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O Mundo de Sofia - Filosofar Sempre!!!!

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121- Por exemplo, que Deus existe?- Exato. A filosofia <strong>de</strong> Aristóteles também pressupunha que Deus existe - ou umaprimeira causa que põe em movimento todos os processos naturais. Mas não <strong>de</strong>screve Deusmais <strong>de</strong>talhadamente.Aí, temos <strong>de</strong> nos basear na Bíblia e na mensagem <strong>de</strong> Jesus.- Mas é mesmo verda<strong>de</strong> que Deus exista realmente?-Isso é obviamente discutível. Mas, ainda hoje, a maior parte das pessoas admitiriaque pelo menos a nossa razão não po<strong>de</strong> provar que Deus não existe. S. Tomás foi maislonge. Acreditava po<strong>de</strong>r provar a existência <strong>de</strong> Deus com base na filosofia <strong>de</strong> Aristóteles.- Nada mau!- Segundo ele, com a razão também po<strong>de</strong>mos reconhecer que tudo tem <strong>de</strong> ter uma"primeira causa". Deus, para S. Tomás, revelou-se aos homens por meio da Bíblia e pormeio da razão. Logo, há uma teologia "revelada" e uma teologia "natural". O mesmo sepassa no domínio da moral. Po<strong>de</strong>mos ler na Bíblia como é que <strong>de</strong>vemos viver segundo avonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Mas Deus também nos dotou <strong>de</strong> uma consciência que nos habilita adistinguir o justo do injusto numa base "natural". Também existem "duas vias" para a vidamoral.Po<strong>de</strong>mos saber que não <strong>de</strong>vemos maltratar os outros mesmo que não tenhamoslido na Bíblia que <strong>de</strong>vemos tratar os outros como gostaríamos <strong>de</strong> ser tratados por eles. Mas,também neste caso, os mandamentos da Bíblia são a norma mais segura.- Acho que estou a perceber - disse então <strong>Sofia</strong>. - Da mesma forma, po<strong>de</strong>mos saberque há uma trovoada quando vemos o relâmpago e ouvimos o trovão.- É isso. Mesmo que sejamos cegos, po<strong>de</strong>mos ouvir o trovão. E mesmo quesejamos surdos, po<strong>de</strong>mos ver a trovoada. É óbvio que o melhor é po<strong>de</strong>r ver e ouvir. Masnão há nenhuma contradição entre aquilo que vemos e o que ouvimos. Pelo contrário – asduas impressões enriquecem-se mutuamente.- Compreendo.- Deixa-me dar mais um exemplo. Quando lês um romance - por exemplo -“Vitória” <strong>de</strong> Knut Hamsun... (“).- De fato, já o li...- ... não <strong>de</strong>scobres também alguma coisa acerca do autor, só porque lês o romanceescrito por ele?- Pelo menos posso partir do princípio <strong>de</strong> que há um autor que escreveu o livro.-Po<strong>de</strong>s saber algo mais acerca <strong>de</strong>le?- Acho que tem uma concepção bastante romântica do amor.................... “Knut Hamsun (1859-1952) - Escritor norueguês, autor <strong>de</strong> “Fome”(1890), “Pan” (1894), “Vitória” (1898) e “Frutos da Terra” (1917). Recebeu em 1920 oPrêmio Nobel da Literatura................................................-Ao leres esse romance - uma criação <strong>de</strong> Hamsun -, também ficas a saber qualquercoisa acerca do próprio Hamsun. Mas não po<strong>de</strong>s esperar informações muito pessoais sobreo autor. Po<strong>de</strong>s, por exemplo, saber através <strong>de</strong> “Vitória” que ida<strong>de</strong> tinha o autor quando oescreveu, on<strong>de</strong> morava ou quantos filhos tinha?- Claro que não.- Mas uma biografia acerca <strong>de</strong> Knut Hamsun fornece-te esse tipo <strong>de</strong> informações.Só numa biografia - ou autobiografia - po<strong>de</strong>s conhecer melhor a pessoa do autor.-Sim, é verda<strong>de</strong>.

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