10atuam <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> sua geração. São, portanto conheci<strong>da</strong>s como Tecnologias Fim-<strong>de</strong>-Tubo,cujo propósito é remediar os prejuízos ambientais do atual sistema produtivo. Taistecnologias, no entanto, não são tão eficientes quanto necessário; o simples fato <strong>de</strong> agir<strong>de</strong>pois <strong>da</strong> geração <strong>de</strong> resíduos implica em gran<strong>de</strong>s esforços financeiros e soluções poucoeficientes <strong>de</strong> remediação. O tratamento <strong>de</strong>stes resíduos absorve novos recursos eenergia, gerando novos resíduos que também precisam <strong>de</strong> tratamento. Quando há falhas,há também contaminação crônica ou agu<strong>da</strong>, resultando em <strong>de</strong>sastres ambientais. Alémdisso, com o aumento do consumo, há o aumento <strong>de</strong> resíduo o que pressiona astecnologias Fim-<strong>de</strong>-Tubo aos seus limites <strong>de</strong> operação.As Tecnologias Limpas propõem novos parâmetros <strong>para</strong> a produção industrial econsumo. Têm a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> diminuição ou mesmo eliminação dos impactos ambientaisnegativos em todo ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos produtos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a obtenção <strong>da</strong>s matérias primas,tanto na produção industrial, como também durante o uso dos produtos e no pós-uso dosmesmos. A sua filosofia é a <strong>da</strong> prevenção <strong>da</strong> poluição, atuando e interferindo no processoprodutivo antes <strong>da</strong> geração <strong>de</strong> resíduos, na busca <strong>de</strong> eliminá-los e assim, preservar omeio ambiente. A FIGURA 02 mostra a evolução tecnológica <strong>da</strong> prevenção <strong>da</strong> poluição.Esta simplifica e sistematiza to<strong>da</strong>s as etapas <strong>de</strong> prevenção <strong>da</strong> poluição organiza<strong>da</strong>s porKIPERSTOK (2003), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as tecnologias fim-<strong>de</strong>-tubo até o consumo sustentável. Ográfico original foi a<strong>da</strong>ptado <strong>para</strong> melhor <strong>de</strong>scrição neste trabalho. De maneira sistemáticapo<strong>de</strong>mos se<strong>para</strong>r estas tecnologias em três níveis crescentes <strong>de</strong> evolução:FIGURA 02 – Evolução tecnológica <strong>da</strong> prevenção <strong>da</strong> poluição (a<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> KIPERSTOK, 2003 p. 86)NÍVEL 01 – São as tecnologias fim-<strong>de</strong>-tubo, como foram <strong>de</strong>scritas anteriormente.Aqui o sistema industrial e o consumo usam a disposição <strong>de</strong> resíduos no meio ambienteou os trata antes <strong>de</strong> dispô-los. Além <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r que os resíduos são ilimitados, bastandoapenas remediá-los, essa filosofia também se esten<strong>de</strong> <strong>para</strong> a obtenção dos recursosnaturais e recursos energéticos que também são explorados sem a eficiência <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>.
11NÍVEL 02 – É o nível intermediário, compreen<strong>de</strong>ndo tecnologias que procuraminterferir no processo produtivo ou em uma ca<strong>de</strong>ia produtiva, a fim <strong>de</strong> localizar os locais<strong>de</strong> ineficiência e corrigí-los na fonte, melhorando, assim, sua resposta ao meio ambiente.Esta filosofia já emprega a gerência <strong>de</strong> operação e processos, além <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>reciclagem <strong>de</strong> matéria prima através <strong>de</strong> intervenções internas no processo produtivo. Suaatuação, no entanto, fica apenas no interior do processo produtivo, não questionandofatores importantes como o que é produzido ou como é usado o produto <strong>de</strong> tal processo<strong>da</strong>ndo, portanto, mais ênfase ao processo que ao produto. As alterações no produto,<strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s pela intervenção do <strong>de</strong>sign, visam apenas a melhoria do processo produtivo.Assim, <strong>para</strong> KIPERSTOK (2003), essas medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> prevenção ain<strong>da</strong> possuem grau <strong>de</strong>eficiência insuficiente do ponto <strong>de</strong> vista ecológico.NÍVEL 03 – Sugere soluções ecologicamente mais eficientes, levando emconsi<strong>de</strong>ração medi<strong>da</strong>s que indicam caminhos <strong>para</strong> novos tipos <strong>de</strong> produtos, novoscomportamentos <strong>de</strong> consumo, novas formas <strong>de</strong> produção, novos tipos <strong>de</strong> matéria primas,gerenciamento do ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> produtos, <strong>de</strong>ntre outros. Portanto, um novo horizonteno qual a produção e consumo seriam limitados pela capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do meio ambiente <strong>de</strong>fornecimento <strong>de</strong> recursos e absorção <strong>de</strong> resíduos, quando o uso sustentável dos recursosconduzirá a realização <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas. Neste nível, a <strong>Ecologia</strong> <strong>Industrial</strong> évista como uma ferramenta <strong>para</strong> concretizar estas tendências. Os conceitos <strong>da</strong> <strong>Ecologia</strong><strong>Industrial</strong> concretizam os objetivos buscados no NÍVEL 3 e serão <strong>de</strong>scritos a seguir.1.2 – CONCEITOS DA ECOLOGIA INDUSTRIAL USADOS NA PESQUISAO conceito tradicional <strong>de</strong> ecologia a <strong>de</strong>fine como a ciência que estu<strong>da</strong> as relaçõesentre os seres vivos e o meio ambiente em que vivem, e o conceito <strong>de</strong> ecossistema é<strong>de</strong>finido como um conjunto <strong>de</strong> condições físicas e químicas <strong>de</strong> certo lugar, reunindo umconjunto <strong>de</strong> seres vivos que habitam esse lugar (FERRI, 1979). Num ecossistema emequilíbrio, cuja relação é uma seqüência <strong>de</strong> seres vivos, uns se alimentando dos outrossucessivamente num ciclo fechado, não há sobras nem o que se po<strong>de</strong>ria chamar <strong>de</strong> “lixo”.É exatamente esse mo<strong>de</strong>lo natural <strong>de</strong> produção e reaproveitamento <strong>de</strong> recursos, queserve <strong>de</strong> base conceitual <strong>para</strong> a <strong>Ecologia</strong> <strong>Industrial</strong>.Parte-se <strong>da</strong> idéia que to<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial implica em impactos ambientais,pequenos ou gran<strong>de</strong>s. A <strong>Ecologia</strong> <strong>Industrial</strong> abor<strong>da</strong>, então, a interação <strong>da</strong> indústria e domeio ambiente buscando a minimização <strong>de</strong>stes impactos ambientais. Sua essência po<strong>de</strong>ser <strong>de</strong>scrita como a forma <strong>de</strong> manter em evolução as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas, culturaise tecnológicas, levando em consi<strong>de</strong>ração que o sistema industrial não se encontra isolado
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