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O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

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101que chamavam “ases”. Também encontramos este termo para "<strong>de</strong>uses" no conjunto doâmbito indo-europeu. Em antigo hindu (sânscrito), os <strong>de</strong>uses chamam-se “asura”, em antigopersa “ahura”. Uma outra palavra para <strong>de</strong>us em sânscrito é “<strong>de</strong>va”, em persa “daeva”, emlatim “<strong>de</strong>us” e em antigo nórdico “tivurr”.No Norte da Europa havia ainda um grupo próprio <strong>de</strong> divinda<strong>de</strong>s da fertilida<strong>de</strong>(por exemplo, Njõrd, Freyr, Freyja). Estas divinda<strong>de</strong>s eram <strong>de</strong>signadas “vanes”. Estapalavra é aparentada com o nome da <strong>de</strong>usa latina da fertilida<strong>de</strong> “Vênus”. Em sânscrito há otermo aparentado “vani”, que significa "prazer" ou "<strong>de</strong>sejo".Determinados mitos apresentam em toda a área indo-européia um claro parentesco.Quando Snorri fala acerca dos antigos <strong>de</strong>uses nórdicos, alguns mitos fazem recordar mitoshindus que foram narrados dois ou três mil anos antes. Obviamente, os mitos <strong>de</strong> Snorriestão relacionados com a natureza nórdica e os indianos com a natureza indiana. Masmuitos dos mitos têm um núcleo que aponta para uma origem comum.Este núcleo é claramente visível nos mitos sobre as poções da imortalida<strong>de</strong> e sobrea luta dos <strong>de</strong>uses contra as forças do caos.Inclusivamente no próprio pensamento vemos claras conexões entre as culturasindo-européias. Uma semelhança típica resi<strong>de</strong> no fato <strong>de</strong> conceberem o mundo como umcombate eterno entre as forças do bem e as forças do mal. Por isso, os indo-europeusprocuraram predizer qual seria o futuro do mundo.Po<strong>de</strong>mos afirmar que não é por acaso que a filosofia grega nasceu justamente noâmbito da cultura indo-européia. As mitologias indiana, grega e nórdica apresentam clarosprincípios <strong>de</strong> um pensamento filosófico ou "especulativo". Os indo-europeus procuravamter conhecimento da evolução do mundo. Po<strong>de</strong>mos inclusivamente seguir em toda a áreaindo-européia um termo preciso para "conhecimento" ou "saber" <strong>de</strong> cultura para cultura.Em sânscrito, este termo é “vidya”. Esta palavra é idêntica à palavra grega “i<strong>de</strong>a”, quecomo sabes, <strong>de</strong>sempenha um papel importante na filosofia <strong>de</strong> Platão.Do latim conhecemos a palavra “vi<strong>de</strong>o”, que para os romanos significavasimplesmente "ver". (Só nos nossos dias é que "ver" é quase sinônimo <strong>de</strong> fixar o tela datelevisão). Do inglês conhecemos as palavras “wise” e “wisdom” (sabedoria), em alemão“weise” e “Wissen”.Em norueguês temos a palavra “viten”. A palavra norueguesa "viten" tem,portanto, as mesmas raízes que a palavra indiana "vidya", a grega "i<strong>de</strong>a" e a latina "vi<strong>de</strong>o".Em traços largos, po<strong>de</strong>mos verificar que a visão era o sentido mais importante paraos indo-europeus. Entre os indianos e entre os gregos, entre os iranianos e os germanos, aliteratura é caracterizada por gran<strong>de</strong>s visões cósmicas. (Temos <strong>de</strong> novo a palavra "visão",que vem do verbo latino "vi<strong>de</strong>o".) Além disso, era costume nas culturas indo-européiasproduzir pinturas e esculturas dos <strong>de</strong>uses e dos acontecimentos mitológicos.Finalmente, os indo-europeus tinham uma “concepção cíclica da história”.Significa que para eles a história <strong>de</strong>corre circularmente – ou em "ciclos" - tal como asestações do ano alternam entre Verão e Inverno. Não há um verda<strong>de</strong>iro começo nem umverda<strong>de</strong>iro fim da história. Trata-se <strong>de</strong> civilizações diversas que nascem e perecem naalternância constante entre nascimento e morte.Ambas as gran<strong>de</strong>s religiões orientais - hinduísmo e budismo - são <strong>de</strong> origem indo -européia. O mesmo é válido para a filosofia grega, e vemos claros paralelismos entre ohinduísmo e o budismo por um lado e a filosofia grega por outro. Ainda hoje o hinduísmo eo budismo estão fortemente influenciados pela reflexão filosófica.Freqüentemente se põe em evidência que no hinduísmo e no budismo o divino está

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