54sendo comercialmente conhecido como WOODSTOCK (CORREA et al, 2003; PEIJS,2002).Atualmente, os compósitos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira são conhecidos como WPC (wood plasticcompósites), sendo que as resinas mais usa<strong>da</strong>s são as termoplásticas <strong>de</strong> baixo preço e<strong>de</strong> pós-consumo, tais como polietileno, polipropileno e poliestireno, po<strong>de</strong>ndo serreforça<strong>da</strong>s com pó ou fibras <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira numa proporção que vai <strong>de</strong> 2% à 50%(CLEMONS, 2002). Os compósitos são mol<strong>da</strong>dos por processos usuais <strong>da</strong> indústria <strong>de</strong>termoplásticos tais como a extrusão, compressão e injeção (ENGLISH, 1996 - 2). Seumercado vem aumentando principalmente na Europa, EUA e Japão, tendo umaparticipação diferencia<strong>da</strong> <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais fibras naturais e sendo usado na indústriaautomobilística, moveleira e construção civil principalmente, em funções estruturais e nãoestruturais, sendo que as marcas industriais EINWood®, TECH-Wood® e FASAL® são<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s e comercializa<strong>da</strong>s com teores <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> até 70% <strong>para</strong> diversasaplicações (PEIJS, 2002).De acordo com CORREA et al (2003), o resíduo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira em pó ou WWF (woodwaste flour) como carga e reforço apresenta-se como alternativa <strong>de</strong> substituição <strong>da</strong>ma<strong>de</strong>ira convencional e ao reaproveitamento <strong>de</strong> resíduos. As vantagens são (ECKERT,2000 e STARK,1996 apud CORREA et al, 2003):• Maior resistência à umi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>terioração ambiental, a pragas e insetos;• Apresentam melhor estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dimensional;• Resistência ao empenamento e trincas;• Possuir menor custo <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> rotina;• Maior durabili<strong>da</strong><strong>de</strong> em ambientes agressivos como marinas e piscinas;• São totalmente recicláveis e imitam em aspecto a ma<strong>de</strong>ira;• Dispensam o uso <strong>de</strong> proteção superficial como tintas e vernizes;• São mais leves que os compósitos tradicionais – baixo peso;• Trabalham com temperatura mais baixa, permitindo economia <strong>de</strong>energia;• Aumento <strong>da</strong> resistência mecânica <strong>da</strong>s matrizes;• Baixa abrasivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, facilitando processos <strong>de</strong> acabamento;As limitações <strong>de</strong>ste material são, primeiramente, a temperatura <strong>de</strong> trabalho limita<strong>da</strong>pela celulose, ou seja, em torno <strong>de</strong> 200ºC, e também problemas <strong>de</strong> interface <strong>de</strong> resinastermoplásticas com a ma<strong>de</strong>ira, que <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>m a performance do compósito com o tempo.Apesar do uso majoritário <strong>de</strong> resinas termoplásticas no WPC, atualmente o uso <strong>de</strong>resinas e a<strong>de</strong>sivos termofixos, tal como o poliéster insaturado, po<strong>de</strong> se tornar umaexcelente alternativa aos termoplásticos na fabricação <strong>de</strong> produtos, principalmente <strong>de</strong>vido
55a acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> à matéria prima e a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do uso <strong>de</strong> tecnologias simplifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong>mol<strong>da</strong>gem. A ma<strong>de</strong>ira, usa<strong>da</strong> na forma <strong>de</strong> fibra ou pó (farinha), po<strong>de</strong> ser oriun<strong>da</strong> <strong>de</strong>resíduo, o que diminui o preço e aumenta a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> matéria prima.3.4.1 – A eco-eficiência do WPCComo foi escrito no item 2.7.1, há muitas maneiras <strong>de</strong> reutilização <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>iraconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como resíduo, incluindo a tecnologia do WPC. Esta tecnologia, apesar <strong>de</strong>não ser um processo tradicional, está sendo cita<strong>da</strong> pelos autores como uma <strong>da</strong>s maneirasa se <strong>da</strong>r maior valor ao resíduo, evitando processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte e eliminação, ou mesmoa queima. A FIGURA 16 mostra como QUIRINO (2004) consi<strong>de</strong>ra o WPC no contexto <strong>de</strong>alternativas <strong>de</strong> aproveitamento e <strong>de</strong> valorização dos resíduos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.FIGURA 16 – Contextualização do WPC Baseado em QUIRINO (2004), p. 6 (re<strong>de</strong>senhado)Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong>s Tecnologias Limpas, o WPC se associa aos conceitos <strong>da</strong><strong>Ecologia</strong> <strong>Industrial</strong> se for consi<strong>de</strong>rado como um subproduto tanto <strong>de</strong> processos produtivosquanto do uso, que são aproveitados como matéria prima <strong>de</strong> outro processo, tanto <strong>para</strong>os resíduos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira quanto <strong>para</strong> resíduos <strong>de</strong> plásticos como matrizes poliméricas,satisfazendo o conceito <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> recursos por processos <strong>de</strong> reciclagem esatisfazendo também o requisito <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> resíduos industriais. Portanto, há apromoção <strong>da</strong> substituição <strong>de</strong> recursos naturais por material abun<strong>da</strong>nte que antes erareconhecido como resíduo. Além disso, o compósito tem as características <strong>de</strong> ser atóxico,possui boa durabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, permitindo outros ciclos <strong>de</strong> produção e uso, tem baixa energiaincorpora<strong>da</strong> e tem a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser reciclável através <strong>de</strong> processos específicos,como <strong>de</strong>scritos no próximo capítulo.
