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O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

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18CAPÍTULO III: OS MITOS... “um equilíbrio precário <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res entre as forças do bem e as do mal”...Na manhã seguinte, não havia nenhuma carta na caixa do correio. <strong>Sofia</strong> ficouaborrecida durante todo o tempo <strong>de</strong> aulas. Preocupou-se em ser particularmente simpáticacom Jorunn durante os intervalos. Durante o regresso à casa, fizeram planos para iremacampar, logo que, na floresta, o terreno ficasse menos úmido.Em seguida, estava <strong>de</strong> novo em frente à caixa do correio. Primeiro, abriu umpequeno envelope com um carimbo do México e que continha um postal do pai. Falava dassauda<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> ter ganhado pela primeira vez ao primeiro oficial no xadrez. De resto, jáquase tinha lido os vinte quilos <strong>de</strong> livros que levara consigo após as férias <strong>de</strong> Inverno.Havia ainda um envelope amarelo com o seu nome! <strong>Sofia</strong> trouxe a pasta da escolae a correspondência para casa e correu para a toca. Retirou do envelope várias folhasescritas à mão e começou a ler.“A concepção mítica do mundo”Olá, <strong>Sofia</strong>! Há muito para dizer, por isso o melhor é começarmos imediatamente.Vemos a filosofia como uma forma completamente diferente <strong>de</strong> pensar, que nasceuaproximadamente em 600 a.C. na Grécia. Antes disso, as diversas religiões tinhamrespondido a todas as perguntas do homem. Essas explicações religiosas eram transmitidas<strong>de</strong> geração para geração por meio dos mitos.Um mito é uma narração sobre os <strong>de</strong>uses que procura explicar a vida nas suasdiversas manifestações. As explicações míticas floresceram durante milênios em todo omundo. Os filósofos gregos procuraram provar que os homens não podiam confiar nelas.Para compreen<strong>de</strong>rmos o pensamento dos primeiros filósofos, temos <strong>de</strong>compreen<strong>de</strong>r igualmente o que significa ter uma concepção mítica do mundo. Tomaremoscomo exemplo algumas concepções míticas da Europa do Norte.Não é <strong>de</strong> modo algum necessário irmos muito longe. Certamente já ouviste falar <strong>de</strong>Thor e do seu martelo. Antes <strong>de</strong> o cristianismo chegar à Noruega, os homens, aqui noNorte, acreditavam que Thor viajava pelo céu num carro puxado por dois bo<strong>de</strong>s. Quandoele brandia o seu martelo, seguiam-se raios e trovões. A palavra "trovão" significaoriginalmente "retumbar <strong>de</strong> Thor". Em sueco, "trovão" diz-se "aska" - originalmente "asaka"– que significa a "viagem do <strong>de</strong>us pelo céu". Quando troveja e relampeja, tambémchove. Isso podia ser indispensável à vida para os camponeses da época dos Vikings. Porisso, Thor era venerado como <strong>de</strong>us da fertilida<strong>de</strong>.A resposta mítica à pergunta por que é que chove, era: Thor brandiu o seu martelo.E quando a chuva vinha, as sementes germinavam e cresciam nos campos.Era incompreensível para os camponeses que as plantas crescessem e produzissemfrutos. Mas em todo o caso, os camponeses sabiam que isso estava <strong>de</strong> alguma formarelacionado com a chuva. Além disso, todos acreditavam que a chuva tinha algo a ver comThor. Por isso, ele tornou-se um dos <strong>de</strong>uses mais importantes na Europa do Norte.Thor era ainda importante por outro motivo, que estava relacionado com toda aor<strong>de</strong>m universal.Os Vikings imaginavam o mundo habitado como uma ilha que está sempreameaçada por perigos exteriores. Eles chamavam a esta parte do mundo “Midgard”, que

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