36A TABELA 12 visa apenas caracterizar por grupos os resíduos gerados no processoprodutivo <strong>da</strong>s indústrias que tem a ma<strong>de</strong>ira como matéria prima. A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong>resíduos, seja na forma <strong>de</strong> serragem ou na forma <strong>de</strong> partes sóli<strong>da</strong>s, no entanto, é muitomaior e <strong>de</strong> difícil classificação. Parte-se do princípio <strong>de</strong> que as características <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<strong>da</strong>s seguintes variáveis, organiza<strong>da</strong>s após entrevista na empresa estu<strong>da</strong><strong>da</strong>:• Da espécie <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira beneficia<strong>da</strong>, já que sua dureza e sua cor significamvariação dos resíduos quanto a sua apresentação física;• Do tipo <strong>de</strong> produto fabricado. Como exemplo o resíduo do processamento <strong>de</strong>toras é totalmente diferente do resíduo do processamento <strong>de</strong> chapas <strong>de</strong> MDF ou<strong>de</strong> aglomerado;• Do tipo <strong>de</strong> indústria que irá <strong>de</strong>terminar o tipo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e conseqüentemente, otipo <strong>de</strong> resíduo: indústrias <strong>de</strong> extração e <strong>de</strong>sdobro, que trabalham apenas comtoras geram um tipo <strong>de</strong> resíduo diferente <strong>da</strong>s indústrias moveleiras, quetrabalham principalmente com ma<strong>de</strong>ira reconstituí<strong>da</strong>, tal como o MDF e ocompensado.• Do tipo <strong>de</strong> máquina usa<strong>da</strong>. Ca<strong>da</strong> máquina produz um resíduo peculiar e diferentedos resíduos <strong>de</strong> outras máquinas. Também influenciam a variação do tipo <strong>de</strong>lâminas na mesma máquina e a calibração <strong>da</strong>s máquinas <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> corte.• Da granulometria <strong>da</strong>s partículas, visto que um tipo <strong>de</strong> resíduo têm diversasgranulometrias;• Da ocasião e <strong>da</strong>s circunstâncias. Há momentos em que são aciona<strong>da</strong>s apenasalgumas <strong>da</strong>s etapas <strong>de</strong> processamento, gerando pouca variação <strong>de</strong> resíduos evolume variável <strong>de</strong>stes resíduos.Portanto, do processo produtivo on<strong>de</strong> a ma<strong>de</strong>ira sóli<strong>da</strong> ou reconstituí<strong>da</strong> é a matériaprima, po<strong>de</strong>-se dizer que o resíduo gerado tem características múltiplas e variáveis <strong>de</strong>difícil classificação. Passa-se então a <strong>de</strong>nominar o resíduo <strong>de</strong>stas indústrias como umMULTIRESÍDUO.2.6.1 – Uso tradicional do resíduo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iraTradicionalmente, o resíduo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tem dois fins principais: como material <strong>para</strong>queima <strong>para</strong> produção <strong>de</strong> energia térmica e/ou elétrica, e o uso em granjas e curraiscomo forragem <strong>de</strong> piso (cama <strong>de</strong> galinha). Outros usos menos importantes são o usocomo adubo e também na indústria <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras reconstituí<strong>da</strong>s, como <strong>de</strong>scrita na