- Page 3 and 4:
iiiMARCELO GERALDO TEIXEIRAAPLICAÇ
- Page 5:
vUFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAH
- Page 8 and 9:
viii
- Page 11 and 12:
xiNão há pecado maiorDo que o exc
- Page 13 and 14:
xiiiRESUMOEssa dissertação tem co
- Page 15 and 16:
xvABSTRACTThis dissertation has as
- Page 17 and 18:
xviiSUMÁRIORESUMOABSTRACTLISTA DE
- Page 19:
xixCAPÍTULO 5 - ANÁLISE E RESULTA
- Page 22 and 23:
xxiiFIG 37 - Esquema do ensaio de D
- Page 24 and 25:
xxiv
- Page 26 and 27:
xxvi
- Page 28 and 29:
2De acordo com o IBAMA, a indústri
- Page 30 and 31: 4Há também o resíduo do pós-uso
- Page 32 and 33: JUSTIFICATIVAS6• O grande volume
- Page 34 and 35: 8LIMITES DA PESQUISAEste estudo nã
- Page 36 and 37: 10atuam depois da sua geração. S
- Page 38 and 39: 12dos fatores ambientais e naturais
- Page 40 and 41: 14Aqui, segundo TEIXEIRA e CÉSAR (
- Page 42 and 43: 16ser positiva e unificadora; deve
- Page 44 and 45: 18Para uma melhor integração das
- Page 46 and 47: 20para o consumo e, então, são fi
- Page 48 and 49: 22Opções para obtenção de energ
- Page 50 and 51: 242.2 - CAUSAS E CONSEQUENCIAS DO D
- Page 52 and 53: 26Conforme SOBRAL (2002), as indús
- Page 54 and 55: 282.4.2 - Componentes da madeiraA m
- Page 56 and 57: 30Este gráfico mostra que, em 2002
- Page 58 and 59: 32TABELA 11 - Classificação e des
- Page 60 and 61: 341987) como classe 2, com possibil
- Page 62 and 63: 36A TABELA 12 visa apenas caracteri
- Page 64 and 65: 38Segundo QUIRINO (2004) o resíduo
- Page 66 and 67: 40construção civil. Este estudo i
- Page 68 and 69: 42autores, este resíduo em pó pod
- Page 70 and 71: 443.2 - MATERIAIS ECO-EFICIENTESTom
- Page 72 and 73: 46TABELA 16 - Classificação dos m
- Page 74 and 75: 48• Particulados: também chamado
- Page 76 and 77: 50Em relação aos requisitos de pr
- Page 78 and 79: 523.3.4.1 - Reaproveitamento de res
- Page 82 and 83: 56Apesar de ser considerada uma boa
- Page 84 and 85: 58biodegradação ou compostagem, p
- Page 86 and 87: 60A resina ortoftálica é a resina
- Page 88 and 89: 62vaze para fora. Tem as vantagens
- Page 90 and 91: 64• Equipamentos de baixo investi
- Page 92 and 93: Essas etapas são assim descritas:6
- Page 94 and 95: 68Toda a fase experimental embasou-
- Page 96 and 97: 704.1.2- Processo produtivo 02 - In
- Page 98 and 99: 72TABELA 21 - Discriminação da se
- Page 100 and 101: 74FIGURA 28 - Silo de estocagem da
- Page 102 and 103: 764.2.2.2 - Classificação granulo
- Page 104 and 105: 784.3- FASE II - MOLDAGEM DOS CORPO
- Page 106 and 107: 801. Pesagem da resina e do SRM de
- Page 108 and 109: 4.4 - FASE III - ENSAIOS82O objetiv
- Page 110 and 111: 84Este ensaio foi feito à temperat
- Page 112 and 113: 86uma umidade referente à umidade
- Page 114 and 115: 88SERRA FITABANDEJA
- Page 116 and 117: PENEIRA(mm)SERRAFITA90TABELA 28 - C
- Page 118 and 119: 92F1 F2 M1 M2MF1 MF2 G1 G2GM1 GM2 G
- Page 120 and 121: 94A TABELA 30 apresenta o resultado
- Page 122 and 123: 96O ensaio de absorção de água p
- Page 124 and 125: 98FIGURA 49 - Gráfico comparativo
- Page 126 and 127: 100FIGURA 50 - Gráficos do desempe
- Page 128 and 129: 102das amostras do resíduo in natu
- Page 130 and 131:
104TABELA 33 - Comparação entre o
- Page 132 and 133:
6.2 - MOLDAGEM106A moldagem em mold
- Page 134 and 135:
108material, também mostrou ter bo
- Page 136 and 137:
110BARANOWSKI, Chet. SHREVE, Don. O
- Page 138 and 139:
112FURTADO, João. Administração
- Page 140 and 141:
114MALI, Jyrki. et al. Woodfiber-pl
- Page 142 and 143:
116SAVASTANO Jr, Holmer. Zona de tr
- Page 144 and 145:
118
- Page 146 and 147:
120
- Page 148 and 149:
122
- Page 150 and 151:
124
- Page 152 and 153:
126RESUMO DOS DADOS RELEVANTES SOBR
- Page 154 and 155:
128As fotos abaixo mostram a mini-p
- Page 156 and 157:
130
- Page 158 and 159:
132