242.2 – CAUSAS E CONSEQUENCIAS DO DESMATAMENTOAtualmente a <strong>de</strong>vastação <strong>da</strong>s florestas atinge valores preocupantes. Os <strong>da</strong>dosmostram, em nível global, que a <strong>de</strong>vastação varia <strong>de</strong> 10 a 20 milhões <strong>de</strong> hectaresflorestais por ano, (ou 10 quarteirões a ca<strong>da</strong> minuto). As principais causas são, segundoCORSON (2002), a agricultura, a pecuária, os projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento em largaescala tais como a construção <strong>de</strong> estra<strong>da</strong>s ou hidroelétricas, e a extração <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira.Estes fatores são impulsionados pelo aumento <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por área <strong>para</strong> expansãoterritorial e pelos recursos florestais, áreas estas geralmente <strong>de</strong>smata<strong>da</strong>s pela aplicação<strong>de</strong> fogo, acarretando per<strong>da</strong> <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> (GERWING e VIDAL, 2002). A florestaain<strong>da</strong> é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como uma fonte <strong>de</strong> recursos, entendi<strong>da</strong> como inesgotável ou comoum “obstáculo ao estabelecimento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s populações humanas” (IBAMA,2002 p.100).A indústria <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira tem uma participação importante no <strong>de</strong>smatamento. SegundoCORSON (2002 p. 120) “a ca<strong>da</strong> ano 5.000.000 <strong>de</strong> hectares, no mínimo, <strong>de</strong> florestastropicais são cortados <strong>para</strong> a obtenção <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira” sendo que as áreas mais <strong>de</strong>vasta<strong>da</strong>sestão na Ásia e África Oci<strong>de</strong>ntal. Este <strong>de</strong>smatamento é impulsionado pela pobreza dospaíses do terceiro mundo que são obrigados a transformar seus recursos naturais emrecursos financeiros. O Brasil não está distante <strong>de</strong>sta reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, apesar <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rarque a Amazônia ain<strong>da</strong> está no começo <strong>da</strong> exploração. As conseqüências são inúmeras ena maioria muito grave. Algumas chegam a ser irreversíveis e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> prejuízo <strong>para</strong> omeio ambiente. A TABELA 05 discrimina as principais conseqüências do <strong>de</strong>smatamento.TABELA 05 – Conseqüências do <strong>de</strong>smatamentoCONSEQUÊNCIAEXTINÇÃO DABIODIVERSIDADEDESLOCAMENTODE CULTURASLOCAISDEGRADAÇÃO DOSOLO E DA ÁGUAALTERAÇÃOCLIMÁTICAPERDA DERECURSOSNATURAISDESCRIÇÃOA quebra dos elos do ecossistema põe em risco <strong>de</strong> extinção plantas e animais. O<strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> algum <strong>de</strong>stes elos, causado pela <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> um habitat, atinge todo oecossistema. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas são aponta<strong>da</strong>s como uma <strong>de</strong>stas causas.Culturas que tradicionalmente habitam as regiões atingi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma harmônica com o meioambiente são obriga<strong>da</strong>s a <strong>de</strong>slocar-se <strong>para</strong> outras regiões. Geralmente são culturas comconhecimentos sobre a biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> do antigo habitat e que <strong>de</strong>saparecem ou se acomo<strong>da</strong>mnos gran<strong>de</strong>s centros urbanos, geralmente em locais pouco apropriados tal como favelas.Portanto são, sobretudo conseqüências sociais e econômicas.A <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s florestas atinge diretamente tanto a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do solo, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dosnutrientes <strong>para</strong> renovar a fertili<strong>da</strong><strong>de</strong> quanto a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou mesmo a existência <strong>da</strong> água, pois afloresta age como reservatório natural <strong>de</strong> água regulando o ciclo <strong>da</strong>s águas. A <strong>de</strong>struição <strong>da</strong>sflorestas atinge, portanto, o controle <strong>da</strong>s enchentes, <strong>da</strong>s secas e <strong>da</strong> erosão.As florestas são as responsáveis pelo controle do clima tanto regional quanto global. O<strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> florestas <strong>de</strong>scontrola