37TABELA 11. Este uso não é uma prática largamente usa<strong>da</strong>, pois há a preferência <strong>da</strong>industria <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras reconstituí<strong>da</strong>s por insumos virgens, conforme informação obti<strong>da</strong> porcorreio eletrônico <strong>da</strong> DURATEX (LUNARDI, 2004) e <strong>de</strong>scrito no ANEXO V. Esta ma<strong>de</strong>iravirgem po<strong>de</strong> vir tanto <strong>de</strong> florestas planta<strong>da</strong>s quanto <strong>de</strong> florestas nativas, apesar <strong>da</strong> gran<strong>de</strong>oferta <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. A TABELA 13 discrimina os principais usos do resíduo <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira atualmente:TABELA 13 – Uso tradicional dos resíduos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iraADUBOUSO RESÍDUO DESCRIÇÃOCAMA DE GALINHACARVÃO ECOMBUSTÍVEISENERGIA ELÉTRICAENERGIA TÉRMICAEXTRAÇÃO DEÓLEOS E RESINASMADEIRARECONSTITUÍDASerragem em geral e ma<strong>de</strong>irasóli<strong>da</strong> pica<strong>da</strong>.Serragem em geralPontas, tocos, sobras, rejeitos,costaneiras, cascas e galhos.Pontas, tocos, sobras, rejeitos,costaneiras, cascas e galhos.Briquetes <strong>de</strong> serragemprensa<strong>da</strong>.Pontas, tocos, sobras, rejeitos,costaneiras, cascas e galhos.Briquetes <strong>de</strong> serragemprensa<strong>da</strong>.Serragem em geralSerragem em geralUsa<strong>da</strong> in natura ou após etapas <strong>de</strong>compostagem <strong>para</strong> proteção do solo ecomo adubo. Inclui a cama <strong>de</strong> galinhausa<strong>da</strong>.Serragem macia <strong>para</strong> contato com animais.Após o uso, a serragem suja com estrumepo<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> como adubo.Processos industriais <strong>para</strong> produção <strong>de</strong>carvão, álcool, metanol e gás combustível;Usado como lenha em usinastermoelétricas <strong>para</strong> obtenção <strong>de</strong> energiaelétrica. Há o problema <strong>da</strong> emissão <strong>de</strong>poluentes na atmosfera.Queima <strong>para</strong> obtenção <strong>de</strong> calor. Usado emfornos <strong>de</strong> pa<strong>da</strong>rias, pizzarias, olarias e emcal<strong>de</strong>iras industriais. Há o problema <strong>da</strong>emissão <strong>de</strong> poluentes na atmosfera.Extração industrial <strong>de</strong> óleos e resinas <strong>para</strong>uso como combustível, resinas plásticas,colas e essências.Na fabricação <strong>de</strong> chapas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>irareconstituí<strong>da</strong>.Fonte: JOHN (2003), TEIXEIRA (2003), LATORRACA (2003), GONÇALVES E RUFFINO (1989); QUIRINO(2004), MADEIRA (2004, 1 e 2)O uso <strong>de</strong> resíduos na forma <strong>de</strong> briquetes (serragem prensa<strong>da</strong> em pequenos blocoscilíndricos), como fonte <strong>de</strong> energia, tem sido <strong>de</strong>scrito como uma boa saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> produção<strong>de</strong> energia que preserva o meio ambiente, ao usar os resíduos na substituição á ma<strong>de</strong>iracomum, principalmente a ma<strong>de</strong>ira nativa, TEIXEIRA (2003). Ao mesmo tempo, há umagran<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> pela serragem como cama <strong>de</strong> galinha, assim como os resíduos <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira sóli<strong>da</strong> como lenha. Esses usos, no entanto, não oferecem alternativa ao materiala não ser seu <strong>de</strong>saparecimento durante os processos <strong>de</strong> queima ou <strong>de</strong> bio<strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção,quebrando e impedindo o ciclo fechado <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> recursos proposto pela <strong>Ecologia</strong><strong>Industrial</strong>, visto que os <strong>de</strong>mais usos usam um volume muito pequeno <strong>de</strong> resíduos.
