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O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

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312- É mesmo o que está aí escrito?- Sim, está escrito assim mesmo, <strong>Sofia</strong>. O autor é um certo Albert Knag. Nuncaouvi falar <strong>de</strong>le. Como se chama o teu Alberto?- Knox.- Vais ver que esse homem estranho escreveu um livro inteiro sobre ti, <strong>Sofia</strong>,usando um pseudônimo.- Não é ele, mãe. Porque é que não <strong>de</strong>sistes? De qualquer modo, nãocompreen<strong>de</strong>rias.- Está bem. Amanhã é a festa: nessa altura tudo voltará ao normal.- Albert Knag vive noutra realida<strong>de</strong>. Por isso, este livro é um corvo branco.- Não tinhas falado <strong>de</strong> um coelho branco?- Deixa estar!A conversa entre a mãe e a filha foi interrompida pela chegada do ônibus àparagem <strong>de</strong> Klõverveien. Aí, <strong>Sofia</strong> e a mãe <strong>de</strong>pararam com uma manifestação.- Meu Deus! - exclamou a mãe <strong>de</strong> <strong>Sofia</strong>. - Julgava que estávamos a salvo <strong>de</strong>manifestações nesta zona da cida<strong>de</strong>.Não tinha mais do que <strong>de</strong>z ou doze pessoas. Nos cartazes estava escrito:"O MAJOR CHEGA EM BREVE!", "VIVA A BOA COMIDA PARA A NOITEDE S. JOÄO" e "MAIS PODER PARA A ONU!".<strong>Sofia</strong> teve pena da mãe.- Não te preocupes com eles - disse.- Que manifestação tão estranha, <strong>Sofia</strong>. Quase absurda.- Não é nada importante.- O mundo está a mudar cada vez mais <strong>de</strong>pressa. Para dizer a verda<strong>de</strong>, não meespanta.- Devias espantar-te <strong>de</strong> não te espantares.- De modo algum. Estes manifestantes não são violentos. Basta que não tenhampisado as nossas roseiras. De resto, não sei para que serve uma manifestação num jardim.Vamos para casa para ver.- Era uma manifestação filosófica, Mamãe. Os verda<strong>de</strong>iros filósofos não pisam asroseiras.- Sabes o que te digo, <strong>Sofia</strong>? Não sei se acredito na existência <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>irosfilósofos: hoje em dia quase tudo é artificial.Passaram a tar<strong>de</strong> e a noite ocupadas com os preparativos. Na manhã seguintecomeçaram a <strong>de</strong>corar o jardim e a pôr a mesa. Jorunn chegou e também ajudou.- Meu Deus! - disse. - Os meus pais também vêm à festa. Tu é que és a culpada,<strong>Sofia</strong>. Meia hora antes da chegada dos convidados estava tudo pronto. As árvoresno jardim tinham sido <strong>de</strong>coradas com serpentinas e lampiões <strong>de</strong> papel.Longos cabos elétricos partiam da cave. O portão, as árvores ao longo do carreiroque levava ao jardim e a fachada da casa estavam <strong>de</strong>coradas com balões. <strong>Sofia</strong> e Jorunntinham passado duas horas a enchê-los.Sobre a mesa estava já disposta a comida: frango assado, salada e sanduíches. Nacozinha havia um bolo com natas, outro com chocolate, roscas, mas no centro da mesahavia um bolo gigantesco com vinte e quatro andares sobrepostos.Em cima do bolo via-se uma pequena moça que ia ser crismada. A mãe <strong>de</strong> <strong>Sofia</strong>assegurou que também podia ser uma moça <strong>de</strong> quinze anos não crismada, mas <strong>Sofia</strong> estavaconvencida <strong>de</strong> que a figura estava no bolo porque <strong>Sofia</strong> afirmara há pouco tempo que ainda

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