primeiramente os ventos e as chuvas em nívelregional. Em segui<strong>da</strong> <strong>de</strong>scontrola principalmente o ciclo do carbono contribuindo com o<strong>de</strong>sequilíbrio e aumento do efeito estufa. O aumento <strong>de</strong> temperatura global e o aumento donível dos oceanos são apenas duas <strong>da</strong>s conseqüências do <strong>de</strong>smatamento.A gran<strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos conti<strong>da</strong> na biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> é um fator valioso <strong>para</strong> a obtenção<strong>de</strong> novos produtos agrícolas, industriais, medicinais e genéticos. A extinção <strong>de</strong>stabiodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> pelo <strong>de</strong>sflorestamento porá um fim a estes recursos naturais.Fonte: CORSON (2002), IBAMA (2002), MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI (2003), MARTINI (1998)
252.3 – A EXPLORAÇÃO DA MADEIRA NO BRASILO Brasil ocupa lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque quanto à extensão <strong>de</strong> suas florestas. Suacobertura florestal natural é atualmente <strong>de</strong> 550 milhões <strong>de</strong> hectares e que significa 14,5%<strong>da</strong> cobertura florestal nativa mundial (IBAMA, 2002). De acordo com o Museu ParaenseEmílio Goeldi (2003), a “Amazônia é a maior e a mais diversa região <strong>de</strong> florestas tropicaisno mundo”. Apesar <strong>da</strong> importância <strong>de</strong>stas florestas, a <strong>de</strong>vastação tem muito contribuídocom o quadro <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição florestal mundial atual e a diferença entre os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>SERRANO (1998) na FIGURA 05, on<strong>de</strong> o Brasil contribui com 15,9% <strong>da</strong> coberturamundial, e os <strong>da</strong>dos do IBAMA acima são a prova do avanço do <strong>de</strong>sflorestamento.Segundo o IBAMA (2002), o <strong>de</strong>smatamento <strong>de</strong> floresta nativa é preocupante apesardo aumento do consumo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira oriun<strong>da</strong> <strong>de</strong> florestas planta<strong>da</strong>s, basicamente pinnuse eucalipto. Esse consumo é o resultado <strong>da</strong> procura por ma<strong>de</strong>ira que alimenta osseguintes produtos dos setores industriais, segundo a TABELA 06. Po<strong>de</strong>mos verificar, opeso <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> setor na extração, sendo que o setor <strong>de</strong> papel e celulose, por não usarma<strong>de</strong>ira nativa e sim planta<strong>da</strong>, possivelmente não faça pressão na mata nativa.TABELA 06 – Consumo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira industrial em toras no Brasil no ano <strong>de</strong> 2000 (10 3 m 3 )PRODUTO NATIVAS PLANTADAS TOTAL % NATIVAPapel e Celulose 0 32.000 32.000 0,00Carvão Vegetal 11.800 33.400 45.200 26,1Lenha <strong>Industrial</strong> 16.000 13.000 29.000 55,2Serrados 34.000 15.100 49.100 69,2Lâminas e Compensados * 2.050 3.950 6.010 34,1Painéis Reconstituídos 0 5.000 5.000. 0,00TOTAL 63.850 102.460 166.310 38,4Fonte: IBAMA (2002 p. 106) *incluindo MDF e Chapas <strong>de</strong> FibraNeste universo acima <strong>de</strong>scrito, o mercado brasileiro tornou-se um dos gran<strong>de</strong>sconsumidores <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, rivalizando o consumo interno com o volume exportado, sendoque o consumidor brasileiro ain<strong>da</strong> não está consciente <strong>da</strong> diferença ou importância entrea ma<strong>de</strong>ira planta<strong>da</strong> e a nativa. Segundo SOBRAL (2002. p.7), o estado <strong>de</strong> São Paulo, queé o maior consumidor <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira do Brasil principalmente <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira nativa amazônica,[...] adquiriu o equivalente a 6,1 milhões <strong>de</strong> metros cúbicos em tora <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira amazônica em 2001. A quase totali<strong>da</strong><strong>de</strong> (99%) <strong>de</strong>ssa ma<strong>de</strong>ira foiconsumi<strong>da</strong> no próprio Estado. Desse total, 69% foram comercializadospelos <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e 21% foram consumidos pelas indústrias <strong>de</strong>produtos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Por fim, a construção civil vertical (edifícios) adquiriu10% <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira amazônica no Estado.
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