704.1.2- Processo produtivo 02 – Indústria <strong>de</strong> plásticos reforçadosA BAKAR Fiberglass está estabeleci<strong>da</strong> na região metropolitana <strong>de</strong> Salvador etrabalha com o serviço <strong>de</strong> concerto e fabricação <strong>de</strong> produtos em fibra <strong>de</strong> vidro, sendo osprodutos fabricados por encomen<strong>da</strong>.Emprega como matérias primas, resinas comuns <strong>de</strong> poliéster insaturado, quecorrespon<strong>de</strong>m a mais <strong>de</strong> 80% do consumo <strong>de</strong> resina, além do uso <strong>de</strong> resinas especiaisquando solicitado no projeto. Estas resinas são reforça<strong>da</strong>s com fibras <strong>de</strong> vidro emdiversas formas tais como mantas, tecidos, fios cortados e cor<strong>da</strong>s trança<strong>da</strong>s. Tambémsão usa<strong>da</strong>s cargas minerais tais como talco industrial, carbonato <strong>de</strong> cálcio e sílica <strong>para</strong>modificar as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas e mecânicas dos compósitos.Os processos <strong>de</strong> fabricação são na maioria o <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> aberto – o Hand Lay Up e oSpray Up que respon<strong>de</strong>m em torno <strong>de</strong> 75% <strong>da</strong> produção, sendo que o processo <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>fechado <strong>de</strong> prensagem a frio, correspon<strong>de</strong> ao restante <strong>da</strong> produção. Os mol<strong>de</strong>s sãofabricados na maioria na própria indústria, construídos em ma<strong>de</strong>ira, fiberglass ou gesso,mas também se usam mol<strong>de</strong>s metálicos fabricados em outras indústrias sob encomen<strong>da</strong>.As peças após a mol<strong>da</strong>gem sofrem acabamento e rebarbação – extração <strong>de</strong> rebarbas -com equipamentos pneumáticos <strong>de</strong> corte e usinagem.O gasto <strong>de</strong> energia elétrica correspon<strong>de</strong> ao uso <strong>da</strong>s ferramentas <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iraque são usa<strong>da</strong>s nos mol<strong>de</strong>s, ou no compressor <strong>de</strong> ar <strong>para</strong> os equipamentos pneumáticos.O uso <strong>de</strong> água é minimizado <strong>para</strong> lavagem dos mol<strong>de</strong>s e dos produtos acabados antes <strong>da</strong>embalagem final.Este tipo <strong>de</strong> fabricação gera resíduos durante o processo <strong>de</strong> acabamento erebarbação, inerentes aos processos <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> abertos, sendo que estes resíduos sãodispostos nas cercanias dos galpões <strong>da</strong> indústria <strong>para</strong>, mas tar<strong>de</strong> serem transportados<strong>para</strong> lixões industriais. A geração <strong>de</strong> resíduos do processo CPM é mínimo em relação aosoutros processos usados nesta indústria, se resumindo no excesso <strong>de</strong> material que éexpelido pelo respiro do mol<strong>de</strong> quando este é fechado.
4.2 – FASE I - MATERIAIS714.2.1 – Coleta e caracterização dos resíduosOs resíduos coletados foram oriundos <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobro e beneficiamento<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira do Processo Produtivo 01. Estes resíduos são <strong>de</strong> características diferentes,po<strong>de</strong>ndo ser classificados conforme <strong>de</strong>scrição abaixo:• Serragem: Diversas varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pó-<strong>de</strong>-serra e maravalha, variando otamanho, forma e textura <strong>da</strong> partícula. Para ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> máquina, há umaserragem respectiva. Máquinas que operam diversos tipos <strong>de</strong> lâminas irão gerardiversos tipos <strong>de</strong> serragem. Geralmente esta serragem é disposta no chão <strong>da</strong>usina, ao redor <strong>da</strong> máquina, durante o processo <strong>de</strong> fabricação, sendo recolhi<strong>da</strong>após a produção. Algumas máquinas têm formas <strong>de</strong> diminuir a dispersão <strong>de</strong>serragem, tal como a serra fita, que possui um corte com filete <strong>de</strong> água, processoque umidifica o resíduo. Outra forma é usa<strong>da</strong> na plaina e na serra industrial, on<strong>de</strong>há um sistema <strong>de</strong> aspiração e tubulações que conduzem o resíduo até o silo <strong>de</strong>armazenagem. A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serragem é estima<strong>da</strong> em 25 a 30 ton/mês,sendo, portanto um volume expressivo e aqui consi<strong>de</strong>rado o principal resíduo <strong>da</strong>produção estu<strong>da</strong><strong>da</strong> quanto à varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> características, sendo gerado porto<strong>da</strong>s as máquinas com a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transformação em eco-compósito.• Tocos <strong>de</strong> <strong>de</strong>stopo: Gerados pela <strong>de</strong>stopa<strong>de</strong>ira, no processo <strong>de</strong> corte <strong>da</strong>s pontasdos troncos, isolando pe<strong>da</strong>ços com <strong>de</strong>feitos ou estragados. Têm tamanhovariável entre 15cm a 1,5m e diâmetro <strong>de</strong> acordo com a tora trabalha<strong>da</strong>. Égera<strong>da</strong> uma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 30 ton/mês.A TABELA 21 discrimina a serragem quanto a sua geração pela respectiva máquina<strong>de</strong> beneficiamento e também <strong>de</strong>screve os tocos <strong>de</strong> <strong>de</strong>stopo. É importante notar asdiferentes características <strong>da</strong> serragem coleta<strong>da</strong> tal como a cor que é referente à dotronco, cor <strong>da</strong> espécie <strong>de</strong> árvore ou mesmo a forma como a serragem é feita, po<strong>de</strong>ndoescurecer o resíduo pelo atrito com a lâmina. Diferentes, também, são os aspectosfísicos, sendo que há fases <strong>de</strong> farinha, pó fibroso, maravalhas finas e grossas, lisas ouespirala<strong>da</strong>s. Por fim, há diferença na granolumetria <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um mesmo resíduo,po<strong>de</strong>ndo ser vistas fases <strong>de</strong> partículas grosseiras, fases <strong>de</strong> partículas médias e <strong>de</strong>partículas finas.
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