS E MECÂNICASOs traços formulados nesta pesquisa <strong>de</strong>monstraram que a ma<strong>de</strong>ira altera asproprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> matriz <strong>de</strong> poliéster, aumentando a absorção <strong>de</strong> água, mas emquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> muito menor se com<strong>para</strong><strong>da</strong> à ma<strong>de</strong>ira sóli<strong>da</strong>, indicando uma proteção <strong>da</strong>ma<strong>de</strong>ira pela matriz. Ao mesmo tempo, a ma<strong>de</strong>ira não diminuiu <strong>de</strong> forma significativa adureza <strong>da</strong> matriz, mas aumentou sua rigi<strong>de</strong>z, conforme resultados dos ensaios <strong>de</strong> DurezaShore D e <strong>de</strong> Flexão em 3 pontos.A inclusão <strong>da</strong> serragem recicla<strong>da</strong> alterou, no geral, a resistência à flexão <strong>da</strong> matriz,aumentando seu <strong>de</strong>sempenho útil em relação à resina pura, além <strong>da</strong> modificação doaspecto físico, cor e textura. Verificou-se que as partículas finas não alteraram <strong>de</strong> maneirasignificativa o <strong>de</strong>sempenho mecânico do compósito quanto à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> flexãomesmo na variação <strong>de</strong> 10% ou 20%, mas partículas grossas apresentaram um<strong>de</strong>sempenho ambíguo, po<strong>de</strong>ndo reforçar ou fragilizar o compósito <strong>de</strong> acordo com adisposição <strong>da</strong>s partículas em relação às forças atuantes no compósito. As partículasmédias apresentaram o melhor <strong>de</strong>sempenho mecânico em relação às partículas finas egrossas.Concluiu-se que este tipo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira recicla<strong>da</strong> po<strong>de</strong> se comportar como cargaconcor<strong>da</strong>ndo com ENGLISH et al (1996) e CORREA et al (2003), e também como umreforço mo<strong>de</strong>rado, como visto no ensaio <strong>de</strong> flexão. Recomen<strong>da</strong>-se, entretanto, que, <strong>para</strong>aumentar a resistência à flexão e possivelmente outras características mecânicas <strong>de</strong>stetipo <strong>de</strong> compósito, seja incluído fibras longas na formulação, tais como as fibras <strong>de</strong> sisal,coco e juta, <strong>de</strong>ntre outras, como <strong>de</strong>monstram várias pesquisas <strong>de</strong>scritas na bibliografiacomo SILVA (2003), CARVALHO (2003 -1), BISWAS et al (2004), JOSEPH (1999), PAIVA
107(1999) <strong>de</strong>ntre outros. Nessas pesquisas houve significativo reforço mecânico <strong>de</strong> matrizespoliméricas usando fibras longas naturais.A alteração <strong>da</strong>s características mecânicas <strong>de</strong>ste compósito em relação à resina pura(traço T) o habilita como matéria prima na fabricação <strong>de</strong> muitos produtos. Estes po<strong>de</strong>mser <strong>de</strong> vários tipos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> peças <strong>de</strong> superfície plana, tais como tampos <strong>de</strong> mesa, móveis eutensílios e também produtos com formas complexas, possíveis graças à plastici<strong>da</strong><strong>de</strong> domaterial. As proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> baixas absorções <strong>de</strong> água indicam ain<strong>da</strong> usos em ambientescom possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Uma vez que a ma<strong>de</strong>ira foi protegi<strong>da</strong> pela matriz polimérica, espera-se que não hajaprocessos <strong>de</strong> bio<strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção, visto que essa proteção impe<strong>de</strong> a penetração <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> epossivelmente outros agentes biológicos prejudiciais às partículas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Destaforma há uma tendência <strong>de</strong> conservação do ciclo fechado <strong>de</strong> matérias primas, visto quenão haverá <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> material <strong>para</strong> o meio ambiente e nem ataque <strong>de</strong> cupins ou fungos.6.3 - AS PARTÍCULAS GRANDESDurante as FASES II e III, verificou-se que as partículas gran<strong>de</strong>s apresentaram-secomo uma variável que dificultava a mol<strong>da</strong>gem, principalmente nos cantos e nos <strong>de</strong>talhesdo mol<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido as pequenas dimensões <strong>da</strong>s cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, fragilizando, assim, ocompósito nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s mecânicas. Recomen<strong>da</strong>-se, então, que as partículasgran<strong>de</strong>s, assim como foi classifica<strong>da</strong> na ETAPA I, sejam:• Tritura<strong>da</strong>s <strong>para</strong> atingir uma granulometria média e fina, configurando-se maisuma etapa <strong>de</strong> reciclagem, além <strong>da</strong> secagem e peneiramento, permitindo seu usocomo componente dos compósitos, ou;• Usa<strong>da</strong>s em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s que não exce<strong>da</strong>m 3% <strong>da</strong> mistura <strong>da</strong> serragem recicla<strong>da</strong>,na massa total do compósito, tal como visto nos traços GMF, ou;• Destina<strong>da</strong>s ao uso tradicional. Como cama <strong>de</strong> galinha, adubo ou queima <strong>para</strong>fins energéticos, configurando um <strong>de</strong>stino possível mas pouco nobre ao material.6.4 – ECOLOGIA INDUSTRIALO uso <strong>de</strong> resíduos oriundos <strong>de</strong> um processo produtivo usado como matéria primaem outros processos é a base <strong>da</strong> <strong>Ecologia</strong> <strong>Industrial</strong>. Usando este princípio, há menosconsumo <strong>de</strong> matéria virgem e, ao mesmo tempo, há a diminuição <strong>da</strong> disposição <strong>de</strong>resíduos no meio ambiente.A pesquisa mostrou que a serragem <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> como componente<strong>de</strong> um eco-compósito que, além <strong>de</strong> preencher os requisitos do princípio <strong>da</strong> circulação <strong>de</strong>
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