- Page 3 and 4:
iiiMARCELO GERALDO TEIXEIRAAPLICAÇ
- Page 5:
vUFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAH
- Page 8 and 9:
viii
- Page 11 and 12: xiNão há pecado maiorDo que o exc
- Page 13 and 14: xiiiRESUMOEssa dissertação tem co
- Page 15 and 16: xvABSTRACTThis dissertation has as
- Page 17 and 18: xviiSUMÁRIORESUMOABSTRACTLISTA DE
- Page 19: xixCAPÍTULO 5 - ANÁLISE E RESULTA
- Page 22 and 23: xxiiFIG 37 - Esquema do ensaio de D
- Page 24 and 25: xxiv
- Page 26 and 27: xxvi
- Page 28 and 29: 2De acordo com o IBAMA, a indústri
- Page 30 and 31: 4Há também o resíduo do pós-uso
- Page 32 and 33: JUSTIFICATIVAS6• O grande volume
- Page 34 and 35: 8LIMITES DA PESQUISAEste estudo nã
- Page 36 and 37: 10atuam depois da sua geração. S
- Page 38 and 39: 12dos fatores ambientais e naturais
- Page 40 and 41: 14Aqui, segundo TEIXEIRA e CÉSAR (
- Page 42 and 43: 16ser positiva e unificadora; deve
- Page 44 and 45: 18Para uma melhor integração das
- Page 46 and 47: 20para o consumo e, então, são fi
- Page 48 and 49: 22Opções para obtenção de energ
- Page 50 and 51: 242.2 - CAUSAS E CONSEQUENCIAS DO D
- Page 52 and 53: 26Conforme SOBRAL (2002), as indús
- Page 54 and 55: 282.4.2 - Componentes da madeiraA m
- Page 56 and 57: 30Este gráfico mostra que, em 2002
- Page 58 and 59: 32TABELA 11 - Classificação e des
- Page 60 and 61: 341987) como classe 2, com possibil
- Page 64 and 65: 38Segundo QUIRINO (2004) o resíduo
- Page 66 and 67: 40construção civil. Este estudo i
- Page 68 and 69: 42autores, este resíduo em pó pod
- Page 70 and 71: 443.2 - MATERIAIS ECO-EFICIENTESTom
- Page 72 and 73: 46TABELA 16 - Classificação dos m
- Page 74 and 75: 48• Particulados: também chamado
- Page 76 and 77: 50Em relação aos requisitos de pr
- Page 78 and 79: 523.3.4.1 - Reaproveitamento de res
- Page 80 and 81: 54sendo comercialmente conhecido co
- Page 82 and 83: 56Apesar de ser considerada uma boa
- Page 84 and 85: 58biodegradação ou compostagem, p
- Page 86 and 87: 60A resina ortoftálica é a resina
- Page 88 and 89: 62vaze para fora. Tem as vantagens
- Page 90 and 91: 64• Equipamentos de baixo investi
- Page 92 and 93: Essas etapas são assim descritas:6
- Page 94 and 95: 68Toda a fase experimental embasou-
- Page 96 and 97: 704.1.2- Processo produtivo 02 - In
- Page 98 and 99: 72TABELA 21 - Discriminação da se
- Page 100 and 101: 74FIGURA 28 - Silo de estocagem da
- Page 102 and 103: 764.2.2.2 - Classificação granulo
- Page 104 and 105: 784.3- FASE II - MOLDAGEM DOS CORPO
- Page 106 and 107: 801. Pesagem da resina e do SRM de
- Page 108 and 109: 4.4 - FASE III - ENSAIOS82O objetiv
- Page 110 and 111: 84Este ensaio foi feito à temperat
- Page 112 and 113:
86uma umidade referente à umidade
- Page 114 and 115:
88SERRA FITABANDEJA
- Page 116 and 117:
PENEIRA(mm)SERRAFITA90TABELA 28 - C
- Page 118 and 119:
92F1 F2 M1 M2MF1 MF2 G1 G2GM1 GM2 G
- Page 120 and 121:
94A TABELA 30 apresenta o resultado
- Page 122 and 123:
96O ensaio de absorção de água p
- Page 124 and 125:
98FIGURA 49 - Gráfico comparativo
- Page 126 and 127:
100FIGURA 50 - Gráficos do desempe
- Page 128 and 129:
102das amostras do resíduo in natu
- Page 130 and 131:
104TABELA 33 - Comparação entre o
- Page 132 and 133:
6.2 - MOLDAGEM106A moldagem em mold
- Page 134 and 135:
108material, também mostrou ter bo
- Page 136 and 137:
110BARANOWSKI, Chet. SHREVE, Don. O
- Page 138 and 139:
112FURTADO, João. Administração
- Page 140 and 141:
114MALI, Jyrki. et al. Woodfiber-pl
- Page 142 and 143:
116SAVASTANO Jr, Holmer. Zona de tr
- Page 144 and 145:
118
- Page 146 and 147:
120
- Page 148 and 149:
122
- Page 150 and 151:
124
- Page 152 and 153:
126RESUMO DOS DADOS RELEVANTES SOBR
- Page 154 and 155:
128As fotos abaixo mostram a mini-p
- Page 156 and 157:
130
- Page 158 and 159:
132