13.07.2015 Views

O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

100... “só assim não flutuarás no vazio”.CAPÍTULO XIV: DUAS CULTURASJá não falta muito para nos encontrarmos, <strong>Sofia</strong>.Calculei que regressarias à cabana do major, por isso <strong>de</strong>ixei lá todos os postais dopai <strong>de</strong> Hil<strong>de</strong>. Só assim po<strong>de</strong>m chegar a Hil<strong>de</strong>.Mas não precisas <strong>de</strong> te preocupar com isso. Até 15 <strong>de</strong> Junho ainda vai correr muitaágua <strong>de</strong>baixo das pontes.Vimos como os filósofos do Helenismo assimilaram os antigos filósofos gregos, ecomo alguns foram fundadores <strong>de</strong> seitas religiosas. Plotino prestou homenagem a Platãocomo se se tratasse <strong>de</strong> um re<strong>de</strong>ntor da humanida<strong>de</strong>.Mas, como sabemos, no mesmo período nasceu um outro re<strong>de</strong>ntor fora do âmbitocultural greco-romano. Refiro-me a Jesus <strong>de</strong> Nazaré. Vamos ver neste capítulo como ocristianismo foi penetrando no mundo greco-romano – mais ou menos como o mundo <strong>de</strong>Hil<strong>de</strong> começou lentamente a penetrar no nosso mundo.Jesus era ju<strong>de</strong>u, e os ju<strong>de</strong>us pertencem à cultura semítica. Os gregos e os romanospertencem à cultura indo-européia. Po<strong>de</strong>mos constatar que a civilização européia tem duasraízes. Antes <strong>de</strong> observarmos melhor como é que o cristianismo se mistura lentamente coma cultura greco-romana, vamos tratar <strong>de</strong>ssas duas raízes.“Os indo-europeus”Designamos por “indo-europeus” todos os países e culturas on<strong>de</strong> se falam línguasindo-européias. Pertencem a este grupo todas as línguas européias, exceto as línguas ugrofínicas(lapão, finlandês, estônio e húngaro) e basco. A maior parte das línguas indianas eiranianas pertencem à família lingüística indo-européia.Há cerca <strong>de</strong> quatro mil anos, os primeiros indo-europeus viviam provavelmente naregião do mar Negro e do mar Cáspio. Pouco <strong>de</strong>pois, essas tribos indo-européiascomeçaram a migrar para o Su<strong>de</strong>ste, para o Irão e para a índia; para o Sudoeste, para aGrécia, Itália e Espanha; para Oeste, através da Europa Central, para Inglaterra e França;para Noroeste, para a Escandinávia; e para o Norte, para a Europa <strong>de</strong> Leste e Rússia. Portoda a parte, os indo-europeus foram-se misturando com as culturas anteriores, se bem quea religião e a língua indo-européias <strong>de</strong>sempenhassem um papel dominante.Tanto os antigos escritos indianos védicos como a filosofia grega e inclusivamentea mitologia <strong>de</strong> “Snorri” estão, portanto, escritos em línguas aparentadas. Este parentesconão se limita às línguas. As línguas aparentadas correspon<strong>de</strong>m geralmente a idéiasaparentadas. Por isso po<strong>de</strong>mos falar <strong>de</strong> uma “cultura indo-européia”.A cultura dos Indo-europeus era principalmente caracterizada pela crença emvários <strong>de</strong>uses diferentes, ou seja, pelo “politeísmo”. Encontramos em toda a área indoeuropéianomes <strong>de</strong> <strong>de</strong>uses, muitos termos religiosos importantes e expressões semelhantes.Vou dar alguns exemplos:Os antigos hindus veneravam o <strong>de</strong>us “Dyaus”. Em grego, este <strong>de</strong>us chama-se“Zeus”, em latim “Júpiter” (na realida<strong>de</strong> “Iovpater”, ou seja, "pai Iov"), e em antigonórdico “Tyr”. Os nomes Dyaus, Zeus, Iov e Tyr são, portanto, diferentes variantes damesma palavra.Talvez ainda te lembres que os Vikings no Norte da Europa veneravam <strong>de</strong>uses a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!