40construção civil. Este estudo inclui o uso <strong>de</strong> outros tipos <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,diferentes <strong>da</strong> serragem, tais como ripas, sarrafos, <strong>de</strong>stopos e tábuas, na fabricação <strong>de</strong>chapas sarrafea<strong>da</strong>s, painéis <strong>de</strong> divisórias, forros e revestimento <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s, embalagens,componentes <strong>para</strong> móveis. O uso <strong>de</strong>stes outros resíduos não inclui processos <strong>de</strong>produção tal como a serragem usa<strong>da</strong> na fabricação <strong>da</strong>s chapas <strong>de</strong> aglomerados, sendoestas, portanto, um produto distinto dos <strong>de</strong>mais. Também há alternativas <strong>para</strong> adubos efertilizantes e extração <strong>de</strong> resinas. Este estudo propõe o uso total dos resíduos <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira. Entretanto, há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> várias etapas <strong>de</strong> reciclagem, segundo os autores,<strong>para</strong> a<strong>de</strong>quar o resíduo <strong>para</strong> os processos <strong>de</strong> fabricação, e que po<strong>de</strong>m prejudicar oproduto quanto aos objetivos <strong>de</strong> preservação ambiental como já <strong>de</strong>scrito anteriormente.A pesquisa <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> por NASCIMENTO (2003) busca uma chapa <strong>de</strong>aglomerado usando ma<strong>de</strong>iras nativas do Nor<strong>de</strong>ste brasileiro. Como alternativa <strong>de</strong> matériaprima há “o aproveitamento <strong>de</strong> resíduos industriais grosseiros tais como costaneiras,sobras <strong>de</strong> <strong>de</strong>stopo, miolos <strong>de</strong> toras lamina<strong>da</strong>s e cavacos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira oriundos dobeneficiamento <strong>de</strong> indústria <strong>de</strong> móveis e carpintaria” que foram cola<strong>da</strong>s e prensa<strong>da</strong>s aocalor, com a adição <strong>de</strong> a<strong>de</strong>sivos. A principal fonte <strong>de</strong> matéria prima, no entanto, são asma<strong>de</strong>iras nativas no Nor<strong>de</strong>ste, que, por se apresentarem em pequenas dimensões e comtroncos tortuosos, seriam transforma<strong>da</strong>s em partículas. A pretensão <strong>da</strong> pesquisa éoferecer uma alternativa industrial e econômica viável <strong>para</strong> esta região do Brasil e oresultado foi uma chapa <strong>de</strong> aglomerado que foi usa<strong>da</strong> <strong>para</strong> a construção <strong>de</strong> diversosprotótipos <strong>de</strong> móveis e utensílios domésticos e <strong>para</strong> escritórios (vistos nas FIGURAS 13)e <strong>de</strong>monstram as potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do material proposto, usando a estética <strong>da</strong> própriasuperfície <strong>da</strong> chapa e recebendo apenas o acabamento superficial em verniz. O uso dosresíduos por sua vez, significa nesta pesquisa, etapas <strong>de</strong> reciclagem <strong>para</strong> tornar viável oseu aproveitamento em tais chapas.A) B)FIGURA 13 - A) Mesa Piano B)Porta Lápis - Fonte: NASCIMENTO (2003)
413.1.2 – Compósitos <strong>de</strong> matriz cimentíciaInúmeras são as pesquisas sobre a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do uso <strong>de</strong> resíduos agroindustriaiscomo componente <strong>de</strong> materiais compósitos <strong>de</strong> matriz cimentícia. O objetivo não é só <strong>da</strong>rvazão ao volume <strong>de</strong> resíduos ou diminuir o volume <strong>de</strong> cimento pela substituição <strong>de</strong>ste portais resíduos, mas, principalmente, é o aproveitamento <strong>da</strong>s características <strong>de</strong> reforçoestrutural que tais resíduos trazem como benefício.SILVA (2002 -2) e SAVASTRANO Jr. (2000), <strong>de</strong>screvem exatamente aspotenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> substituição do cimento-amianto por cimento <strong>de</strong> escória mineral efibras vegetais, ti<strong>da</strong>s como resíduos nas si<strong>de</strong>rurgias e nas indústrias agrícolasrespectivamente. O <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>ste material composto atingiu, nos ensaios <strong>de</strong>ssapesquisa, um nível que o potencializa como substituto do cimento-amianto em telhas.Um material similar foi proposto na tese <strong>de</strong> doutorado <strong>de</strong> GRANDI (1995), umcomposto <strong>de</strong> cimento portland e serragem <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira do tipo pó <strong>de</strong> lixamento e que semostra a<strong>de</strong>quado <strong>para</strong> confecção <strong>de</strong> placas pré-mol<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>para</strong> utilização em forros epare<strong>de</strong>s. SAVASTRANO Jr. (1992), em tese <strong>de</strong> doutorado, <strong>de</strong>monstra o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>sfibras vegetais como reforço <strong>de</strong> cimento portland, tendo este atingido uma potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>satisfatória como reforço <strong>de</strong> pastas cimentícias, apesar <strong>da</strong> <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s fibras pelaumi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o que reduz o <strong>de</strong>sempenho mecânico do compósito a longo prazo.A possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do uso <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira como componente neste tipo <strong>de</strong>compósito é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma boa alternativa tanto <strong>para</strong> a construção <strong>de</strong> chapas e painéis<strong>para</strong> uso na construção civil, quanto <strong>para</strong> a preservação dos recursos florestais que incluitambém um processo <strong>de</strong> fabricação simplificado e <strong>de</strong> baixo custo, similar ao processo <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> aglomerados <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com resinas sintéticas (LATORRACA, 2003).3.1.3 – Compósitos <strong>de</strong> matriz poliméricaSão materiais alternativos aos tradicionais e que estão aumentando sua participaçãono mercado. Usam como matéria prima principalmente ma<strong>de</strong>ira refloresta<strong>da</strong> e resinassintéticas, por exemplo, o MDF e o OSB. Por sua vez, são inúmeros os produtos compossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serem construídos com os eco-compósitos, principalmente o WPC<strong>de</strong>scrito a seguir, visto que estes foram i<strong>de</strong>alizados <strong>para</strong> substituir as matérias primastradicionais nas suas mais varia<strong>da</strong>s aplicações. Produtos <strong>para</strong> as indústrias <strong>de</strong> construçãocivil, indústria <strong>de</strong> transportes, moveleira, artigos esportivos entre outros.ENGLISH et al (1996), referem-se às boas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> farinha ou pó <strong>de</strong> resíduos<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e <strong>de</strong> papel usados como carga em resinas termoplásticas. Segundo os
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