523.3.4.1 – Reaproveitamento <strong>de</strong> resíduos poliméricosDo ponto <strong>de</strong> vista ambiental os plásticos são vistos geralmente como vilões(OLIVEIRA e CASTRO 2002), pois, segundo BARBOSA e TRAMONTANO (2004), a baixadurabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do uso, que incentiva o <strong>de</strong>scarte e o lixo, leva o plástico a uma categoria nãoecológica. Os resíduos <strong>de</strong> plástico são classificados pela NBR 10004 como Classe 2 ou3, não tóxico, são “consi<strong>de</strong>rados substratos inertes, com índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>composiçãovariáveis (quase <strong>de</strong>sprezíveis) por elementos ambientais, como luz, umi<strong>da</strong><strong>de</strong>, calor emicrorganismos” (FORLIN e FARIA 2002). A maioria <strong>da</strong>s resinas não é bio<strong>de</strong>gradável ounão é reaproveita<strong>da</strong>, interferindo por muito tempo no meio ambiente pelo volume que seapresenta, <strong>de</strong>teriorando o aspecto <strong>de</strong> paisagens naturais, além <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado umdos principais agentes na ocupação <strong>de</strong> espaço em lixões e aterros sanitários. No entanto,as pesquisas atuais os vêem como uma alternativa <strong>de</strong> material eco-eficiente, pois tendoesses materiais a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r sofrer processos <strong>de</strong> recuperação e <strong>de</strong> reciclagemou mesmo serem usados como combustíveis, isso os faz completamente eco-eficientesse associados com políticas e tecnologias que permitam tais processos. SegundoAMBIENTEBRASIL (2004), o uso <strong>de</strong> plástico reciclado economiza 70% <strong>de</strong> energia,durante quase a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> do seu ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. O reaproveitamento po<strong>de</strong> ser também naforma <strong>de</strong> combustível (recuperação energética) como propõe GORNI (2004), mas, nestecaso, há per<strong>da</strong> <strong>de</strong> matéria prima, quebrando o ciclo <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> material propostopela <strong>Ecologia</strong> <strong>Industrial</strong>. Outras formas <strong>de</strong> reaproveitamento são a recuperação e areciclagem.Os termoplásticos permitem vários ciclos <strong>de</strong> processamento, pois po<strong>de</strong>m sermol<strong>da</strong>dos várias vezes e são, portanto, materiais que permitem a recuperação oureciclagem tanto <strong>para</strong> resíduos pós-industriais, quanto <strong>para</strong> o resíduo do pós-uso.Algumas resinas se <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>m com um excesso <strong>de</strong> etapas <strong>de</strong> processamento e sópermitem serem recicla<strong>da</strong>s e usa<strong>da</strong>s em outras finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Outras, como o PET,permitem serem recupera<strong>da</strong>s com quali<strong>da</strong><strong>de</strong> igual às resinas virgens várias vezes.Os termofixos e elastômeros só permitem a reciclagem <strong>de</strong>vido à dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>retornar à forma líqui<strong>da</strong> inicial e principalmente se forem combinados com reforços <strong>de</strong>fibras e cargas que inviabilizam a recuperação <strong>da</strong> resina. Segundo RODRIGUES (2004),“os processos <strong>de</strong> reciclagem e aproveitamento <strong>de</strong> materiais compostos são maiscomplexos que os sistemas usados <strong>para</strong> reciclagem <strong>de</strong> materiais termoplásticos. Noentanto, são mais eficientes e seu controle operacional é mais seguro, principalmente<strong>para</strong> os usuários dos produtos reciclados”. Há vários processos <strong>de</strong> reciclagem, mas os
53que mostraram maior eficiência foram (RODRIGUES, 2004; BRASKEM 2002 -2;CARVALHO (2000); FORLIN e FARIA, 2002):Pirólise: processo <strong>de</strong> reciclagem térmica à 800Cº na ausência <strong>de</strong> oxigênio o qualproduz gás e óleo combustível e também material sólido usado como carga nasubstituição <strong>de</strong> cargas minerais;Moagem: processo <strong>de</strong> reciclagem mecânica que transforma os resíduos em póatravés <strong>da</strong> trituração.A moagem é a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reciclagem mais barata e simples, sendo a mais usa<strong>da</strong>no Brasil. O pó gerado po<strong>de</strong> ser usado tanto na indústria <strong>de</strong> compósitos quanto em outrasindústrias, além <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> mais eco-eficiente que a pirólise, levando emconta que esta tem gran<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia <strong>para</strong> atingir a temperatura <strong>de</strong> operação.[...] Conforme as experiências realiza<strong>da</strong>s, é possível utilizar até 30% <strong>de</strong>material reciclado em substituição à carga mineral e como parte do reforço,na composição do novo composto, sem per<strong>de</strong>r as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicoquímicasdo novo produto. Em alguns casos, tem-se conseguido valoressuperiores <strong>de</strong> resistência à tração e menor índice <strong>de</strong> contração do que noscompostos tradicionais. Outro fator importante é a diminuição, em até 10%,do peso final do produto mol<strong>da</strong>do [...] (RODRIGUES, 2004).Outras aplicações <strong>para</strong> o pó <strong>de</strong> compósitos termofixos é a mistura com matrizescimentícias na fabricação <strong>de</strong> argamassas e concreto <strong>para</strong> a construção civil, em matrizescerâmicas na fabricação <strong>de</strong> telhas, como núcleo <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> concreto, em matrizesasfálticas <strong>para</strong> pavimentação <strong>de</strong> ruas e estra<strong>da</strong>s e como massa <strong>de</strong> enchimento emdiversos produtos (PLÁSTICO REFORÇADO, 2004; OLIVEIRA e CASTRO, 2002;CARVALHO; 2000).3.4 – WPC - COMPÓSITOS BASEADOS EM MADEIRAA ma<strong>de</strong>ira ocupa um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque como reforço em eco-compósitos. Ocompósito <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira se refere ao uso <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira, sob qualquer forma, reforçandoresinas termofixas ou termoplásticas. Historicamente, o compósito constituído <strong>de</strong> pó <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira e resinas fenólicas ficou conhecido como Baquelite, uma resina termofixa que foio primeiro plástico sintetizado industrialmente (CLEMONS, 2002) e que revolucionou o<strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produto, principalmente na fabricação <strong>de</strong> eletrodomésticos, nas déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong>1920 até 1950 quando, então, novos plásticos o substituiram. Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1970, umcompósito <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e polipropileno foi largamente usado na indústria automobilística
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