26Conforme SOBRAL (2002), as indústrias paulistas <strong>de</strong> beneficiamento <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iraconsumiram 1,3 milhões <strong>de</strong> m 3 <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira amazônica em toras, transforma<strong>da</strong> em móveispopulares, 69%; móveis finos, 4%; forros, pisos e esquadrias, 14% e casas préfabrica<strong>da</strong>s,13%. Dentro <strong>da</strong> indústria <strong>de</strong> pisos e esquadrias, por exemplo, a ma<strong>de</strong>iraamazônica nativa correspon<strong>de</strong> a 98% <strong>de</strong> sua matéria prima e na indústria <strong>de</strong> móveisfinos, 64%. A FIGURA 06 resume, segundo ABIMCI (2003), a ca<strong>de</strong>ia produtiva do setorma<strong>de</strong>ireiro brasileiro e que complementa as informações <strong>da</strong> TABELA 04. Aqui estão afase <strong>de</strong> extração <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira virgem (<strong>de</strong> floresta nativa ou planta<strong>da</strong>) na forma <strong>de</strong> torassóli<strong>da</strong>s e o beneficiamento quando a ma<strong>de</strong>ira é transforma<strong>da</strong> em vários tipos <strong>de</strong> produtos<strong>para</strong> vários fins diferentes.FIGURA 06 – Ca<strong>de</strong>ia industrial <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira. Fonte: ABIMCI 2003A participação <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira nativa na indústria brasileira não é nova e um dosprimeiros produtos a ter importância histórica é exatamente a ma<strong>de</strong>ira do Pau-brasil.Atualmente a Mata Atlântica foi quase extermina<strong>da</strong> e a Floresta Amazônica é alvo <strong>da</strong>exploração. No entanto, segundo CÉSAR, (2002), com o esgotamento <strong>da</strong>s florestas <strong>de</strong>araucária no sul do Brasil, na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1966, se criou incentivos fiscais <strong>para</strong> o plantio <strong>de</strong>florestas <strong>de</strong> pinus e <strong>de</strong> eucalipto, sendo um fator <strong>de</strong>terminante <strong>para</strong> a indústria ma<strong>de</strong>ireiranacional. A TABELA 07 mostra a extensão <strong>da</strong> produção nacional <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> florestaplanta<strong>da</strong> no Brasil em 1998. Segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> ABIMCI (1999), o consumo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iraem geral está vinculado a três ramos industriais: a indústria moveleira, a indústria <strong>de</strong>embalagens e a construção civil.AUTORTABELA 07: Total <strong>de</strong> áreas planta<strong>da</strong>s em Pinus e Eucalyptus.TOTAL DE ÁREA PLANTADAMILHÕES HECTARESPINUSEUCALIPTOOUTRASESPÉCIESCALIL 6.290.000 1.862.000 3.231.000 1.200GARLIPP 4.805.930 1.840.050 2.965.880 ----Fonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> CALIL (2000) e GARLIPP (2000).
27A gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por tal produção vem, no entanto, <strong>da</strong>s empresas <strong>de</strong> papel ecelulose além <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> lenha e carvão, que tem uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> nacionalconforme a TABELA 06.2.4 – CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA2.4.1 – Origem <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>iraA ma<strong>de</strong>ira é um material orgânico <strong>de</strong> origem vegetal. Está presente na terra <strong>de</strong>s<strong>de</strong> operíodo carbonífero e em gran<strong>de</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Para alguns autores, a ma<strong>de</strong>ira é umrecurso inesgotável, pois está em contínua formação. No entanto, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rá-lacomo um recurso renovável, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> boas condições naturais <strong>para</strong> sua existência.As árvores, seres vivos que fornecem a ma<strong>de</strong>ira, estão dividi<strong>da</strong>s em duas classes <strong>de</strong>diferentes características <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Po<strong>de</strong>mos ver na TABELA 08 as características<strong>de</strong>stas subdivisões com exemplos.TABELA 08 - Subdivisões <strong>da</strong>s árvoresFAMÍLIA DESCRIÇÃO EXEMPLOGIMNOSPERMASANGIOSPERMASFonte: HELLMEISTER, 1983.Árvores típicas do clima frio formando gran<strong>de</strong>s florestas no hemisférioNorte, com algumas espécies tropicais e existentes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o períodocarbonífero. Tem a copa <strong>de</strong> folhas em forma <strong>de</strong> cone, <strong>da</strong>í seremconheci<strong>da</strong>s também como coníferas. Sua ma<strong>de</strong>ira é mole e macia etêm gran<strong>de</strong> importância comercialSão <strong>de</strong>evolução maisrecente que asgimnospermas,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> ocretáceo e sedivi<strong>de</strong>m emdoissubgrupos:MONOCOTILEDÔNEAS:São as palmas e as gramíneas. As palmas têmtronco <strong>de</strong> baixa duração e baixa resistênciamecânica, apresentando difícil processamento. Asgramíneas têm fibras duras e compactas que po<strong>de</strong>mter gran<strong>de</strong> resistência mecânica como o bambu.DICOTILEDÔNEAS:São as árvores comuns, chama<strong>da</strong>s também comofolhosas, presentes em todo o globo terrestreprincipalmente nos trópicos. São chama<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>iras duras, que tem gran<strong>de</strong> resistênciamecânica e portanto gran<strong>de</strong> valor comercial e cujacopa <strong>de</strong> folhas se espalha <strong>de</strong> forma não or<strong>de</strong>na<strong>da</strong>.PINUS,ARAUCÁRIA,CIPESTRE,SEQUOIA.PALMAS:CÔCO, DENDÊ,CARNAUBA.GRAMÍNEAS:BAMBUEUCALÍPITO,CEDRO,MOGNO, IPÊ,PEROBA,PAU D’ÁRCO,JACARANDÁ.Dos exemplos citados na TABELA 07 e 08, <strong>de</strong>stacam-se o pinus e o eucalipto,como ma<strong>de</strong>iras escolhi<strong>da</strong>s pelas indústrias ma<strong>de</strong>ireiras <strong>para</strong> o cultivo em florestasplanta<strong>da</strong>s e certifica<strong>da</strong>s. Apresentam rápido crescimento, facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> manejo e gran<strong>de</strong>retorno comercial, apesar <strong>de</strong> serem espécies não nativas do Brasil. Atualmente ocupam amaioria dos investimentos no plantio <strong>de</strong> florestas renováveis, apesar <strong>de</strong> haver pesquisasno Brasil <strong>para</strong> que espécies nativas ocupem este lugar e permita melhor a<strong>de</strong>quação como meio ambiente. Esta dissertação baseia-se exatamente nos resíduos <strong>de</strong> pinus e <strong>de</strong>eucalipto plantados em florestas renováveis do Litoral Norte <strong>da</strong> Bahia.
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